Seja bem-vindo(a)!

Aproveite esta oportunidade para compartilharmos informações, textos, ideias e reflexões a respeito do processo de ensino e aprendizagem.
O conteúdo deste blog é direcionado a professores, coordenadores pedagógicos e diretores de instituições públicas e particulares de ensino, além de psicopedagogos, pais e interessados na prevenção contra problemas de aprendizagem.

Pense Nisso!


Nada está no intelecto que não tenha passado antes pelos sentidos
(Provérbio antigo)



terça-feira, 24 de julho de 2012

MENINOS X MENINAS: DIFERENTES NO BRINCAR?


COISA DE CRIANÇA?

Predileção de meninos por itens do universo feminino faz parte do crescimento infantil
Veja como os pais devem lidar com essa situação
Brinquedo ajuda a criança a desenvolver habilidades

Meninas brincam de bonecas e meninos gostam de carrinhos, certo? Mas, se o interesse de uma criança foge desse padrão, tido pela sociedade como normal, não é preciso se preocupar.
A predileção de meninos por artigos do universo feminino é comum até aproximadamente os oito anos de idade – época em que a criança ainda não entende os valores sociais.
“Esse interesse é normal e não quer dizer que ele tenha uma tend~encia homossexual, mas sim que é curioso e que deseja conhecer o que o rodeia. É por meio da brincadeira que a criança desenvolve suas habilidades físicas e motoras”, explica Teresa Ferreira, psicopedagoga da Unifesp.
Respeitar a criança e participar da brincadeira com naturalidade são as recomendações da especialista para os familiares. “Geralmente os pais têm mais dificuldade para lidar com essa realidade do que as mães. Punir não é a solução, pois na escola o menino também terá acesso aos mesmos objetos”, diz Teresa.
A curiosidade da criança também é determinada pelos exemplos que recebe em casa. Se hoje o pai participa das tarefas domésticas, é normal que seus filhos sigam o modelo, o que é positivo futuramente para a criança.

MENINO BONECA

Para  especialistas, os pais não devem reprimir ou brigar com os meninos que apresentam algum interesse por brinquedos ou itens tipicamente femininos, como bonecas e artigos de casinha.
“Independentemente  do objeto usado, a brincadeira estimula o desenvolvimento da criança. Os pais devem participar da brincadeira, e não proibi-la, pois o interesse por itens femininos é normal durante a infância, até os sete e oito anos de idade”, diz Teresa.
O exemplo dos pais é um dos fatores que influenciam o intetresse do menino. Uma alternativa é introduzir à rotina da criança atividades masculinas. “O contato do pai com o filho é importante. Como muitas vezes isso acontece com pouca frequência em algumas famílias, recomendo que esse contato seja intensificado nos finais de semana, por exemplo”, diz a psicopedagoga.

MENINA MOLECA

Jogar futebol ou subir em árvores também não são brincadeiras só de meninos. “Hoje as escolas incentivam a prática de esportes para as meninas, inclusive modalidades tradicionalmente masculinas. E isso não quer dizer que elas perderão sua feminilidade, principalmente se a criança gosta do que está fazendo”, explica Teresa.

HORA DE BRINCAR

Além de divertir a criança, o brinquedo pode ser um objeto de aprendizado. Durante a brincadeira, o pequeno desenvolve a fala, conhece formas geométricas, cores e números de forma lúdica.
Ao receber diferente estímulos, seja na escola, seja em casa ou numa brincadeira, a criança assimila informações com mais facilidade. Filmes e livros também ajudam no desenvolvimento infantil.

Indicação de filmes que reforçam o tema aqui discutido:

O filme francês “Minha Vida em Cor-de-Rosa”, de Alain Bertiner, conta a história de Ludovic, um menino que acredita ser uma menina e lida com a rejeição dos pais e amigos.

Em “Tomboy”, longa francês de Celine Scianma, Laurie passa a se vestir e agir como um menino.

