Seja bem-vindo(a)!

Aproveite esta oportunidade para compartilharmos informações, textos, ideias e reflexões a respeito do processo de ensino e aprendizagem.
O conteúdo deste blog é direcionado a professores, coordenadores pedagógicos e diretores de instituições públicas e particulares de ensino, além de psicopedagogos, pais e interessados na prevenção contra problemas de aprendizagem.

Pense Nisso!


Nada está no intelecto que não tenha passado antes pelos sentidos
(Provérbio antigo)



quarta-feira, 14 de outubro de 2009

PROFESSOR / ADOLESCENTE / CRIANÇA / SISTEMA EDUCACIONAL

ANÁLISE DE TEXTOS DO LIVRO “NÓS EDUCADORES”





No livro “Nós Educadores” há várias abordagens acerca dos temas: Professor, Criança, Adolescente e Sistema Educacional.



A leitura nos remete à reflexão sobre pontos fundamentais do processo de ensino e aprendizagem.



Segue a análise.





I - PROFESSOR





O professor que é professor mantém sua postura profissional, interage com o aluno, permite que o educando dirija-se a ele com respeito e do jeito que se sentir melhor, pois, dessa forma, realizam mais satisfatoriamente a aprendizagem.



O professor que é professor cria em sala de aula afetividade e conduz a aprendizagem dos alunos de modo que se tornem cidadãos críticos (claro que se esse professor for cidadão crítico será mais fácil a execução desse trabalho).



Cumprindo seu papel de educador tenta ser o mais flexível possível e consegue driblar as dificuldades que surgem em sua trajetória funcional atingindo melhor desempenho.



Se o professor se compromete com a sua atuação despende atenção, tratamento e ensino adequados aos alunos fazendo dessa maneira com que esses alunos superem suas dificuldades e não sejam discriminados.



As características essenciais do bom e real professor são: empatia, equilíbrio emocional, respeito, doação e entusiasmo. O professor tem que ser professor e acreditar no que faz para obter sucesso.



Ao invés de ser critiqueiro ofendendo a moral dos seus alunos com palavras e observações estupidamente mal colocadas, o professor deve observar seu comportamento e perceber que o correto é ser, diante de seus alunos, Pssoa capaz de transpor qualquer barreira para que eles progridam cada vez mais.



A liderança de um professor está na noção que ele tem do todo e no modo de comunicar-se com os alunos tratando-se de empatia, influência, estímulo, recompensa e compromisso.



Desde o nascimento, infelizmente, aprendemos mais a TER do que SER. Valorizamos o consumismo e há muita competição a partir da família.



O professor sonha ver seu aluno aprovado pelo próprio esforço e é na escola que esse sonho pode ser realizado. Ainda é possível SER e fazer SER.



A Educação é um processo constante, portanto, haverá sempre tempo de ensinar e aprender.



Partindo de uma avaliação de todo o trabalho no final do ano letio e essencialmente uma autoavaliação, as ações para os anos seguintes certamente ficarão cada vez melhores. É necessário ter PACIÊNCIA e não dar crédito aos medíocres que tentam impedir a evolução, eles só reclamam, não sabem e não querem aprender a superar dificuldades, não valorizam o trabalho do outro e muito menos aceitam mudanças.



A aprendizagem é um desafio, a vitória é uma conquista. Os alunos repetem o que o professor ensina até que aprendam, e cabe ao professor incentivar ao aluno.



Encerra-se com uma questão: o professor é o que ajuda através do seu esforço e dedicação aos aprendentes a serem pessoas verdadeiramente cidadãs, ou é aquele que destrói a potencialidade deles?





CONCLUSÃO



 A Interação permanente entre professor e alunos terá como resultados:

- Ausência de agressões;



- Afetividade;



- Consciência crítica do aluno;



- Método de ensino adequado;



- Prazer ao lecionar;



- Coragem para construir;



- Valores respeitados;



- Sucesso profissional;



- Interesse dos alunos nas aulas;



- POSTURA de professor crítico e não de critiqueiro;



- Liderança;



- Concretização de sonhos;



- Objetivos alcançados;



- Melhor desempenho;



- Obstáculos ultrapassados;



- Comemorações por aprendizagens conseguidas;



- Luz e não Trevas.





