Seja bem-vindo(a)!

Aproveite esta oportunidade para compartilharmos informações, textos, ideias e reflexões a respeito do processo de ensino e aprendizagem.
O conteúdo deste blog é direcionado a professores, coordenadores pedagógicos e diretores de instituições públicas e particulares de ensino, além de psicopedagogos, pais e interessados na prevenção contra problemas de aprendizagem.

Pense Nisso!


Nada está no intelecto que não tenha passado antes pelos sentidos
(Provérbio antigo)



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sexta-feira, 1 de novembro de 2019

INCLUSÃO: COMO AGIR?...GRANDE DESAFIO...AUXILIANDO PAIS E EDUCADORES


A Inclusão foi implantada com o objetivo de inserir pessoas na sociedade mediante um processo educativo adequado tendo como ponto de partida a educação escolar inclusiva.
Embora haja diversos recursos colaboradores para a prática em prol da Inclusão, todos os envolvidos neste campo principalmente pais, professores, educadores de modo geral, necessitam de auxílio, de parceiros para desenvolverem um excelente trabalho.


Aprendendo mais sobre Inclusão

INCLUSÃO: ANTES - SÉCULO XX - ANOS 90


A Inclusão é uma nobre oportunidade de acesso seja no ambiente escolar especificamente ou na sociedade de modo geral.
Tratando-se das instituições de ensino, desde quando ainda era uma proposta a ser executada já se abordava este tema com manifestações de dúvidas, curiosidade, e pelo fato de na época ainda não se ter esclarecimento sobre o significado desta ideia, ao pensar na possibilidade de ter que acolher alunos com necessidades especiais e não saber lidar com a situação, era notório o sentimento de aflição, insegurança, medo etc.
Ao longo do tempo a Inclusão deixou de ser unicamente uma proposta e foi determinada como um programa implantado sob bases legais e então, houve uma movimentação voltada à execução das ações inclusivas.
Todavia, de uma certa forma, matricular educandos “diferentes” não era tão novidade assim. Em meados dos anos 90 (século XX), por exemplo, havia as chamadas “salas especiais” e pode-se dizer que a Inclusão tinha o nome de “Educação Especial”.
A sala especial era um espaço em que frequentavam somente educandos com necessidades especiais de todas as categorias. Ali juntavam deficientes físico, auditivo, visual, autistas, crianças com transtornos de personalidade entre outros. Todos compunham um só grupo. 


Quem atendia a estes alunos em sala de aula? 


Qualquer um dos professores classificados na escola ou nas Diretorias de Ensino. Quando o professor tinha formação acadêmica no âmbito das deficiências era o mais indicado e a ele era atribuída a sala especial, porém, na maioria das vezes as salas especiais eram atribuídas a professores iniciantes ou que já tivessem experiência de sala de aula independente de se ter alguma formação, algum conhecimento mais profundo sobre o tema. 
Contudo, para melhor atendimento aos alunos “deficientes”, as Diretorias de Ensino ofereciam orientações uma vez a cada mês ou a cada bimestre, portanto um dia, geralmente com duração de 2 até 8 horas. Estes encontros eram chamados de “Orientação Educacional” em que o professor era capacitado com foco na adequação das atividades pedagógicas. Quase sempre os órgãos superiores enviavam às escolas materiais didáticos específicos. 
Os resultados de uma certa forma, eram satisfatórios, porém esperava-se mais tornando o desafio cada vez maior.


INCLUSÃO: AGORA – SÉCULO XXI


Atualmente, já no século XXI, percebe-se que ainda há angústia, medo, insegurança por parte de todos os envolvidos no processo de Inclusão, apesar das mudanças sociais e do avanço tecnológico que muito favorecem à aquisição do conhecimento. 
A Internet está a serviço de todos os indivíduos com acesso a ela permitindo contato efetivo com um imenso cabedal de informações sobre o programa de inclusão, e mesmo assim não é suficiente para a capacitação docente de modo a lidar eficientemente com a Inclusão.
Nota-se que alunos-estagiários de cursos de licenciatura, especialmente curso de Pedagogia, cujos estudos são literalmente direcionados à formação docente, apresentam-se muito inseguros quando da oportunidade de estagiar numa escola em que lhes colocam a responsabilidade pedagógica diante de um educando “diferente”, com necessidades educacionais especiais. Os estagiários encontram dificuldade em desenvolver um bom trabalho com tais alunos, bem como professores experientes continuam sentindo-se também inseguros. 
Os pais, responsáveis e familiares também se sentem perdidos, angustiados e contam com a ajuda da escola. A sensibilidade dos pais é ainda maior, pois, no mínimo, durante 9 meses esperava-se alguém que não tivesse nada diferente, e de repente eis que vem ao mundo um ser puro, inocente e com necessidade de acolhimento, de atenção especial.
A Inclusão coloca os alunos “diferentes” junto aos colegas sem deficiências, um em cada sala regular, de modo que estes sejam atendidos da melhor maneira e tenha a atenção da qual necessitam, e está mais fácil atuar em prol de resultados. Todavia, "como compreender a inclusão?", “como agir de maneira adequada”?, “como trabalhar com esses alunos?”, “como identificar se um aluno precisa de atenção especializada?”

