"NÃO EXISTE PROBLEMA DE LEITURA. EXISTEM ESCOLAS E PROFESSORES COM PROBLEMAS." (Herbert Kohl)
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O conteúdo deste blog é direcionado a professores, coordenadores pedagógicos e diretores de instituições públicas e particulares de ensino, além de psicopedagogos, pais e interessados na prevenção contra problemas de aprendizagem.
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Pense Nisso!
Nada está no intelecto que não tenha passado antes pelos sentidos
(Provérbio antigo)
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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021
REFLEXÃO SOBRE AULAS REMOTAS II
Marcadores:
APRENDIZAGEM,
EDUCAÇÃO,
ENSINO,
ESCOLA,
FORMAÇÃO DE PROFESSOR
REFLEXÃO SOBRE AULAS REMOTAS I
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FORMAÇÃO DE PROFESSOR
sexta-feira, 24 de janeiro de 2020
QUANDO SE PERDE OPORTUNIDADES DE EDUCAR AS CRIANÇAS
Certo dia eu estava assistindo a uma novela quando
determinada cena chamou a minha atenção. A mãe tinha o hábito de ler para o
filho todas as noites antes de dormir. Naquela noite não foi diferente, porém
surgiu um detalhe significativo. Ela queria que o filho dormisse rápido, pois
tinha um compromisso importante para ela. À medida em que lia a
história, cada vez que o menino se deparava com alguma situação semelhante a vivências
ele a interrompia, mas ela não dava a atenção e ainda o obrigava a continuar acompanhando
a leitura. Isto aconteceu por três vezes aproximadamente. O filho, ouvindo a
história, refletia e lembrava de fatos vivenciados com colegas e identificava
situações ocorridas com os mesmos individualmente. No caso, se tratava de conflitos
nas relações interpessoais. Infelizmente a mãe não percebeu uma grande
oportunidade de educar seu filho e, muito provavelmente, a cada atenção
rejeitada permanecia na mente do menino pontos de interrogação.
Por
quê aquela cena chamou a atenção?
O contexto da cena me permitiu fazer comparação entre a ficção
e a realidade. É notório que, principalmente nos dias atuais, parece se dar
atenção maior ao materialismo, ao ter, a questões menos importantes do que o
desenvolvimento humano, a educação.
As crianças nem sempre têm a oportunidade de aprender de
maneira segura, uma vez que a família e a escola são responsáveis por grande
parte da evolução humana e muitas vezes deixam a desejar. A família, de modo
geral, sendo a base do desenvolvimento, deveria tentar vencer os desafios da
educação. Ela tem a força, tem o poder, porém é muito triste ver que a sociedade
domina o espaço educativo. É comum os pais atenderem às vontades dos filhos por
conta, por exemplo, de argumentações dos mesmos quando dizem: “meu amigo tem”, “meu
amigo ganhou”, “meu amigo comprou”, “meu amigo vai”, e completam estes
argumentos com a expressão: “só eu que não”.
Este quadro educativo possui aspectos a serem considerados
e um deles é, especialmente, a compensação pela ausência necessária e
fundamental à sobrevivência. Todavia, é preciso estar atento, porque há perigo
quando o mundo social é o “único” educador das crianças.
Uma orientação:
#ficaadica
Quando a criança estiver numa situação em que suas dúvidas
sejam despertadas e ela queira explicações, dê atenção e ofereça os melhores esclarecimentos.
Evite deixa-la “apenas” nas mãos do mundo, da sociedade. Digo “apenas” porque
ela está aí crescendo, vivendo e aprendendo, inclusive, mediante exemplos.
A criança, até que adquira maturidade, reproduz o que vê e
o que ouve. Temos a tendência a achar bonitinho e, desta forma, perdemos a
oportunidade de educá-la.
Obs.: A cena
da novela a qual assisti veio também ao encontro do meu livro “Dorinha, a borboleta amiga”. A ideia é
esta: ao ler para a criança permitir que ela entre na história e aprenda. Caso
ela leia sozinha faça-lhe perguntas ou responda atenciosamente às que fizer. O
livro traz sugestões de atividades e diálogo para auxiliar neste processo.
Noêmia A. Lourenço
segunda-feira, 18 de novembro de 2019
"DORINHA, A BORBOLETA AMIGA"
A
obra “Dorinha, a borboleta amiga” foi produzida com base na realidade do
cotidiano escolar infantil em meados do final dos anos 80 e início dos anos 90.