Brinquedos recomendados por faixa-etária:

0 a 12 meses – Brinquedos coloridos, sonoros e de fácil manipulação
1 a 3 anos – brinquedos que estimulem a locomoção e equilíbrio. Brinquedospara empurrar e puxar, blocos para empilhar e encaixar, bonecos grandes, triciclo, peão
3 a 5 anos – Brinquedos que estimulem a fantasia. Livros de histórias ilustrados, massinha de modelar, fantoches, jogos de montagem, fantasias e livros para pintar
5 a 7 anos – Brinquedos que estimulem a alfabetização. Livros com textos curtos, quebra-cabeça, bonecas e carrinhos menores
7 a 10 anos – Atividades mais complexas e que envolvam o raciocínio lógico. Kits de profissões, como mecânico ou médico, skate, patins, bicicleta, pipa e jogos com regras mais complexas


Fonte: Jornal Metro São Paulo – sexta-feira, 11 de maio de 2012 – Marianna Pedrozo

segunda-feira, 23 de abril de 2012

CUIDANDO DA FALA, APRENDENDO E BRINCANDO


TRAVA-LÍNGUA


Sugestão de atividade para desenvolver de forma lúdica a capacidade de se comunicar com clareza por intermédio da fala. 
O trava-língua é um jogo de palavras, versos, frases e sons com pronúncias difíceis que auxilia no tratamento fonoaudiológico,  psicopedagógico e no aspecto pedagógico nas escolas. Pode também ser utilizado  no ambiente familiar e social. Qualquer pessoa pode ‘brincar’ de trava-língua.
Na escola, por exemplo, o professor pode promover desafios em grupos com pontuação estimulando a socialização, identificação de rimas e a correta pronúncia das palavras. O trava-língua é também um grande aliado na aprendizagem da leitura e escrita.
É interessante que o trava-língua seja dito de maneira rápida. No início a expressão pode ser lenta e, posteriormente, a ‘brincadeira’ se tornará muito mais divertida.
Abaixo há alguns exemplos extraídos de um forro de bandeja da rede de lanchonetes Mc Donald’s. 
Divirta-se!




           1
É CROCOGRILO? É COCODRILO?
É COCRODILO? É COCODILHO?
É CORCODILHO? É CROCRODILO?
É CROCODILHO? É CORCRODILO?
É COCORDILO? É JACARÉ?
SERÁ QUE NINGUÉM ACERTA?
O NOME DO CROCODILO MANÉ? 


          2
MARIA-MOLE É MOLENGA.
SE NÃO É MOLENGA,
NÃO É MARIA-MOLE.
É COISA MALEMOLENTE,
NEM MALA, NEM MOLA,
NEM MARIA, NEM MOLE.


         3
UM NINHO DE MAFAGAFAS
TINHA SEIS MAFAGAFINHOS.
TINHA TAMBÉM MAGAFAÇAS,
MAÇAGAFAS, MAÇAFINHOS,
MAFAFAGOS, MAGAÇAFAS,
MAÇAFAGAS, MAGAFINHOS.
ISSO ALÉM DOS MAGAFAFOS
E DOS MAGAFAGAFINHOS.


        4
O DESINQUIVINCAVACADOR
DAS CARAVELARIAS
DESINQUIVINCAVACARIA
AS CAVIDADES
QUE DEVERIAM SER
DESINQUIVINCAVACADAS.


        5
TINHA TANTA TIA TANTÃ.
TINHA TANTA ANTA ANTIGA.
TINHA TANTA ANTA QUE ERA TIA.
TINHA TANTA TIA QUE ERA ANTA.


        6
O TEMPO PERGUNTOU PRO TEMPO
QUAL É O TEMPO QUE O TEMPO TEM.
O TEMPO RESPONDEU PRO TEMPO
QUE NÃO TEM TEMPO 
PRA DIZER PRO TEMPO
QUE O TEMPO DO TEMPO
É O TEMPO QUE O TEMPO TEM.


        7
É UM DEDO, É UM DADO, É UM DIA.
É UM DIA, É UM DADO, É UM DEDO.
É UM DEDO, É UM DIA, É UM DADO.
É UM DADO, É UM DEDO, É UM DIA.
É UM DIA, É UM DEDO, É UM DADO.
É UM DADO, É UM DIA, É UM DEDO.


         8
OLHA O SAPO DENTRO DO SACO,
O SACO COM O SAPO DENTRO,
O SAPO BATENDO PAPO
E O PAPO SOLTANDO O VENTO.


         9
TRÊS PRATOS DE TRIGO
PARA TRÊS TIGRES TRISTES.


                  
        10
A LONTRA PRENDEU A TROMBA DO MONSTRO DE PEDRA
E A PRENDA DE PRATA DE PEDRO, O PEDREIRO.


        11
FEIJÃO, MELÃO, PINHÃO, MAMÃO.
MEIJÃO, MALÃO, FEINHÃO, PIMÃO.
PIJÃO, FEILÃO, MANHÃO, MEMÃO.
MAJÃO, PILÃO, MENHÃO, FEIMÃO.