II - ADOLESCENTES





Os adolescentes são seres em transformação que precisam ser respeitados e amados, para que se sintam mais seguros e se tornem adultos responsáveis.



Tudo indica que nos dias de hoje há grande confusão no entendimento das pessoas quanto à liberdade e libertinagem. Logo a expressão “em mim ninguém manda” é mal interpretada.



As pessoas ora deturpam valores morais e éticos, ora esquecem dos mesmos e é por isso que no mundo global estão ocorrendo tantos conflitos.



Ao que parece os adolescentes estão sem parâmetros e sem limites, precisando de EDUCAÇÃO. Por isso há muita arogância e desrespeito, fazendo com que a solidariedade dê lugar ao individualismo. É cada vez mais necessária a existência de interação dentro da sociedade para que haja progresso.



O comportamento dos adolescentes são reflexos do que eles vêem. Apresentam irreverências surpreendentes e a nós cabe analisar tais atitudes, diagnosticar antes de qualquer ação e buscar hipóteses de modo que esse quadro seja revertido.



Quando o professor se propõe a ajudar o adolescente fazendo com que tenha e mantenha sua autoestima elevada, da mesma forma que o aluno se apaixona por ídolos distantes ou próximos, faz desse professor um ídolo também e por ele se apaixona e nunca mais o esquece.



O professor se torna um espelho e faz com que os alunos descubram suas capacidades. Essa situação pode ocorrer desde a fase inicial do ensino escolar até a pós-graduação.





CONCLUSÃO



- O adolescente é importante para a sociedade, afinal o futuro aguarda suas boas e coerentes ações. Para que isso ocorra deve-se lhe oferecer as ferramentas necessárias.



- A Família é a base da Educação, sendo assim, deve ser a primeira a resgatar os valores para que os adolescentes possam viver de maneira organizada.



- O adolescente necessita de modelos adequados, limites e EDUCAÇÃO para que não se tornem egoístas, interagindo na sociedade dentro dos padrões normais.



- Refletindo o professor encontra vários meios de contornar situações irreverentes e um deles talvez seja adquirir nova conduta, nova postura.



- Com a ajuda do professor o adolescente pode chegar ao sucesso.





III – CRIANÇA





As crianças precisam estar prontas para a aprendizagem.



... Obrigá-las à alfabetização sem que estejam nesse estágio é crime...



... É ir contra as regras da natureza...



Na maioria das vezes a ansiedade vem dos pais e dos professores ao desejarem que num pequeno espaço de tempo a criança seja alfabetizada.



Dessa forma, sem perceberem, fazem com que elas (as crianças) sintam-se frustradas, pois além da possível dificuldade de aprendizagem e/ou falta de prontidão, não conseguem compreender a atitude e a intenção daqueles que querem que elas aprendam.



A aprendizagem acontece através de exemplos inicialmente dos pais.



Apesar disso elas são felizes por excelência, pois buscam somente coisas boas, ao contrário dos adultos que perdem tempo com lamúrias, medos e preocupações.





CONCLUSÃO



- As fases de entendimento da criança devem ser respeitadas.



- Uma vez que todo adulto tem uma criança interior, o ideal será deixar aflorar essa criança para que se possa viver com mais alegria e realmente VIVER.







IV – SISTEMA EDUCACIONAL





A tecnologia está avançando cada vez mais exigindo acompanhamento e adequação. Nada melhor do que começar pela Educação Escolar, grande veículo de formação.



Claro que é de suma importância ter o professor ministrando aulas expositivas as quais são complementares, e para que o aluno se torne autodidata é necessário estrutura adequada partindo da Família, de modo que lhe seja oferecido meios de se instruir com mais amplitude.



A informática carecerá de muito tempo para se estabelecer na educação e o conjunto de que dela dependerá necessitará estar preparado.



No que tange as melhorias na qualidade do ensino tem que haver conscientização de que é imprescindível o comprometimento na interação professor-professor, professor-aluno e professor-direção, para que problemas que geram desestruturação sejam evitados.



Qualquer indivíduo pode lutar por seus direitos de cidadão, porém sem deixar de cumprir os deveres que lhe cabem enquanto profissional da educação.



Existem alternativas para se chegar a caminhos que venham valorizar de modo justo o Magistério.