A
autora lecionou no Ensino Fundamental I durante duas décadas e a cada dia de
trabalho refletia tanto sobre suas ações pedagógicas quanto acerca de fatos corriqueiros,
especialmente os referentes aos relacionamentos interpessoais entre os alunos.
Observando
o comportamento das crianças no período do intervalo (recreio) notava que, ao
mesmo tempo em que brincavam, brigavam. Os desentendimentos ocorriam devido a
diversos motivos, muitas vezes por razões simples, mas que geravam sérias
consequências. Era muito comum existirem conflitos nos momentos de partilha seja
de brinquedos ou materiais escolares e alimentos.
Certa
vez, voltando para casa, num ônibus, como de costume e conforme o já
mencionado, analisando todos os
acontecimentos do dia, a autora teve a ideia de escrever um livro.
Imediatamente pegou um caderno em sua bolsa de materiais de trabalho, uma
caneta e, na oportunidade em que aguardava o semáforo abrir passagem, iniciou a
escrita da história. A partir dali em cada momento em era possível foi dando espaço à criatividade e
continuou a produção. Após alguns meses finalizou, porém simplesmente guardou o
caderno e o tempo foi passando. Todavia, manteve o objetivo e o sonho de um dia
poder publicar o livro. Passado um novo longo período o texto foi datilografado
numa pequena máquina de escrever.
Em
1996, houve a aquisição do primeiro computador e então, a história foi digitada
e salva num disquete, mais uma vez a história foi guardada. O tempo
continuou avançando. Um dia, organizando
os pertences, a autora encontrou o primeiro registro. O caderno já estava com
as páginas amarelas, mas agora a história já estava num computador, o que
permitiu a impressão e encadernação. Guardou-se novamente.
Percebam
o tamanho da perseverança!! (risos). Nada acontece fora de hora e sem a vontade
de Deus.
A
hora da publicação chegou em 2019. O que chama a atenção é que, o contexto da
história criada há aproximadamente três décadas, atualmente faz muito sentido,
pois está bastante difícil educar as crianças, uma vez que a sociedade atual oferece
diversidade de estímulos, muito diferente daquela época, mas que exercem significativa
influência no comportamento. Apesar disto, ensinar a SER nunca deixou de ser um
dos pilares da educação e este vem acompanhado de mais três os quais são:
ensinar a saber (conhecer), ensinar a fazer e, tão importante quanto estes
pilares é o “ENSINAR A CONVIVER”.
Contribuir
para o estabelecimento dos quatro pilares é a proposta do livro “Dorinha, a
borboleta amiga”, pois sabe-se que pais e educadores precisam de apoio.
O
livro apresenta uma linguagem simples e real de modo a facilitar a compreensão,
oferece oportunidade de aprender de
maneira lúdica e incentiva à leitura. Permite reflexão e consequentemente conscientização
sobre comportamentos estimuladores para se desenvolver um convívio pacífico,
harmonioso.
Como explorar a obra em prol da Educação?
O
livro é composto pela história e atividades para fixação de aprendizagem.
Considerando
a importância da integração entre pais e filhos, educadores e alunos, sugere-se
que os professores, pais ou responsáveis participem junto a criança do momento
da leitura, seja lendo para ela ou ouvindo a leitura oral dela, mas ela pode
também ler oral ou silenciosamente sozinha.
Caso
ocorra a leitura à criança, ou lê-se a história sem parada do início ao fim ou à
medida em que faz-se a leitura pode parar nos pontos relevantes e chamar a
atenção fazendo perguntas sobre eles. Isto permite que ocorra a reflexão sobre
a mensagem da história. No final pode-se realizar um resgate geral do contexto
estimulando à compreensão conversando sobre o tema ilustrado pela história.
Ao
finalizar esta etapa a criança pode realizar as atividades sugeridas após o
texto tanto diretamente no livro (há espaço) quanto em outro local (papel sulfite,
caderno, cartolina etc.).
Bem,
vale ressaltar que são sugestões. Pais, Responsáveis e Educadores podem usar a
criatividade para explorar a obra “Dorinha, a borboleta amiga” de várias
maneiras. O importante é que o foco seja mantido: Educar para ser, conviver,
saber e fazer de modo a colaborar de maneira positiva para o bom Desenvolvimento
Infantil, o bom Desenvolvimento Humano, o bem viver.
O
livro se encontra na versão impressa e digital, neste caso, se for adquirido na
versão digital o ideal é a criança execute as atividades em papel.
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ser encontrado também na LivrariaCultura, Amazon entre outras.