INCLUSÃO: SABER PARA INCLUIR


Imagine-se preparado com recursos ricamente específicos que vão desde o conhecimento fundamentado até sugestões de práticas pedagógicas eficazes. Imagine-se também pronto a participar de concursos públicos com boa colocação consagrando sua carreira profissional e garantindo qualificação ao seu currículo, enriquecendo seu TCC (Trabalho de Conclusão de Curso), a Monografia, agregando pontos na sua classificação em atribuição de aulas, etc.
É comprovado que quanto mais o educador se prepara, melhor desempenha seu papel na sala de aula obtendo retornos satisfatórios.
Considerando a importância de, além do curso de graduação, dar continuidade aos estudos de modo a se qualificar enquanto profissional e ainda, ampliar o rol de conhecimento e se capacitar aprimorando a atuação especialmente em sala de aula, venho ajudar você a eliminar a insegurança e garantir o sucesso de seus alunos especiais, bem como aos pais e familiares que também precisam desse apoio. Como?
A Criativa Cursos Livres disponibiliza aos professores/educadores, profissionais de áreas afins e especialmente a família o Curso de 60h denominado EDUCAÇÃO INCLUSIVA: AVANÇOS E DESAFIOS […]. Trata-se de um e-book com material de estudo, disponibilizado em pdf que pode ser acessado via dispositivos como: Celulares, Tablets, Computadores, Notebooks. O Curso está dividido em 07 Módulos e no final é realizada uma Avaliação Diagnóstica de Ensino/Aprendizagem que pode ser refeita caso o usuário não atingia o perfil mínimo de imediato. Finalizando o Curso a Criativa Cursos Livres disponibilizará um Certificado com Carga horária de 60h Lei nº 9394/96, Decreto 51.54/04. (Criativa Cursos Livres, Hotmart)
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Noêmia A. Lourenço


sábado, 26 de outubro de 2019

CURSOS DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO PEDAGÓGICAS

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terça-feira, 24 de julho de 2012

MENINOS X MENINAS: DIFERENTES NO BRINCAR?


COISA DE CRIANÇA?

Predileção de meninos por itens do universo feminino faz parte do crescimento infantil
Veja como os pais devem lidar com essa situação
Brinquedo ajuda a criança a desenvolver habilidades

Meninas brincam de bonecas e meninos gostam de carrinhos, certo? Mas, se o interesse de uma criança foge desse padrão, tido pela sociedade como normal, não é preciso se preocupar.
A predileção de meninos por artigos do universo feminino é comum até aproximadamente os oito anos de idade – época em que a criança ainda não entende os valores sociais.
“Esse interesse é normal e não quer dizer que ele tenha uma tend~encia homossexual, mas sim que é curioso e que deseja conhecer o que o rodeia. É por meio da brincadeira que a criança desenvolve suas habilidades físicas e motoras”, explica Teresa Ferreira, psicopedagoga da Unifesp.
Respeitar a criança e participar da brincadeira com naturalidade são as recomendações da especialista para os familiares. “Geralmente os pais têm mais dificuldade para lidar com essa realidade do que as mães. Punir não é a solução, pois na escola o menino também terá acesso aos mesmos objetos”, diz Teresa.
A curiosidade da criança também é determinada pelos exemplos que recebe em casa. Se hoje o pai participa das tarefas domésticas, é normal que seus filhos sigam o modelo, o que é positivo futuramente para a criança.

MENINO BONECA

Para  especialistas, os pais não devem reprimir ou brigar com os meninos que apresentam algum interesse por brinquedos ou itens tipicamente femininos, como bonecas e artigos de casinha.
“Independentemente  do objeto usado, a brincadeira estimula o desenvolvimento da criança. Os pais devem participar da brincadeira, e não proibi-la, pois o interesse por itens femininos é normal durante a infância, até os sete e oito anos de idade”, diz Teresa.
O exemplo dos pais é um dos fatores que influenciam o intetresse do menino. Uma alternativa é introduzir à rotina da criança atividades masculinas. “O contato do pai com o filho é importante. Como muitas vezes isso acontece com pouca frequência em algumas famílias, recomendo que esse contato seja intensificado nos finais de semana, por exemplo”, diz a psicopedagoga.

MENINA MOLECA

Jogar futebol ou subir em árvores também não são brincadeiras só de meninos. “Hoje as escolas incentivam a prática de esportes para as meninas, inclusive modalidades tradicionalmente masculinas. E isso não quer dizer que elas perderão sua feminilidade, principalmente se a criança gosta do que está fazendo”, explica Teresa.

HORA DE BRINCAR

Além de divertir a criança, o brinquedo pode ser um objeto de aprendizado. Durante a brincadeira, o pequeno desenvolve a fala, conhece formas geométricas, cores e números de forma lúdica.
Ao receber diferente estímulos, seja na escola, seja em casa ou numa brincadeira, a criança assimila informações com mais facilidade. Filmes e livros também ajudam no desenvolvimento infantil.

Indicação de filmes que reforçam o tema aqui discutido:

O filme francês “Minha Vida em Cor-de-Rosa”, de Alain Bertiner, conta a história de Ludovic, um menino que acredita ser uma menina e lida com a rejeição dos pais e amigos.

Em “Tomboy”, longa francês de Celine Scianma, Laurie passa a se vestir e agir como um menino.

