ESCOLA
Muito se discute acerca da qualidade da escola e do ensino, entendendo que realmente devem formar e transformar para a cidadania e que tenham significado de modo a evitar a pergunta: “Por que tenho que ir à escola?”.
Entre uma discussão e outra se verifica grandes contradições entre “o que se diz” e “o que se faz”. É notório também que nem sempre há o senso pedagógico.
Ao contrário do passado, não tão distante, os envolvidos no processo educativo não ‘falam a mesma língua’, embora tenham que seguir a mesma linha de trabalho. Comprova-se observando a situação de cada unidade escolar, pública ou particular.
Enquanto isso o sujeito principal (aluno) fica a mercê de um sistema controverso esperando que alguém olhe para ele e lhe ofereça o que de fato precisa.
Diante dessa problemática, (é um problema grave o qual exige atenção, reflexão e ação), como resolver? Partir de qual ponto?
O depoimento de um adolescente registrado num vídeo postado neste blog dia 17/06/09 cujo título é “Escola gerando Traumas” oferece como instrumentos para reflexão, respostas a essas indagações.
Acredita-se ser sumariamente impossível ouvi-lo (o adolescente no video) sem se prostrar à frente de si mesmo e avaliar a própria influência sobre os educandos e/ou ‘fazer vistas grossas’ para uma realidade tão cruel!
Mesmo assim há quem duvida e diz: “Ah, esse moleque está cheio de graça, não sabe o que está falando!”
Ainda que ele não soubesse o que fala, certamente, sabe o que sente, como qualquer indivíduo e conhece muito bem as próprias aspirações.
A seguir o assunto abordado será Inclusão. Mais um dilema, ou melhor, fazem da inclusão um dilema.
INCLUSÃO
Outra questão que incita fervorosos debates.
O que se entende por ‘incluir’?
A resposta, segundo o Dicionário de Português (Edições Poliglotas / Melhoramentos) esclarece e já nem seria necessário debater devido a clareza, tratando dos indivíduos com necessidades especiais.
Incluir significa: inserir, introduzir, abranger, compreender, conter em si, fazer parte.
A partir desses significados, por que não integrá-los à sociedade?
É óbvio que cada qual participa conforme suas condições, todavia precisam de apoio. É interagindo com o meio e todos que nele há que esses indivíduos se desenvolvem.
No que tange as escolas, adaptações se fazem necessárias principalmente a humana.
Na década de noventa, por exemplo, as classes especiais ficavam isoladas. Os professores dessas classes sentiam-se perdidos porque tudo o que se dizia era direcionado somente ao ensino regular.
Atualmente, está havendo integração, pois os alunos com necessidades especiais não ficam separados do grupo escolar. Eles freqüentam as salas ditas comuns (regular). Porém, vê-se que ainda há preconceito e discriminações.
Pensando na capacidade que tais indivíduos têm, não cabe mantê-los afastados dos grupos sociais, o que pode ser verificado num video intitulado “Escola Inclusiva”, também postado neste blog no dia 17/06/09.
No mercado de trabalho há muitas ofertas de trabalho para ‘deficientes’ significando que eles podem tanto quanto nós.
Falando novamente em escola, infelizmente falta preparo dos professores para lidar com a inclusão, pois, como dito anteriormente, há falta de senso pedagógico também em alguns casos. Eles têm dificuldade em utilizar a criatividade e o conhecimento para incluir os alunos com necessidades especiais e então, reclamam, reclamam, reclamam... Bem, é necessário que busquem antes de tudo o conhecimento, é claro.
É fundamental ter atenção quanto a metodologia que deve ser elaborada sempre de acordo com os estilos e modalidades de aprendizagem.
Há salas de apoio (SAPES – Sala de Apoio Pedagógico Especializado) as quais podem ser muito bem aproveitadas. Ali os educadores são especialistas e orientam pais, professores, coordenadores, diretores, enfim. Esses profissionais estão disponíveis para quem quiser auxílio.
O que deve ser evitado é pensar que não adianta incluir porque não há aprendizagem.
Tratando do ser humano, todos têm deficiências e são superadas porque cada um procura adaptar-se à sociedade de alguma forma. Todos são diferentes entre si em todos os aspectos (físico, comportamental, social, cognitivo, emocional, afetivo, psicológico). É POR ISSO QUE SOMOS TODOS IGUAIS.
Noêmia A. Lourenço
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