        12
O DOCE PERGUNTOU PRO DOCE
QUAL É O DOCE MAIS DOCE
QUE O DOCE DE BATATA-DOCE.
O DOCE RESPONDEU PRO DOCE
QUE O DOCE MAIS DOCE QUE
O DOCE DE BATATA-DOCE
É O DOCE DE DOCE DE BATATA-DOCE.


        13
PAGA O PATO, DORME O GATO,
FOGE O RATO, PAGA O GATO,
DORME O RATO, FOGE O PATO,
PAGA O RATO, DORME O PATO, 
FOGE O GATO.




       14
A SÁBIA NÃO SABIA
QUE O SÁBIO SABIA
QUE O SABIÁ SABIA
QUE O SÁBIO NÃO SABIA
QUE O SABIÁ NÃO SABIA
QUE A SÁBIA NÃO SABIA
QUE O SABIÁ SABIA ASSOBIAR.


       15
DISSERAM QUE NA MINHA RUA
TEM PARALELEPÍPEDO FEITO
DE PARALELOGRAMOS.
SEIS PARALELOGRAMOS
TEM UM PARALELEPÍPEDO.
MIL PARALELEPÍPEDOS
TEM UMA PARALELEPIPEDOVIA.
UMA PARALELEPIPEDOVIA
TEM MIL PARALELOGRAMOS.
ENTÃO UMA PARALELEPIPEDOVIA
É UMA PARALELOGRAMOLÂNDIA?


        16
SE A ARANHA ARRANHA A RÂ,
SE A RÃ ARRANHA A ARANHA,
COMO A ARANHA ARRANHA A RÃ?
COMO A RÃ ARRANHA A ARANHA?
             
        17
LALÁ, LALÉ E LILI
E SUA FILHAS
LALALÁ, LELELÉ E LILILI
E SUAS NETAS
LALELÁ, LELALÉ E LILELI
E SUAS BISNETAS
LILELÁ, LALILÉ E LELALI
E SUAS TATARANETAS
LALELI, LILALÉ E LELILÁ
CANTAVAM EM CORO
LALALALALALALALALÁ.


      18
NÃO CONFUNDA
ORNITORRINCO COM
OTORRINOLARINGOLOGISTA,
ORNITORRINCO COM ORNITOLOGISTA,
ORNITOLOGISTA COM OTORRINOLARINGOLOGISTA,
PORQUE ORNITORRINCO
É ORNITORRINCO,
ORNITOLOGISTA É ORNITOLOGISTA
E OTORRINOLARINGOLOGISTA É
OTORRINOLARINGOLOGISTA.


      19
UM GREGO É GAGO,
OUTRO GROGUE É GAGÁ.
TEM UM GREGO GAGÁ
E UM GROGUE GAGO.
TEM TAMBÉM
UM GREGO GROGUE
E UM GAGO GAGÁ.


      20
SABENDO O QUE SEI
E SABENDO O QUE SABES
E O QUE NÃO SABES
E O QUE NÃO SABEMOS,
AMBOS SABEREMOS
SE SOMOS SÁBIOS, SABIDOS
OU SIMPLESMENTE SABEREMOS
SE SOMOS SABEDORES.


      21
PEDRO TEM O PEITO PRETO.
O PEITO DE PEDRO É PRETO.
SE O PEITO DE PEDRO É PRETO,
O PEITO DO PÉ DE PEDRO É PRETO?


      22
LARGA A TIA, LARGATIXA!
LAGARTIXA, LARGA A TIA!
SÓ NO DIA EM QUE SUA TIA
CHAMAR LARGATIXA
DE LAGARTIXA!


      23
MEFISTÓFELES FELESTOFISME
FEZ COM QUE TOMELESFISSE OS
LESFEMEFISTOS E OS
FISFEMETOLES COM OS
FEMETOFISLES E OS TOLESMEFIFES.
FOI DAÍ QUE NASCEU UM
METOFISFELES FELESTOFISMEZINHO.
       



domingo, 29 de janeiro de 2012

TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM


25/01/2012 - 08h30
Saiba identificar se seu filho tem transtorno de aprendizagem
PUBLICIDADE


JULIANA CUNHA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA


Enquanto os alunos ainda estão de férias, a educadora Nadia Bossa dá aulas à distância para ensinar os professores a lidar com as novas dificuldades das crianças nas salas de aula.
Doutora em psicologia e educação pela USP e pesquisadora da Universidade de Turim, Bossa conta como os pais podem saber e o que fazer quando os filhos têm transtornos de aprendizagem.