Brinquedos recomendados por faixa-etária:

0 a 12 meses – Brinquedos coloridos, sonoros e de fácil manipulação
1 a 3 anos – brinquedos que estimulem a locomoção e equilíbrio. Brinquedospara empurrar e puxar, blocos para empilhar e encaixar, bonecos grandes, triciclo, peão
3 a 5 anos – Brinquedos que estimulem a fantasia. Livros de histórias ilustrados, massinha de modelar, fantoches, jogos de montagem, fantasias e livros para pintar
5 a 7 anos – Brinquedos que estimulem a alfabetização. Livros com textos curtos, quebra-cabeça, bonecas e carrinhos menores
7 a 10 anos – Atividades mais complexas e que envolvam o raciocínio lógico. Kits de profissões, como mecânico ou médico, skate, patins, bicicleta, pipa e jogos com regras mais complexas


Fonte: Jornal Metro São Paulo – sexta-feira, 11 de maio de 2012 – Marianna Pedrozo

domingo, 29 de janeiro de 2012

TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM


25/01/2012 - 08h30
Saiba identificar se seu filho tem transtorno de aprendizagem
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JULIANA CUNHA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA


Enquanto os alunos ainda estão de férias, a educadora Nadia Bossa dá aulas à distância para ensinar os professores a lidar com as novas dificuldades das crianças nas salas de aula.
Doutora em psicologia e educação pela USP e pesquisadora da Universidade de Turim, Bossa conta como os pais podem saber e o que fazer quando os filhos têm transtornos de aprendizagem.


*
Folha - Como os pais podem identificar o transtorno?
Nadia Bossa - Sugiro que façam uma espécie de laboratório com os filhos. Não é preciso aplicar uma prova em casa, mas colocar a criança diante de situações que exijam raciocínio matemático, interpretação de texto ou habilidades motoras [veja abaixo].
Serve para acender um sinal de alerta. Se o sinal obtido for vermelho, é preciso procurar ajuda de um psicólogo, psicopedagogo ou de um neuropediatra.


O professor sabe quando o aluno tem algum transtorno?
É difícil que o professor não saiba que algo vai mal. O que acontece mais frequentemente é o professor ver que o aluno tem dificuldade e tentar aplicar os métodos tradicionais, que funcionam muito bem em crianças sem transtornos de aprendizagem, mas não com as que têm o problema.


O problema está aumentando ou há uma banalização do diagnóstico?
Há as duas coisas. Existem diagnósticos precipitados e malfeitos e até pais que decidem que a criança tem uma coisa que nenhum médico disse que ela tinha, mas o problema de fato é crescente. Hoje as pesquisas apontam que algo entre 5% e 10% dos alunos apresentam algum transtorno específico da aprendizagem.


Por que esses transtornos estão crescendo?
Parece que é por conta de um tipo de criação que prioriza o desenvolvimento de algumas habilidades e negligencia outras.
A rotina das crianças é muito privada de atividades motoras mais amplas. Elas não correm na rua. Hoje, o brinquedo faz tudo, a criança só olha ele dançar, piscar luzinhas. O brinquedo faz coisas demais e a criança termina por fazer coisas de menos.
Antes elas montavam a casinha, separavam os objetos, eram atos classificatórios, era interação com objetos reais, desenvolvia noção de espaço.


Brincar no iPad, por exemplo, não pode desenvolver novas habilidades?
Sim, mas elas não são as mesmas necessárias nas tarefas acadêmicas. O excesso de uso de tablets e computadores acaba atrofiando justamente as habilidades que serão exigidas no início da vida escolar: habilidades motoras, criatividade produtiva, manusear materiais e construir coisas a partir deles. O excesso de contato com iPads, computadores e videogames gera na criança uma dificuldade em equilibrar a atenção difusa e a atenção concentrada.


Mas essas tecnologias estão também na sala de aula...
A escola pode ser um ambiente tecnológico, nada de errado com isso desde que ela valorize o desenvolvimento físico com a mesma atenção. O que vem acontecendo é que tanto em casa quanto na escola todos se esquecem de que a criança tem um corpo e que esse corpo precisa aprender coisas, precisa se exercitar tanto quanto o cérebro.


Transtorno de aprendizagem é doença? Tem tratamento?
Não é uma doença, é um tipo de funcionamento cerebral diferente que nós tratamos com uma espécie de "fisioterapia cerebral", que são atividades, jogos e desafios específicos para desenvolver as áreas em que a criança encontra mais dificuldade.
Frequentemente precisamos tratar com uma equipe multidisciplinar, com neurologista, psicólogo e psicopedagogo. Quem procura ajuda até a criança chegar aos oito anos provavelmente vai conseguir resolver o problema.




Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1038920-saiba-identificar-se-seu-filho-tem-transtorno-de-aprendizagem.shtml (29/01/2012)

sexta-feira, 21 de maio de 2010

LINGUAGEM TATIBITATE

"[...] Linguagem tatibitate - É um distúrbio (e também de fonação) em que se conserva voluntariamente a linguagem infantil. Geralmente tem causa emocional e pode resultar em problemas psicológicos para a criança [...]"



