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Aproveite esta oportunidade para compartilharmos informações, textos, ideias e reflexões a respeito do processo de ensino e aprendizagem.
O conteúdo deste blog é direcionado a professores, coordenadores pedagógicos e diretores de instituições públicas e particulares de ensino, além de psicopedagogos, pais e interessados na prevenção contra problemas de aprendizagem.

Pense Nisso!


Nada está no intelecto que não tenha passado antes pelos sentidos
(Provérbio antigo)



sexta-feira, 21 de maio de 2010

LINGUAGEM TATIBITATE

"[...] Linguagem tatibitate - É um distúrbio (e também de fonação) em que se conserva voluntariamente a linguagem infantil. Geralmente tem causa emocional e pode resultar em problemas psicológicos para a criança [...]"



A partir do exposto acima é possível compreender de uma maneira simples o significado da linguagem tatibitate.
Pense na fala da uma criança no processo inicial da linguagem falada.
Quem nunca achou uma gracinha quando a criança diz “qué aca” ou “paca pota” ou ainda “dedê té pincá”?
Lindinho mesmo, não é?
Traduzindo a fala fica assim: “quero água”...”faca corta”.....”nenê quer brincar”.
O que ocorre na linguagem tatibitate é exatamente isso, a fala infantilizada que, infelizmente, é reforçada com a repetição daquele que já se apropriou do modo correto de falar, seja no grupo familiar ou social.
Normalmente repete-se o que a criança diz no mesmo modo, o que faz com que ela vá perdendo oportunidades de aprender a pronúncia correta das palavras.
A criança relaciona, por exemplo, algumas palavras a verbos conjugados no passado. Quando ela diz “trazi” ou “fazi” está associando a “comi”, “bebi” etc.
Não está errada a maneira como ela fala, está sim, precisando ouvir a maneira correta de se pronunciar as palavras.
Deve-se evitar corrigi-la aos gritos, porque a criança não tem culpa de ainda não ter aprendido a falar, e menos ainda se aos 9 anos ela ainda fala como um bebê. Às vezes a mamãe não quer que o bebê cresça, e ela é a pessoa que está mais próxima dele exercendo grande influência na sua vida.
Ao invés de falar da mesma forma que as crianças deve-se repeti-las corretamente.
Quando a criança diz “qué aca” é necessário responder com boa articulação e de preferência, que ela possa visualizar o movimento bucal. Pode-se perguntar a ela: “Você quer água?” ou “É verdade, a faca corta.” ou ainda “Você quer brincar?”
É fundamental que todos os envolvidos no processo de desenvolvimento da criança (família, parentes, escola etc.), estejam atentos a isso.
Realmente quando a criança começa a falar é bonitinho, mas o “bonitinho” pode gerar sérios problemas.
Na fase da alfabetização, por exemplo, poderá ocorrer a manifestação do distúrbio também na escrita, na leitura e deve ser corrigido com delicadeza.
Pelo fato de haver a possibilidade de o distúrbio ter como uma das causas interferência do aspecto emocional deve-se encaminhar o caso a um psicólogo.
Deve-se também encaminhar a um fonoaudiólogo para correção fonética.
Vale ressaltar que esse distúrbio pode causar problemas de aprendizagem, portanto um psicopedagogo poderá auxiliar.
É uma situação que deve, como tantas outras, ser bem compreendida e merece atenção e cuidado.
Atenção! No início pode ser visto como característica normal da linguagem, porém se perseverar ao longo do tempo é necessário que haja avaliação de especialistas.
Lembre-se: Pais e Educadores são modelos para as crianças.



ALGUMAS SUGESTÕES PARA PAIS E EDUCADORES AUXILIAREM A CRIANÇA NO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM
(Redação Crescer)



- Promova o diálogo

- Aproveite situações do cotidiano para ouvir o que seu filho está falando e conversar com ele apresentando o nome das coisas. Assim, as palavras ganham significado e são gravadas com mais facilidade.


- Na hora das refeições, fale do prato, da colher, das cores e consistência dos alimentos.


- Aproveite o banho para nomear as partes do corpo e narrar as ações que a criança estiver fazendo: pegar o sabonete, a esponja, jogar água, esfregar a perna.


- Faça comentários sobre a forma e a textura dos brinquedos.


- Conte algo do dia com detalhes interessantes para a criança: o momento em que a vovó telefonou, uma coisa que você viu na rua.


- Leia e conte histórias.


- Ouçam e cantem juntos músicas e historinhas infantis.