Noêmia A. Lourenço
sexta-feira, 1 de novembro de 2019
INCLUSÃO: COMO AGIR?...GRANDE DESAFIO...AUXILIANDO PAIS E EDUCADORES
A
Inclusão
foi implantada com o objetivo de inserir pessoas na sociedade
mediante um processo educativo adequado tendo como ponto de partida a
educação
escolar inclusiva.
Embora
haja diversos recursos colaboradores para a prática em prol da
Inclusão, todos os envolvidos neste campo principalmente pais,
professores, educadores
de modo geral, necessitam de auxílio,
de parceiros para desenvolverem um excelente trabalho.
Aprendendo mais sobre Inclusão
INCLUSÃO: ANTES - SÉCULO XX - ANOS 90
A Inclusão é uma nobre oportunidade de acesso seja no ambiente escolar especificamente ou na sociedade de modo geral.
Tratando-se das instituições de
ensino, desde quando ainda era uma proposta a ser executada já se
abordava este tema com manifestações de dúvidas, curiosidade, e
pelo fato de na época ainda não se ter esclarecimento sobre o
significado desta ideia, ao pensar na possibilidade de ter que
acolher alunos com necessidades especiais e não saber lidar com a
situação, era notório o sentimento de aflição, insegurança,
medo etc.
Ao longo do tempo a Inclusão
deixou de ser unicamente uma proposta e foi determinada como um
programa implantado sob bases legais e então, houve uma movimentação
voltada à execução das ações inclusivas.
Todavia, de uma certa forma,
matricular educandos “diferentes” não era tão novidade assim.
Em meados dos anos 90 (século XX), por exemplo, havia as chamadas
“salas especiais” e pode-se dizer que a Inclusão tinha o nome de
“Educação Especial”.
A sala especial era um espaço em
que frequentavam somente educandos com necessidades especiais de
todas as categorias. Ali juntavam deficientes físico, auditivo,
visual, autistas, crianças com transtornos de personalidade entre
outros. Todos compunham um só grupo.
Quem atendia a estes alunos em sala de aula?
Qualquer um dos professores classificados na escola ou nas Diretorias de Ensino. Quando o professor tinha formação acadêmica no âmbito das deficiências era o mais indicado e a ele era atribuída a sala especial, porém, na maioria das vezes as salas especiais eram atribuídas a professores iniciantes ou que já tivessem experiência de sala de aula independente de se ter alguma formação, algum conhecimento mais profundo sobre o tema.
Contudo, para melhor atendimento aos
alunos “deficientes”, as Diretorias de Ensino ofereciam
orientações uma vez a cada mês ou a cada bimestre, portanto um
dia, geralmente com duração de 2 até 8 horas. Estes encontros eram
chamados de “Orientação Educacional” em que o professor era
capacitado com foco na adequação das atividades pedagógicas. Quase
sempre os órgãos superiores enviavam às escolas materiais
didáticos específicos.
Os resultados de uma certa forma,
eram satisfatórios, porém esperava-se mais tornando o desafio cada
vez maior.
INCLUSÃO: AGORA – SÉCULO XXI
Atualmente, já no século XXI, percebe-se que ainda há angústia, medo, insegurança por parte de todos os envolvidos no processo de Inclusão, apesar das mudanças sociais e do avanço tecnológico que muito favorecem à aquisição do conhecimento.
A Internet
está a serviço de todos os indivíduos com acesso a ela permitindo
contato efetivo com um imenso cabedal de informações sobre o
programa de inclusão, e mesmo assim não é suficiente para a
capacitação docente de modo a lidar eficientemente com a Inclusão.
Nota-se que alunos-estagiários de
cursos de licenciatura, especialmente curso de Pedagogia, cujos
estudos são literalmente direcionados à formação docente,
apresentam-se muito inseguros quando da oportunidade de estagiar numa
escola em que lhes colocam a
responsabilidade pedagógica diante de um educando “diferente”,
com necessidades educacionais especiais. Os estagiários encontram
dificuldade em desenvolver um bom trabalho com tais alunos, bem como
professores experientes continuam sentindo-se também inseguros.
Os pais, responsáveis e
familiares também se sentem perdidos, angustiados e contam com a
ajuda da escola. A sensibilidade dos pais é ainda maior, pois,
no mínimo, durante 9 meses esperava-se alguém que não tivesse nada
diferente, e de repente eis que vem ao mundo um ser puro, inocente e
com necessidade de acolhimento, de atenção especial.