A partir do exposto acima é possível compreender de uma maneira simples o significado da linguagem tatibitate.
Pense na fala da uma criança no processo inicial da linguagem falada.
Quem nunca achou uma gracinha quando a criança diz “qué aca” ou “paca pota” ou ainda “dedê té pincá”?
Lindinho mesmo, não é?
Traduzindo a fala fica assim: “quero água”...”faca corta”.....”nenê quer brincar”.
O que ocorre na linguagem tatibitate é exatamente isso, a fala infantilizada que, infelizmente, é reforçada com a repetição daquele que já se apropriou do modo correto de falar, seja no grupo familiar ou social.
Normalmente repete-se o que a criança diz no mesmo modo, o que faz com que ela vá perdendo oportunidades de aprender a pronúncia correta das palavras.
A criança relaciona, por exemplo, algumas palavras a verbos conjugados no passado. Quando ela diz “trazi” ou “fazi” está associando a “comi”, “bebi” etc.
Não está errada a maneira como ela fala, está sim, precisando ouvir a maneira correta de se pronunciar as palavras.
Deve-se evitar corrigi-la aos gritos, porque a criança não tem culpa de ainda não ter aprendido a falar, e menos ainda se aos 9 anos ela ainda fala como um bebê. Às vezes a mamãe não quer que o bebê cresça, e ela é a pessoa que está mais próxima dele exercendo grande influência na sua vida.
Ao invés de falar da mesma forma que as crianças deve-se repeti-las corretamente.
Quando a criança diz “qué aca” é necessário responder com boa articulação e de preferência, que ela possa visualizar o movimento bucal. Pode-se perguntar a ela: “Você quer água?” ou “É verdade, a faca corta.” ou ainda “Você quer brincar?”
É fundamental que todos os envolvidos no processo de desenvolvimento da criança (família, parentes, escola etc.), estejam atentos a isso.
Realmente quando a criança começa a falar é bonitinho, mas o “bonitinho” pode gerar sérios problemas.
Na fase da alfabetização, por exemplo, poderá ocorrer a manifestação do distúrbio também na escrita, na leitura e deve ser corrigido com delicadeza.
Pelo fato de haver a possibilidade de o distúrbio ter como uma das causas interferência do aspecto emocional deve-se encaminhar o caso a um psicólogo.
Deve-se também encaminhar a um fonoaudiólogo para correção fonética.
Vale ressaltar que esse distúrbio pode causar problemas de aprendizagem, portanto um psicopedagogo poderá auxiliar.
É uma situação que deve, como tantas outras, ser bem compreendida e merece atenção e cuidado.
Atenção! No início pode ser visto como característica normal da linguagem, porém se perseverar ao longo do tempo é necessário que haja avaliação de especialistas.
Lembre-se: Pais e Educadores são modelos para as crianças.



ALGUMAS SUGESTÕES PARA PAIS E EDUCADORES AUXILIAREM A CRIANÇA NO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM
(Redação Crescer)



- Promova o diálogo

- Aproveite situações do cotidiano para ouvir o que seu filho está falando e conversar com ele apresentando o nome das coisas. Assim, as palavras ganham significado e são gravadas com mais facilidade.


- Na hora das refeições, fale do prato, da colher, das cores e consistência dos alimentos.


- Aproveite o banho para nomear as partes do corpo e narrar as ações que a criança estiver fazendo: pegar o sabonete, a esponja, jogar água, esfregar a perna.


- Faça comentários sobre a forma e a textura dos brinquedos.


- Conte algo do dia com detalhes interessantes para a criança: o momento em que a vovó telefonou, uma coisa que você viu na rua.


- Leia e conte histórias.


- Ouçam e cantem juntos músicas e historinhas infantis.



Noêmia A. Lourenço


Referência:


FONSECA, Vitor - Escola. Quem és tu? Porto Alegre: Artes Médicas, 1993.

ASSUNÇÃO, Elisabete da. COELHO, Maria Teresa. Problemas de aprendizagem. São Paulo, SP: Editora Ática, 2002.


http://www.psicopedagogiabrasil.com.br


http://revistacrescer.globo.com/







sábado, 6 de fevereiro de 2010

IMPORTANTE SABER...

Termos e significados usados na psicopedagogia e áreas afins





O conhecimento de alguns termos é de fundamental importância para profissionais da área de educação e saúde mental. Pensando nisso selecionamos abaixo alguns termos para que possam servir de consulta. Não é nossa intenção explanar sobre cada um deles, mas apresentar apenas um breve significado. Cabe ao profissional buscar outras fontes para se aprofundar sobre causas, sintomas e tratamentos.



Aprendizagem - É o resultado da estimulação do ambiente sobre o indivíduo já maturo, que se expressa diante de uma situação-problema, sob a forma de uma mudança de comportamento em função da experiência.


Agnosia - Etimologicamente, a falta de conhecimento. Impossibilidade de obter informações através dos canais de recepção dos sentidos embora o órgão do sentido não esteja afetado. Ex. a agnosia auditiva é a incapacidade de reconhecer ou interpretar um som mesmo quando é ouvido. No campo médico está associada com uma deficiência neurológica do sistema nervoso.



Afasia - Perda da capacidade de usar ou compreender a linguagem oral. Está usualmente associada com o traumatismo ou anormalidade do sistema nervoso central. Utilizam-se várias classificações tais como afasia expressiva e receptiva, congênita e adquirida.



Agrafia - Impossibilidade de escrever e reproduzir os seus pensamentos por escrito.



Alexia - Perda da capacidade de leitura de letras manuscritas ou impressas.



Anamnese - Levantamento dos antecedentes de uma doença ou de um paciente, incluindo seu passado desde o parto, nascimento, primeira infância, bem como seus antecedentes hereditários.



Anomia - Impossibilidade de designar ou lembrar-se de palavras ou nome dos objetos.



Anorexia - Perda ou diminuição do apetite.



Anoxia - Diminuição da quantidade de oxigênio existente no sangue.



Apnéia - Paragem voluntária dos movimentos respiratórios: retenção da respiração.



Apraxia - Impossibilidade de resposta motora na realização de movimento com uma finalidade. A pessoa não realiza os movimentos apesar de conhecê-lo e não ter qualquer paralisia.



Ataxia - Dificuldade de equilíbrio e de coordenação dos movimentos voluntários.