A separação entre os alunos em idade infantil e adolescentes foi importante e fundamental, pois cada um tem seu nível de entendimento. A reorganização do ensino veio para garantir aos alunos melhor condição de aprendizagem e socialização, a partir do respeito à faixa etária.



Alguns podem dizer que a qualidade do ensino brasileiro é ruim, mas, ainda que lentamente, está progredindo.



Se existe o SER PROFESSOR certamente os obstáculos são ultrapassados e a vitória acontece.



Todos têm chance de ter melhor qualidade de vida integrando realização pessoal e profissional, embora haja dificuldades.



Em relação à comunicação as pessoas normalmente pensam de um jeito, falam de outro e ainda agem de outro. Todavia, o correto é entender o contexto, aceitar as diversidades culturais e o nível de aprendizagem de cada um. Vale lembrar que a educação é constante e conduz a espaços cada vez maiores tornando melhor cada indivíduo.



A LDB de 12/96 propõe formação superior aos professores tornando-os especialistas da Educação. O melhor preparo permite que os educadores tenham mais condições de atuar em sala de aula. Porém, ainda há falta de profissionalismo.



Segundo a LDB, a necessidade de mudanças na metodologia, na didática do professor ainda não foi bem compreendida por muitos educadores.



O SARESP (Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo) detecta a qualidade de ensino num todo, e ao encontrar problemas determina a busca de meios e soluções visando à superação dos mesmos.



Não obstante, deve existir também interação entre o professor e o Sistema Educacional, para que, com força e união, possam combater os enganos e ilusões.




CONCLUSÃO





- O professor e o aluno devem dispor de recursos para que haja eficiência no ensino informatizado.



- Os envolvidos no processo educativo devem apresentar sugestões satisfatórias.



- As adaptações no ensino podem ocorrer de maneira concreta e efetiva atendendo às necessidades dos educandos.



- A maneira de se comunicar e a importância do contexto na comunicação devem ser partes essenciais na Educação.



- Profissionais competentes são fundamentais na área educativa, pois são responsáveis pela formação intelectual e moral do indivíduo.



- O aluno precisa conscientizar-se de que está na escola para aprender e garantir o seu futuro.



- O professor necessita compreender que deve realmente SER EDUCADOR, porém um EDUCADOR criativo e disposto a enfrentar o novo, os desafios sempre que surgirem.



- O SARESP mostra a realidade do ensino e auxilia o professor a encontrar novas propostas para conquistar melhorias no ensino da escola.

Noêmia A. Lourenço
Curso de Pedagogia – UNIFAI





BIBLIOGRAFIA


GAVALDON, Luiza L. Nós educadores. São Paulo: Loyola.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

DIA DA CRIANÇA



12 de outubro

Dia da Criança foi criado por decreto do presidente Artur Bernardes

Heidi Strecker*

Especial para Página 3 Pedagogia & Comunicação



O Dia da Criança foi criado oficialmente no Brasil por um decreto do presidente Artur Bernardes, em 1924. Mas só muito depois, na década de 1960, a idéia emplacou de verdade.
A fábrica Johnson & Johnson criou a Semana do Bebê Robusto e a Estrela, fábrica de brinquedos, resolveu aderir. Promoveram a Semana da Criança, em torno da data que já existia. Foi assim que o Dia da Criança passou a ser comemorado a 12 de outubro. As vendas aumentaram muito!
Hoje é costume comemorar o Dia da Criança com brincadeiras, passeios, presentinhos e muito carinho. Toda criança merece. Aliás, em 1959, a Organização das Nações Unidas (ONU) elaborou um documento registrando os direitos das crianças de todo o mundo. E estipulou o dia 20 de novembro como dia universal da criança.
Mas que direitos têm as crianças? Direito de brincar, de ter uma casa, de ter saúde, de se alimentar. Direito de ter uma família e receber amor. Direito de estudar. Direito de não sofrer nenhum abuso ou violência. Todas as crianças deveriam ter seus direitos respeitados!
Muitos países têm suas próprias datas para comemorar o Dia da Criança. Na Turquia é o dia 23 de abril, em Portugal é o dia 1º de junho e na Índia é o dia 15 de novembro.
E, no Japão, acontece uma coisa curiosa! Os meninos comemoram o dia do menino dia 5 de maio. As famílias que têm meninos penduram faixas coloridas em forma de carpas na janela. As carpas simbolizam a força e o sucesso. As meninas comemoram o dia da menina em 3 de março. É quando se realiza o Festival das Bonecas. As famílias costumam colocar cartazes com bonecas em casa.
Mas não importa o dia ou o lugar. Criança é criança do mesmo jeito. Viva o Dia da Criança!