A Inclusão coloca os alunos
“diferentes” junto aos colegas sem deficiências,
um em cada sala regular, de modo que estes sejam atendidos da melhor
maneira e tenha a atenção da qual necessitam, e está mais fácil
atuar em prol de resultados. Todavia, "como compreender a
inclusão?", “como agir de maneira adequada”?, “como
trabalhar com esses alunos?”, “como identificar se um aluno
precisa de atenção especializada?”
INCLUSÃO: SABER PARA INCLUIR
Imagine-se preparado com recursos ricamente específicos que vão desde o conhecimento fundamentado até sugestões de práticas pedagógicas eficazes. Imagine-se também pronto a participar de concursos públicos com boa colocação consagrando sua carreira profissional e garantindo qualificação ao seu currículo, enriquecendo seu TCC (Trabalho de Conclusão de Curso), a Monografia, agregando pontos na sua classificação em atribuição de aulas, etc.
É comprovado que quanto mais o
educador se prepara, melhor desempenha seu papel na sala de aula
obtendo retornos satisfatórios.
Considerando a importância de, além
do curso de graduação, dar continuidade aos estudos de modo a se
qualificar enquanto profissional e ainda, ampliar o rol de
conhecimento e se capacitar aprimorando a atuação especialmente em
sala de aula, venho ajudar você a eliminar a insegurança e
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Noêmia A. Lourenço
quinta-feira, 27 de junho de 2019
A ESCOLA E O PSICOPEDAGOGO
Em postagens anteriores abordei o tema sobre parceria entre escola e família. Desta vez venho tratar de um assunto também importante o qual tem em seu contexto a relação entre escola e psicopedagogia.
Sempre ouvi dizer, principalmente quando ainda estava em formação, que "Psicopedagogo es una persona no grata en la escuela". Esta expressão nunca me intimidou, porém até hoje me chama a atenção. Observo e reflito constantemente sobre ela. Ora concluo que sim, é verdade, ora tenho dúvidas. Há um ditado popular que dá sentido às minhas dúvidas, pois "onde há fumaça, há fogo".
Cabe também mencionar que frente a esta relação, escola e psicopedagogia, "há dois pesos e duas medidas".
Nota-se que, ao mesmo tempo em que o psicopedagogo enquanto profissional sofre certa rejeição, é aquele alguém que tem condições de trazer uma boa dose de esperança tanto para a família quanto à escola, uma vez que é um indivíduo preparado para auxiliar numa situação difícil para todos os envolvidos no processo de ensino no que se refere especialmente à aprendizagem.
A família é a que menos consegue resolver sozinha as dificuldades de aprendizagem de seu(s) filho(s), por outro lado a escola possui alguns recursos que poderiam e podem facilitar na superação dos problemas, mas apresenta-se também insegura, e quando se depara com a possibilidade de solucionar as situações difíceis no campo citado não sabe o que fazer.
Ocorre que talvez a Gestalt, a Psicanálise, o Behaviorismo e o Sócio-interacionismo, teorias que fundamentam a prática pedagógica no sentido da percepção, ponto de vista, da psiqué, dos estimulo e resposta formatando o ambiente e a interação indivíduo e meio, fariam a diferença no âmbito da aprendizagem se os educadores buscassem estas contribuições, no mínimo, em sua formação. Deste modo, evitariam prejuízos no processo educativo abrindo-se seguramente à relação em discussão: escola e psicopedagogo.
Assim como a família, a escola deixa claro o receio em expor suas fragilidades, porém tal comportamento torna-se compreensível, pois espera-se que "a escola seja perfeita e faça milagres", porém não existe perfeição. Se há falhas é porque houve tentativas e independe apenas de um. O trabalho educativo escolar envolve várias partes, cada um cumprindo seu dever.
É extremamente importante que o psicopedagogo seja visto como aquele que está pronto para auxiliar a escola e o aluno em suas dificuldades no ato de ensinar e aprender, apenas isto, e não um "crítico destrutivo" que aponta erros pelos erros sem oferecer subsídios que favorecem o sucesso escolar dos educandos. É esta a função deste profissional.
Todavia, para que tudo dê certo, ele precisa de espaço para agir de maneira que possa estabelecer parceria entre escola, família e o aluno sendo este o elemento principal do conjunto.
A resistência por parte da escola dificulta o trabalho psicopedagógico. Este quadro precisa mudar. O psicopedagogo é um parceiro disposto a colaborar em prol de resultados satisfatórios na sala de aula, partindo do apoio às práticas pedagógicas.