Autismo - Distúrbio emocional da criança caracterizada por incomunicabilidade. A criança fecha-se sobre si mesma e desliga-se do real impedindo de relacionar-se normalmente com as pessoas. Num diagnóstico incorreto pode ser confundido com retardo mental, surdo-mudez, afasia e outras síndromes.



Bulimia - Fome exagerada de causa psicológica.


Catarse - Efeito provocado pela conscientização de uma lembrança fortemente emocional ou traumatizante até então reprimida.



Catatonia - Síndrome complexa em que o indivíduo se mantém numa dada posição ou continua sempre o mesmo gesto sem parar. Persistência de atitudes corporais sem sinais de fadiga.



Cinestesia - Impressão geral resultante de um conjunto de sensações internas caracterizado essencialmente por bem-estar ou mal-estar.



Complemento (Closure) - Capacidade de reconhecer o aspecto global, especialmente quando uma ou mais partes do todo está ausente ou quando a continuidade é interrompida por intervalos.



Consciência fonológica - Denomina-se consciência fonológica a habilidade metalinguística de tomada de consciência das características formais da linguagem. Esta habilidade compreende dois níveis:



1. A consciência de que a língua falada pode ser segmentada em unidades distintas, ou seja, a frase pode ser segmentada em palavras; as palavras, em sílabas e as sílabas, em fonemas.



2. A consciência de que essas mesmas unidades repetem-se em diferentes palavras faladas (rima, por exemplo).



Coordenação viso-motora - É a integração entre os movimentos do corpo (globais e específicos) e a visão.



Disartria - Dificuldade na articulação de palavras devido a disfunções cerebrais.



Discalculia - Dificuldade para a realização de operações matemáticas usualmente ligadas a uma disfunção neurológica, lesão cerebral, deficiência de estruturação espaço-temporal.



Disgrafia - Escrita manual extremamente pobre ou dificuldade de realização dos movimentos motores necessários à escrita. Esta disfunção está muitas vezes ligada a disfunções neurológicas.



Dislalia - É a omissão, substituição, distorção ou acréscimo de sons na palavra falada.



Dislexia - Dificuldade na aprendizagem da leitura, devido a uma imaturidade nos processos auditivos, visuais e tatilcinestésicos responsáveis pela apropriação da linguagem escrita.



Disortografia - Dificuldade na expressão da linguagem escrita, revelada por fraseologia incorretamente construída, normalmente associada a atrasos na compreensão e na expressão da linguagem escrita.



Disgnosia - Perturbação cerebral comportando uma má percepção visual.



Dismetria - Realização de movimentos de forma inadequada e pouco econômica.



Dispnéia - Dificuldade de respirar.



DSM IV - É a classificação dos Transtornos mentais da Associação Americana de Psiquiatria. Descreve as características dos transtornos apresentando critérios diagnósticos. Ver o DSM IV no site psiqueweb: http://gballone.sites.uol.com.br/



Ecolalia - Imitação de palavras ou frases ditas por outra pessoa, sem a compreensão do significado da palavra.



Ecopraxia - Repetição de gestos e praxias.



Enurese - Emissão involuntária de urina.



Esfíncter - Músculo que rodeia um orifício natural. Em psicanálise, na fase anal está ligado ao controle dos esfíncteres.



Espaço-temporal - orientar-se no espaço é ver-se e ver as coisas no espaço em relação a si próprio, é dirigir-se, é avaliar os movimentos e adaptá-los no espaço. É a consciência da relação do corpo com o meio.



Etiologia - Estudo das causas ou origens de uma condição ou doença.



Figura fundo - Capacidade de focar visivelmente ou aditivamente um estímulo, isolando-o perceptivamente do envolvimento que o integra. Ex. identificar alguém numa fotografia do grupo ou identificar o som de um instrumento musical numa melodia.



Gagueira ou tartamudez - distúrbio do fluxo e do ritmo normal da fala que envolve bloqueios, hesitações, prolongamentos e repetições de sons, sílabas, palavras ou frases. É acompanhada rapidamente por tensão muscular, rápido piscar de olhos, irregularidades respiratórias e caretas. Atinge mais homens que mulheres.



Gnosia - Conhecimento, noção e função de um objeto. Segundo Pieron toda a percepção é uma gnosia.



Grafema - Símbolo da linguagem escrita que representa um código oral da linguagem.



Hipercinesia - Movimento e atividade motora constante e excessiva. Também designada por hiperatividade.



Hipocinesia - Ausência de uma quantidade normal de movimentos. Quietude extrema.



Impulsividade - Comportamento caracterizado pela ação de acordo com o impulso, sem medir as conseqüências da ação. Atuação sem equacionar os dados da situação.



Lateralidade - Bem estabelecida - implica conhecimento dos dois lados do corpo e a capacidade de os identificar como direita e esquerda.



Linguagem interior - O processo de interiorizar e organizar as experiências sem ser necessário o uso de símbolos lingüísticos. Ex.: o processo que caracteriza o analfabeto que fala, mas não lê nem escreve.



Linguagem tatibitate - É um distúrbio (e também de fonação) em que se conserva voluntariamente a linguagem infantil. Geralmente tem causa emocional e pode resultar em problemas psicológicos para a criança.



Maturação - É o desenvolvimento das estruturas corporais, neurológicas e orgânicas. Abrange padrões de comportamento resultantes da atuação de algum mecanismo interno.



Memória - Capacidade de reter ou armazenar experiências anteriores. Também designada como "imagem" ou "lembrança".