*Heidi Strecker é filósofa e educadora.





Fonte:

www.uol.com.br

(http://educacao.uol.com.br/datas-comemorativas/ult1688u28.jhtm


terça-feira, 6 de outubro de 2009

ORIENTANDO PAIS E PROFESSORES...


As orientações a seguir são excelentes. Elas são dirigidas aos pais, porém sugiro que os professores também as sigam adaptando-as em alguns detalhes para o trabalho desenvolvido em sala de aula.


Vale ressaltar que há pais e professores que se sentem perdidos, confusos e não sabem lidar com as dificuldades de aprendizagem de filhos e alunos.

Outra sugestão é que essas orientações sejam também aplicadas à classe como um todo, pois ao mesmo tempo em que o professor colabora com os que apresentam dificuldades de aprendizagem, junto aos demais essas poderão ser evitadas, de modo a valorizar o potencial de todos a partir da autoestima.

Ressalta-se também que é essencial a presença, a colaboração da família com a escola, especialmente no processo de ensino e aprendizagem de seus filhos.

Noêmia A. Lourenço


Orientações aos pais de crianças com dificuldades de aprendizagem:



• Usar linguagem direta, clara e objetiva quando falar com a criança;

• Utilizar frases curtas, concisas e simples ao passar instruções para realizar tarefas escolares tais como: lições e trabalhos escolares e tarefas do dia-a-dia;

• Olhar diretamente para a criança mantendo a atenção, desestimulando a dispersão e favorecendo a comunicação;

• Estabelecer um horário de estudo diário em local apropriado, longe de aparelhos eletrônicos ou alimentos;

• Possibilitar que a mesa de estudo fique próxima aos pais, favorecendo assim o diálogo, o acompanhamento das tarefas e as orientações, resolvendo dúvidas e reforçando os vínculos familiares;

• Verificar se a criança está entendendo e acompanhando o objetivo, o fundamento, a essência, o raciocínio, a explicação e os fatos a que se refere a lição;

• Verificar quais as dúvidas e como podem ser resolvidas de imediato. Explicar e repetir sempre que for preciso com exemplos diversos as respeito do que está sendo objeto da lição;

• Utilizar outras formas de explicação tais como: letras móveis, palitos para contagem, gravuras, texturas, músicas, fantoches ou softwares. Utilizar régua para leitura;

• Certificar-se de que as instruções para determinadas tarefas foram compreendidas. O que, quando, onde, como, com o quê, com quem, em que horário. Não economizar tempo para constatar se ficou realmente claro para a criança o que se espera dela;

• Observar se a criança faz as anotações de maneira correta e, se for necessário, instruí-la a ter um método de anotar correto criando estratégias para obter esse efeito;

• Reduzir a quantidade de material a ser lembrado evitando material desnecessário que possa dispersá-la;

• Utilizar cadernos de cores diferentes para as matérias, associando as cores ao conteúdo;

• Utilizar agenda e apostilas coloridas, favorecendo a atenção ao material utilizado;

• Utilizar esquemas que a ajudem a executar as atividades tais como: dicas, atalhos, jeitos de fazer, associações;

• Colocar em seu quarto um quadro de avisos para que a criança coloque as datas de tarefas, provas, festividades e outros compromissos;

• Observar se está socialmente integrada e prioporcionar atividades que a integrem ao grupo social;

• Acreditar que é possível a aprendizagem.

Marci Tereza A. de Araújo – Psicopedagoga do espaço Psicossocial da AFAM



Fonte:

Boletim Informativo da AFAM (Associação Fundo de Auxílio Mútuo dos Militares do estado de são Paulo) – Ano VIII – nº 56 – junho/julho de 2009 – p. 8


"SOU PROFESSOR..."