Noêmia A. Lourenço


Referência:


FONSECA, Vitor - Escola. Quem és tu? Porto Alegre: Artes Médicas, 1993.

ASSUNÇÃO, Elisabete da. COELHO, Maria Teresa. Problemas de aprendizagem. São Paulo, SP: Editora Ática, 2002.


http://www.psicopedagogiabrasil.com.br


http://revistacrescer.globo.com/







sexta-feira, 14 de maio de 2010

JOGOS PEDAGÓGICOS

Os jogos são tipos de atividades que podem ser praticadas em todas as matérias, de diversas maneiras, facilitando a aprendizagem, desenvolvendo a originalidade, a criatividade dos alunos, enriquecendo e vivenciando fatos.
O professor que se utiliza de jogos torna-se mais seguro, desenvolvendo também a sua criatividade, inovando suas aulas e criando outros jogos.
Os jogos pedagógicos são excelentes recursos de que o professor poderá lançar mão no processo ensino-aprendizagem, porque contribuem e enriquecem o desenvolvimento intelectual e social na criança.
O professor poderá se utilizar de jogos e brincadeiras como recursos pedagógicos na construção da leitura e da escrita, Matemática e para ensinar todos os conteúdos, bastando saber usar o jogo na hora adequada.



Para ser um bom jogo, o professor deverá propor:



- Um jogo interessante e desafiador para as crianças resolverem.


- Verificar se o jogo é propício às crianças de acordo com o seu desenvolvimento e prontidão.



- Dar oportunidade que todos possam participar ativamente do princípio ao fim do jogo.



- Permitir que as crianças possam se auto-avaliar no final do jogo.



Para que o jogo seja produtivo, deve-se fazer com os alunos o levantamento das atividades básicas de comportamento:



- Não tomar iniciativas sem consultar o grupo.



- Dar a todos os mesmos direitos de participar e vencer.



- Saber o momento de falar e ouvir.



- Não interromper o companheiro, quando este estiver expondo seu ponto de vista.



- Saber perder.



- Não colocar a culpa dos fracassos nos outros.



- Não desvalorizar os vencidos.



- Deixar tudo em ordem no final, da mesma forma que estava inicialmente.




A IMPORTÂNCIA DO JOGO

Na área cognitiva:



- Desenvolve na criança a capacidade de observação do meio à sua volta, através de comparações de semelhanças e diferenças.



- Permite a elaboração de certas estruturas: classificação, ordenação, estruturação de tempo e espaço; primeiros elementos de lógica, através da resolução de problemas simples, buscando estratégias para vencer o jogo.



- Comunicação e expressão usando da necessidade de explicar as regras, contestar ou comentar as fases do jogo.




Na área motora:



- O jogo permite à criança ocasiões para criar e construir seus próprios brinquedos aperfeiçoando as suas habilidades.



- O jogo permite que a criança possa avaliar a sua competência motora, sendo motivada a se ultrapassar pelo autodesafio.



Na área sócio-afetiva:



- O jogo permite à criança a se livrar do seu egocentrismo.



- o jogo permite à criança a viver situações de colaboração, competição e também de oposição.



- O jogo permite à criança a conhecer regras respeitando o parceiro, aumentando seus contatos sociais.



JOGOS NO PROCESSO EDUCATIVO



A atividade lúdica proporcionada pelos jogos deve ser o desencadeador de todo o processo de aprendizagem.
O jogo desenvolve a imaginação e exige a tomada de iniciativas, desafiando a sua inteligência para encontrar soluções para os problemas.
Através de jogos, as crianças desenvolvem o seu raciocínio e constroem o seu conhecimento de forma descontraída.
Ao tomar decisões usando as regras para obter resultados desejados, estas mesmas regras fazem com que as crianças construam os seus limites agindo como sujeito de sua aprendizagem.
De acordo com o nível do aluno, o professor poderá desenvolver conteúdos específicos, propondo os mais variados tipos de jogos que não precisam ser sofisticados ou caros.
Utilizando materiais de sucatas como: caixas de vários tamanhos, garrafas e recipientes de detergentes, xampus, latinhas de cerveja, poderão ser confeccionados pelo professor ou pelos alunos variados tipos de jogos.
Dependendo da criatividade, poderão ser confeccionados jogos que envolvam as mais variadas disciplinas: Português, Matemática, Ciências, Geografia e História [...]







Fonte: PINTO, Gerusa Rodrigues; LIMA, Regina Célia Villaça. O dia-a-dia do professor. 3 ed. Belo Horizonte (MG): FAPI. vol. II