Memória cinestésica - É a capacidade da criança reter os movimentos motores necessários à realização gráfica. À medida que a criança entra em contato com o universo simbólico (leitura e escrita) vão ficando retidos em sua memória os diferentes movimentos necessários para o traçado gráfico das letras.



Morfema - É a menor unidade gramatical. Na palavra infelicidade encontramos três elementos menores cada um chamado de morfema: in (prefixo), felic (radical), idade (sufixo). Os morfemas são utilizados para construir outras palavras: o prefixo in é utilizado em outras palavras como invariável, invejável, inviável, por exemplo.



Mudez - É a incapacidade de articular palavras, geralmente decorrente de transtornos do sistema nervoso central, atingindo a formulação e a coordenação das idéias e impedindo a sua transmissão em forma de comunicação verbal. Em boa parte dos casos o mutismo decorre de problemas na audição. Os fatores emocionais e psicológicos também estão presentes em algumas formas de mudez. Na mudez eletiva a criança fica muda com determinadas pessoas ou em determinadas situações e em outras não.



Paratonia - É a persistência de uma certa rigidez muscular, que pode aparecer nas quatro extremidades do corpo ou somente em duas. Quando a criamnça caminha ou corre, os braços e as pernas se movimentam mal e rigidamente.



Percepção - processo de organização e interpretação dos dados que são obtidos através dos sentido.



a) Percepção da posição - do tamanho e do movimento de um objeto em relação ao observador.



b) Percepção das relações espaciais - das posições a dois ou mais objetos.



c) Consistência perceptiva - capacidade de precisão perceptiva das propriedade invariantes dos objetos como, por exemplo: forma, posição, tamanho etc.



d) Desordem perceptiva - Distúrbio na conscientização dos objetos, suas relações ou qualidade envolvendo a interpretação da estimulação sensorial.



e) Deficiência perceptiva - Distúrbio na aprendizagem, devido a um distúrbio na percepção dos estímulos sensoriais.



f) Perceptivo-motor - Interação dos vários canais da percepção como da atividade motora. Os canais perceptivos incluem: o visual, o auditivo, o olfativo e o cinestésico.



g) Percepção visual - Identificação, organização e interpretação dos dados sensoriais captados pela visão.



h) Percepção social - Capacidade de interpretação de estímulos do envolvimento social e de relacionar tais interpretações com a situação social.



Preservação - Tendência de continuar uma atividade ininterruptamente; manifesta-se pela incapacidade de modificar, de parar ou de inibir uma dada atividade, mesmo depois do estímulo causador ter sido suprimido.



Problemas de aprendizagem - São situações difíceis enfrentadas pela criança com um desvio do quadro normal mas com expectativa de aprendizagem a longo prazo (alunos multirrepetentes).



Praxia - Movimento intencional, organizado, tendo em vista a obtenção de um fim ou de um resultado determinado.



Rinolalia - Caracteriza-se por uma ressonância nasal maior ou menor que a do padrão correto da fala. Pode ser causada por problemas nas vias nasais, vegetação adenóide, lábio leporino ou fissura palatina.



Ritmo - Habilidade importante, pois dá à criança a noção de duração e sucessão, no que diz respeito à percepção dos sons no tempo. A falta de habilidade rítmica pode causar uma leitura lenta, silabada, com pontuação e entonação inadequadas.



Sincinesia - É a participação de músculos em movimentos aos quais eles não são necessários. Ex.: coloca-se um objeto numa mão da criança e pede-se que ela aperte, a outra mão também se fechará ao mesmo tempo. Ficar sobre um só pé, para ela é impossível. Há descontinuidade nos gestos, imprecisão de movimentos nos braços e pernas, os movimentos finos dos dedos não são realizados e, num dado ritmo, não podem ser reproduzidos através de atos coordenados, nem por imitação.



Sintaxe - Parte da gramática que estuda a disposição das palavras na frase e a das frases no discurso , bem como a relação lógica das frases entre si e a correta construção gramatical ; construção gramatical (Dicionário Aurélio)



Sinergia - Atuação coordenada ou harmoniosa de sistemas ou de estruturas neurológicas de comportamento.



Somestésico - Relativo à sensibilidade do corpo.







Bibliografia:

FONSECA, Vitor - Escola. Quem és tu? Porto Alegre: Artes Médicas, 1993.


ASSUNÇÃO, Elisabete da. COELHO, Maria Teresa. Problemas de aprendizagem. São Paulo, SP: Editora Ática, 2002.




sábado, 5 de dezembro de 2009

COMO SURGIU O PAPAI NOEL?


A HISTÓRIA DE PAPAI NOEL



Quem aqui nunca ouviu falar do Papai Noel? Um velhinho com roupas vermelhas, barba branca, cinto e botas pretos que passa de casa em casa para deixar presente às famílias. De geração em geração, a lenda do Santa Clauss ganha mais realidade no mês de dezembro, quando o mundo celebra o nascimento de Jesus Cristo. Será que ele existe? Será lenda? Bem, isso depende de cada um. Mas diz a história que o bom velhinho foi inspirado na figura de um bispo que de fato existiu.


São Nicolau nasceu no século 3, em Patras, na Grécia. Quando seus pais morreram, ele doou todos os seus bens e optou pela vida religiosa.