É fundamental que se tenha o olhar voltado ao coletivo, à turma. Entretanto, é essencial estar atento ao individual, ao aluno que manifesta comportamento diferente da turma referindo-se a todos os aspectos do desenvolvimento humano, comportamento este dito "inadequado" à sala de aula. É ainda imperioso perceber o educando que "tem dificuldade" em aprender a ler, escrever, calcular etc. e estar também disposto a ajudà-lo. Não é fácil, porém não é impossível.
Vale ressaltar que tudo na vida é arte, portanto espera-se que o educador seja um artista e que consagre sua arte a partir de sua sensibilidade.
O psicopedagogo ajuda, e não atrapalha. Ele é sim "persona grata en la escuela", seja o clínico e/ou institucional. Psicopedagogo Institucional tratando-se literalmente da atuação em escola.
Noêmia A. Lourenço
sábado, 15 de junho de 2019
O SÉCULO XXI NA SALA DE AULA
Observando os fatos do cotidiano
escolar, especialmente aqueles literalmente ligados a atos de
destruição do patrimônio (vandalismo) e os mais graves como
bullying, assédios, e nos casos mais extremos homicídios, penso ser
importante discutir acerca da possível influência do contexto da
sociedade atual no comportamento humano.
Todavia, conforme o tema deste texto
que está exposto no título, é eivdente que as relações
interpessoais no ambito da sala de aula demostram a possibilidade de
estarem cada vez mais distantes daquilo que se chama EDUCAÇÃO
considerando os objetivos educacionais.
Refletindo sobre a realidade
contemporânea levanta-se os seguintes questionamentos: “O que está
acontecendo com nossos alunos e professores?”, “Até que ponto
nossos alunos estão aprendendo os conteúdos escolares?”, “Por
que, ao que parece, a preocupação maior está em obter nota ao
invés de realmente aprender a ler e escrever bem, por exemplo?”,
“Onde estão os pilares da educação que são aprender a ser, a
conhecer, a fazer, a conviver?” Estas são algumas perguntas que
diante do contexto atual gera debate por conta das inúmeras
hipóteses as quais podem ou poderiam respondê-las.
Há quem não concorda que comparações
temporais sejam feitas, porém o passado é uma referência e jamais
deve ser ignorado.
É notória a mudança rigorosa
trazida pelo século XXI, o que deixa claro a necessidade de atenção
e adaptação por parte de todos os envolvidos no processo educativo
que vêm de épocas anteriores. Entretanto, o que dizer dos
educadores os quais estão se formando na nova era que já fazem
parte do quadro atual?
O comportamento humano sofreu grande e
signidficativa transformação. As mudanças podem ser orginárias de
conceitos e valores os quais também estão modificados. Algumas
características comportamentais podem ser destacadas:
- Pai, mãe e professor se tornaram 'você'. Alguns conseguem ter e manter autoridade, mas a maioria é tratada como 'colega', e com 'colegas' pode-se agir de qualquer maneira;
- O quadro-negro que passou a ser verde tornou-se quase obsoleto, afinal, a era é digital e a tecnologia é o recurso mais utilizado para tudo;
- A escola está cada vez mais sendo substituída pelo computador. Antigamente, porém não muito tempo atrás, o ensino à distância não tinha o valor que tem hoje, haja vista que é facilitador sob vários aspectos,
- O professor, consequentemente, passou a saber menos do que o Google;
- Os alunos apresentam-se imediatistas, impacientes, ansiosos, depressivos, desestimulados para estudo, trabalho, pois os estímulos fora dos muros escolares são mais eficazes, atraentes;
- As pessoas, de modo geral, estão agitadas, estressadas, exigentes sobre direitos sem se importarem com os deveres;
- A comunicação está prejudicada;
- Hoje não há limite, tudo está em excesso;
- A educação para o 'ser' está cada vez mais dando lugar ao 'ter'. Pensa-se que se não for assim ocorre exclusão social;
Falando ainda em educação, onde está
a mediação principalmente no que se refere às crianças? Como elas
estão absorvendo, entendendo, e o que estão fazendo com tantas
informações?
Provavelmente, existem origens para
estas e tantas outras alterações de comportamento. Cabe refletir e
verificar quais são tais origens de maneira que se possa a partir
delas ajustar e reajustar as relações interpessoais na escola.
Acredita-se que o maior desafio é
tentar resgatar os valores e conceitos que sempre deram certo, mas,
como diz o dito popular, “uma andorinha não faz verão”.
Noêmia A. Lourenço
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