*
Folha - Como os pais podem identificar o transtorno?
Nadia Bossa - Sugiro que façam uma espécie de laboratório com os filhos. Não é preciso aplicar uma prova em casa, mas colocar a criança diante de situações que exijam raciocínio matemático, interpretação de texto ou habilidades motoras [veja abaixo].
Serve para acender um sinal de alerta. Se o sinal obtido for vermelho, é preciso procurar ajuda de um psicólogo, psicopedagogo ou de um neuropediatra.


O professor sabe quando o aluno tem algum transtorno?
É difícil que o professor não saiba que algo vai mal. O que acontece mais frequentemente é o professor ver que o aluno tem dificuldade e tentar aplicar os métodos tradicionais, que funcionam muito bem em crianças sem transtornos de aprendizagem, mas não com as que têm o problema.


O problema está aumentando ou há uma banalização do diagnóstico?
Há as duas coisas. Existem diagnósticos precipitados e malfeitos e até pais que decidem que a criança tem uma coisa que nenhum médico disse que ela tinha, mas o problema de fato é crescente. Hoje as pesquisas apontam que algo entre 5% e 10% dos alunos apresentam algum transtorno específico da aprendizagem.


Por que esses transtornos estão crescendo?
Parece que é por conta de um tipo de criação que prioriza o desenvolvimento de algumas habilidades e negligencia outras.
A rotina das crianças é muito privada de atividades motoras mais amplas. Elas não correm na rua. Hoje, o brinquedo faz tudo, a criança só olha ele dançar, piscar luzinhas. O brinquedo faz coisas demais e a criança termina por fazer coisas de menos.
Antes elas montavam a casinha, separavam os objetos, eram atos classificatórios, era interação com objetos reais, desenvolvia noção de espaço.


Brincar no iPad, por exemplo, não pode desenvolver novas habilidades?
Sim, mas elas não são as mesmas necessárias nas tarefas acadêmicas. O excesso de uso de tablets e computadores acaba atrofiando justamente as habilidades que serão exigidas no início da vida escolar: habilidades motoras, criatividade produtiva, manusear materiais e construir coisas a partir deles. O excesso de contato com iPads, computadores e videogames gera na criança uma dificuldade em equilibrar a atenção difusa e a atenção concentrada.


Mas essas tecnologias estão também na sala de aula...
A escola pode ser um ambiente tecnológico, nada de errado com isso desde que ela valorize o desenvolvimento físico com a mesma atenção. O que vem acontecendo é que tanto em casa quanto na escola todos se esquecem de que a criança tem um corpo e que esse corpo precisa aprender coisas, precisa se exercitar tanto quanto o cérebro.


Transtorno de aprendizagem é doença? Tem tratamento?
Não é uma doença, é um tipo de funcionamento cerebral diferente que nós tratamos com uma espécie de "fisioterapia cerebral", que são atividades, jogos e desafios específicos para desenvolver as áreas em que a criança encontra mais dificuldade.
Frequentemente precisamos tratar com uma equipe multidisciplinar, com neurologista, psicólogo e psicopedagogo. Quem procura ajuda até a criança chegar aos oito anos provavelmente vai conseguir resolver o problema.




Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1038920-saiba-identificar-se-seu-filho-tem-transtorno-de-aprendizagem.shtml (29/01/2012)

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

PEDRO BANDEIRA NA REDE TV


ENTREVISTA COM PEDRO BANDEIRA – REDE TV


Na semana passada tive a oportunidade de ver uma entrevista do escritor brasileiro infanto-juvenil Pedro Bandeira na Rede TV. Foi muito gratificante. Segundo ele, “educação se aprende errando e é função da família”, e pode-se agregar nesse processo a vasta contribuição literária. Outra colocação que considero fundamental tratando-se das dificuldades de aprendizagem foi sobre a aprendizagem da leitura: o sujeito, no caso, a criança diz “não gosto de ler” porque “não sabe ler nem compreender”. Falou ainda que os adultos também apresentam o mesmo comportamento e todos, crianças, jovens e adultos, evitam falar “não sei” substituindo por “não gosto”.
Aproveitando o início de mais um ano letivo é importante refletir e discutir com pais, professores e todos os demais envolvidos com Educação e Aprendizagem da Leitura e Escrita sobre as ideias aqui compartilhadas. 
Fica aí uma sugestão, ok?...Abraço a todos....