“Sou professor a favor da decência contra o despudor, a favor da liberdade contra o autoritarismo, da autoridade contra a licenciosidade, da democracia contra a ditadura de direita ou de esquerda.
Sou professor a favor da luta constante contra qualquer forma de discriminação, contra a dominação econômica dos indivíduos ou das classes sociais.
Sou professor contra a ordem capitalista vigente que inventou esta aberração: a miséria na fartura.
Sou professor a favor da esperança que me anima apesar de tudo.
Sou professor contra o desengano que me consome e imobiliza.
Sou professor a favor da boniteza de minha própria prática, boniteza que dela some se não cuido do saber que devo ensinar, se não brigo por este saber, se não luto pelas condições materiais necessárias sem as quais meu corpo, descuidado, corre o risco de se amofinar e de já não ser testemunho que deve ser de lutador pertinaz, que cansa, mas não desiste”.


Paulo Freire
Trecho de “Pedagogia da Autonomia” (Ed. Paz e Terra)


sexta-feira, 2 de outubro de 2009

HOMENAGEM AOS PROFESSORES II

15 DE OUTUBRO
FELIZ DIA DOS PROFESSORES!


HOMENAGEM AOS PROFESSORES I

15 DE OUTUBRO
FELIZ DIA DO PROFESSOR!



terça-feira, 22 de setembro de 2009

TANGRAM

Veja o que pode criar com o TANGRAM!
Você orienta e organiza o mural com a participação deles. Seus alunos executam a tarefa e dão ideias.
Aproveite para enfeitar a sala de aula ou o pátio da escola com a chegada da Primavera.
Divida a classe em grupos. Cada grupo pinta as peças do Tangram com uma cor de modo que possibilite obter várias cores e muitas peças iguais.
Aplique essa técnica trabalhando conteúdos das  Disciplinas: Matemática, Língua Portuguesa, Ciências, História, Geografia, em todos os anos (séries).
Use a sua criatividade e explore a de seus educandos.
O Tangram pode ser confeccionado à mão (dobradura) marcando dobras e recortando as peças com os dedos. Desenvolve também áreas do desenvolvimento (capacidades e habilidades).






Noêmia A. Lourenço
atividade realizada com uma turma de 2º ano (1ª série)
numa escola da Rede Pública Estadual

domingo, 20 de setembro de 2009

COORDENAÇÃO MOTORA AMPLA / ORIENTAÇÃO ESPACIAL / ORIENTAÇÃO TEMPORAL

JOGO DO ZIG-ZAG




Formação inicial: formar dois círculos, com igual número de elementos: cada círculo formará uma equipe. Os jogadores ficam em pé, deixando uma certa distância entre um e outro. A professora inicia uma contagem, cabendo a cada jogador um número.


Desenvolvimento: dado o sinal de início, o jogador número 1 de cada círculo começa a correr entre seus companheiros, em zig-zag, contornando-os até chegar ao seu lugar. Aí chegando, bate no ombro do colega ao lado, o número 2 do círculo, e senta-se. O número 2 procede da mesma forma, e assim sucessivamente até que todos os jogadores do círculo tenham corrido em zig-zag por entre seus companheiros, e estejam sentados. Vence a equipe que terminar primeiro.


Fonte: 
RIZZI, Leonor; HAYDT, Regina Célia. Atividades lúdicas na educação da criança. 7ed. São Paulo, Ática, 2004.

COORDENAÇÃO MOTORA AMPLA (atividade)

A cabeça pega o rabo




Formação inicial: formar colunas de mais ou menos oito elementos, cada um segurando na cintura do companheiro de frente.




Desenvolvimento: o primeiro jogador tenta pegar o último da coluna, que procura se desviar para não ser pego. Uma vez conseguindo, o primeiro jogador de cada coluna troca de lugar com o último.




Fonte:

RIZZI, Leonor; HAYDT, Regina Célia. Atividades lúdicas na educação da criança. 7ed. São Paulo, Ática, 2004.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

O QUE A CRIANÇA VÊ, ELA FAZ...

É importante ter sempre em mente: A CRIANÇA É UM SER EM FORMAÇÃO. ELA APRENDE MUITO MEDIANTE O EXEMPLO.


sexta-feira, 4 de setembro de 2009

TELEVISÃO: AMIGA OU INIMIGA? II

Televisão: amiga ou inimiga?