Com apenas 19 anos, foi ordenado sacerdote e logo tornou-se arcebispo da Mira. Dizia-se que na cidade em que ele nasceu viviam três irmãs que não podiam se casar por não ter dinheiro para o dote. O pai das meninas resolveu, então, vendê-las conforme fossem atingindo a idade adulta. Quando a primeira ia ser vendida, Nicolau soube do que estava acontecendo e, em segredo, jogou através da janela uma bolsa cheia de moedas de ouro, que foi cair numa meia posta para secar na chaminé. A mesma coisa aconteceu quando chegou a vez da segunda. O pai, afim de descobrir o que estava acontecendo, permaneceu espiando a noite toda. Ele então reconheceu Nicolau, e pregou sua generosidade a todo mundo.


A fama de generoso do bom velhinho, que foi considerado santo pela Igreja Católica, transcendeu sua região, e as pessoas começaram a atribuir a ele todo tipo de milagres e lendas. Em meados do século 13, a comemoração do dia de São Nicolau passou da primavera para o dia 6 de dezembro, e sua figura foi relacionada com as crianças, a quem deixava presentes vestido de bispo e montado em burro. Na época da Contra-reforma, a igreja católica propôs que São Nicolau passasse a entregar os presentes no dia 25 de dezembro, tal como fazia o Menino Jesus, segundo a tradição destes tempos e que ainda hoje continua em alguns pontos da América Latina.


Os holandeses, no século 17, levaram para os Estados Unidos a tradição de presentear as crianças usando a lenda de São Nicolau – a quem eles chamavam Sinter Klaas. Os verdadeiros impulsores do mito de Santa Claus – nome que o Papai Noel recebeu nos Estados Unidos – foram dois escritores de Nova York. O primeiro Washington Irving, escreveu em 1809 um livro em que São Nicolau já não usava a vestimenta de bispo, transformando-o em um personagem bonachão e bondoso, que montava um cavalo voador e jogava presentes pelas chaminés. Em 1823, um poema de um professor universitário, Clement C. Moore, enalteceu a aura mágica que Irving havia criado para a personagem, trocando o cavalo branco por renas que puxavam um trenó.


Ao longo do século 19, Santa Claus foi representado de muitas maneiras. Ele teve diferentes tamanhos, vestimentas e expressões, desde um gnomo jovial até um homem maduro de aspecto severo. Em 1862, o desenhista norte-americano de origem alemã Thomas Nast realizou a primeira ilustração de Santa Claus descendo por uma chaminé, embora ainda tivesse o tamanho de um duende. Pouco a pouco ele começa a ficar mais alto e barrigudo, ganhar barba e bigode brancos e a aparecer no Pólo Norte.


O símbolo de Santa Claus foi logo utilizado pela publicidade comercial. Em 1931, a Coca-Cola encomendou ao artista Habdon Sundblom a relodelação do Santa Claus de Nast para torná-lo ainda mais próximo. Sundblom se inspirou em um vendedor aposentado e assim nasceu – de uma propaganda da Coca-Cola – o Papai Noel que a gente conhece.










Texto extraído de uma embalagem de pizza. Não apresenta autor.


domingo, 1 de novembro de 2009

MEDICINA HEBIATRA: VOCÊ SABE O QUE É?...


Na área da Medicina existem a Pediatria e Hebiatria. A primeira trata de crianças e a segunda oferece atendimento a adolescentes. Para muitos a Medicina Hebiatra é novidade. Essa especialidade é importante especialmente nos dias de hoje, em que os pais estão encontrando muita dificuldade em lidar com os filhos adolescentes e por outro lado os adolescentes entram em conflitos a partir de si mesmos. Eles, os adolescentes, têm dúvidas principalmente quando entram na fase de mudança do corpo ou no que tange a sexualidade, e muitos pais sentem vergonha ao falar sobre o assunto. Existem os conservadores e os que simplesmente não sabem como explicar. Por outro lado os filhos também sentem-se envergonhados, afinal trata-se de intimidade. O Diálogo entre pais e filhos é importantíssimo, fundamental. 
Conheça a Hebiatria:

Se seu filho é adolescente, leve-o a um hebiatra

Rosana Ferreira





A garota de 14 anos está angustiada com as transformações de seu corpo e fica infeliz ao se olhar no espelho. Preocupada com a crise de auto-estima da filha, a mãe resolve levá-la ao pediatra, como tantos pais fariam, afinal o médico acompanhou todo o crescimento da menina desde os primeiros passos. Mas ela não se mostra à vontade em meio a bebês, crianças e brinquedos na sala de espera do consultório do especialista. Por conta dos protestos da filha, a mãe resolve pesquisar e descobre que há médicos especializados no atendimento a adolescentes. Trata-se da hebiatria (em referência à Hebe, deusa da juventude na mitologia grega), especialidade médica que começou a ganhar adeptos na década de 1950 nos Estados Unidos e na Europa. No Brasil, chegou na década de 1970. Para ser hebiatra, o profissional precisar se formar em pediatria e fazer dois anos de especialização em hebiatria.







» Saiba o que acontece na primeira consulta a um hebiatra



» Principais problemas que levam os jovens ao médico



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Para elucidar as dúvidas sobre a especialidade, dois especialistas falaram ao Terra: Maurício de Souza Lima, hebiatra da Unidade de Adolescentes e coordenador do Ambulatório dos Filhos de Mães Adolescentes do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP); e Ligia Reato, coordenadora do Instituto de Hebiatria da Faculdade de Medicina do ABC e vice-presidente do Departamento de Adolescência da Sociedade Brasileira de Pediatria. Confira as respostas:







1- Qual é a faixa etária atendida pelo hebiatra?



Os hebiatras, na teoria, seguem o que dita a Organização Mundial (OMS): adolescência é o período entre os 10 e 20 anos. "Na prática não é tão simples, já que a puberdade é a fase definida pelas primeiras mudanças no corpo e pode ocorrer até antes dos 10 anos. E também a entrada na vida adulta depende de muitas variáveis", diz Ligia.







2- O que diferencia a hebiatria da pediatria e da medicina com enfoque na vida adulta?



Além do conhecimento da parte física (hormônios, nutrição) e dos principais problemas de saúde dessa fase da vida, que são diferentes das crianças e dos adultos, o hebiatra precisa ter um olhar psicoemocional para perceber e lidar com novas situações que se colocam para os adolescentes, como iniciação sexual, uso de drogas, gravidez na adolescência, comportamentos semelhantes ao grupo e violência urbana.







3- Por que a necessidade de um médico para adolescentes?



Além de ser uma fase marcada por muitas e rápidas mudanças do ponto de vista biológico, é na adolescência que se definem identidade, capacidade reprodutiva, orientação sexual, enfim o jeito de pensar e encarar o mundo. "Movido pela curiosidade, muitas vezes o adolescente pode se expor a riscos, principalmente quando está com o grupo de amigos", alerta o hebiatra da USP. Isso porque, explica Ligia, "a experimentação e onipotência, a sensação de que nada vai acontecer comigo, são características dos jovens".







4- Como abordar assuntos polêmicos com os jovens?



Souza Lima sugere que a comunicação deve ser feita no dia a dia, aproveitando os assuntos como sexo, drogas e violência abordados na TV, revistas, jornais, na rua, na escola. "Os pais devem perguntar a opinião dos filhos, assim como eles mesmos precisam expor o que pensam aos jovens." Ligia explica que a consulta é estruturada para tocar nesses assuntos também. "A menina dificilmente vai dizer que a menstruação atrasou e acha que está grávida. Então abordamos sempre a sexualidade e acabamos descobrindo".







5- Que tipo de orientação o hebiatra dá aos pais em relação à sexualidade?



"Embora os adolescentes estejam se separando da família nessa fase da vida, orientamos os pais a continuarem tentando sempre a conversa. Muitos adolescentes podem parecer refratários, mas acabam agradecendo depois", relata Ligia. Segundo a hebiatra, eles precisam de pessoas que o escutem e sejam boas referências. "Os esportes, por exemplo, são ótimas opções, pois deixam o jovem longe das drogas e contribuem para a formação", diz ela. Além disso, os pais precisam estar atentos e acompanhar os passos dos filhos, cuidando para não cair numa relação "policialesca".









Saiba o que acontece na primeira consulta a um hebiatra
Rosana Ferreira







O hebiatra Maurício de Souza Lima, autor do livro Filhos Crescidos, Pais Enlouquecidos (Editora Landscape), esclarece as etapas que fazem parte da primeira consulta ao especialista em adolescentes.







» Se seu filho é adolescente, leve-o a um hebiatra







Na primeira etapa da consulta, o adolescente vai acompanhado da mãe ou do pai no consultório para esclarecimentos de como ocorrerão as consultas. Na segunda, o adolescente vai para a sala de espera e os pais ficam na sala do médico. Na terceira, os pais vão para a sala de espera e o adolescente volta para a sala do médico.







Segundo o Código de Ética Médica, o adolescente tem direito à privacidade durante a consulta, ou seja, pode ser atendido sozinho se quiser. "Isso é primordial", afirma Lima. Assim, nas seguintes o jovem é atendido sozinho, mas os pais podem conversar com o médico sempre que quiserem.







Cada um na sua



A privacidade é importante, segundo Lima, porque o adolescente pode conversar com o médico sobre assuntos que não conversaria se a mãe ou pai estivessem ao lado, como questões relacionadas à atividade sexual, curiosidade sobre drogas ou outros assuntos complicados. "Neste momento, o médico conversa a respeito das situações de risco em que ele pode estar se envolvendo", diz o hebiatra.







Outra situação que justifica a ausência dos pais dentro da sala do médico é que, nessa fase da vida, começam a ocorrer mudanças físicas do corpo, e muitos adolescentes se sentem envergonhados em trocar de roupa na frente dos pais. Dessa forma, o exame físico também acontece sem a presença deles.







No entanto, a hebiatra Ligia Reato, autora do livro Hebiatria - A Medicina da Adolescência (Editora Roca), em parceria com Jacques Crespin, defende o sigilo desde que o adolescente não corra risco de vida. "Nesse caso, é preciso avisar o adolescente que vai relatar o problema aos pais. Falar abertamente mantém o laço de cumplicidade, essencial para a relação entre hebiatra e paciente", diz ela.







Principais problemas que levam os jovens ao médico
Rosana Ferreira







Conheça as principais preocupações dos adolescentes, segundo os hebiatras. No consultório, é comum eles ouviram as seguintes queixas:







» Se seu filho é adolescente, leve-o a um hebiatra







Meninos



- Crescimento: geralmente, porque acham que estão muito baixinhos em relação aos amigos



- Falta de músculos: querem começar a fazer academia muito cedo



- Tamanho do pênis: perguntam se são "normais"



- Ginecomastia: aumento excessivo das mamas



- Acne: a preocupação estética é forte nesta fase







Meninas



- Mudanças do corpo: crescimento dos seios, sobrepeso, estrias



- Menstruação: atrasos, fluxo etc.



- Dúvidas sobre anticoncepcionais: querem iniciar a vida sexual de forma segura



- Acne



- Distúrbios alimentares: cresce o número de pacientes com anorexia e bulimia.