A televisão é o mais influente meio de comunicação social, pois alcança milhões de pessoas ao mesmo tempo e consegue ser entendido por todas elas, ainda que de formas diferentes, pois cada indivíduo interpreta ao que assiste na TV em função do conhecimento que já tem sobre as coisas.
A TV informa, diverte, estimula a fantasia e a imaginação e traz para você, o telespectador, notícias, versões do que está acontecendo perto de você ou em lugares distantes. E você assiste a tudo isso, deitado ou sentado, dentro de sua própria casa.
Fala-se muito ainda que as crianças não lêem, não vão bem na escola, não estudam, têm dificuldades de se expressar porque assistem à televisão quase todo o tempo. Esse é um preconceito já desgastado e que procura transformar a televisão em bode expiatório. Se a criança acaba assistindo a cinco horas de TV por dia em vez de brincar fora de casa e com amigos é porque alguma coisa errada está acontecendo. Na certa, a sociedade e a cidade não estão oferecendo a ela outras opções de lazer.
Por que a televisão se torna uma coisa tão atraente? Se outros tipos de divertimentos fossem propostos às crianças, será que não as atrairiam também?
Está na hora de a escola aliar-se à televisão. A TV pode ajudar no trabalho em sala de aula, inclusive ensinar as crianças a se tornarem mais seletivas e críticas em relação aos programas e ao próprio veículo. Pela linguagem verbal, aliada aos outros sons e às imagens, é possível fazer uma análise do que se está vendo. Por exemplo, se você observar os comerciais de TV, sobretudo aqueles destinados ao público infantil, verá que há coisas muito bonitas e positivas. O comercial brinca com adjetivos, com diminutivos de nomes, com a rima, com a linguagem afetiva da criança e usa muito a linguagem poética. O professor de português pode aproveitar tudo isso para ensinar a refletir sobre os usos da nossa língua e também para alertar sobre a presença constante de imperativos disfarçados que são embutidos em todos os comerciais. Eles dão ordens nem sempre muito claras. E você não deve nem precisa obedecer a eles, a menos que faça uma análise crítica do que mostram e dizem e concorde com isso.


Maria Thereza Fraga Rocco. Professora e pesquisadora da Universidade de São Paulo. Autora do livro Linguagem autoritária, televisão e persuasão.


Fonte:
BRAGANÇA, Angiolina; CARPANEDA, Isabella. Bem-te-li: língua portuguesa. São Paulo: FTD, 1999. (Coleção Bem-te-li; v. 4)

TELEVISÃO: AMIGA OU INIMIGA? I

Televisão: amiga ou inimiga?

Ninguém divida que a televisão é o mais influente dos meios de comunicação de massa e, desde algum tempo, ela tem sido objeto de estudos, especialmente nas áreas que a relacionam como fonte de influência sobre as pessoas e principalmente sobre a criança.
Criança e TV formam um binômio. Uma situação justificada por muitos fatores, grande parte deles fruto da sociedade moderna. É difícil imaginar uma casa com criança sem imaginá-la absorvida pelo mundo que desfila na tela.
Uma das mais graves distorções que a TV passa vai se refletir no campo das emoções. Quem cresce com a educação do veículo aprende o amor de uma maneira muito fantasiosa. A vida real não é tão benévola quanto a fictícia: o happy end é difícil, mas a TV ensina que é sempre possível.
Outro risco é a criança receber tudo de forma muito passiva, sem interferir em nada, sem desenvolver argumentos para conseguir alguma coisa, o que é muito diferente do que ocorre na sua família ou na sua escola. Diante da televisão, basta que veja, que percorra o olhar: tudo já está ali, pronto; e o que é pior, do modo com que outros querem que ela veja. A televisão fala para você, mas não permite uma resposta do telespectador.
Se a TV não exige da criança decisão nem poder de concentração ou disciplina, o que dizer dos reflexos na postura física? Ela vai ficando largada, escorregando cada vez mais no sofá, parada. E criança foi feita para estar em movimento. Além disso, passar muito tempo ligado à televisão faz com que os jovens tendam a desenvolver maus hábitos alimentares, como consumir mais refrigerante, batata frita, pipoca e outras guloseimas.
E as excessivas cenas de violência a que o telespectador fica exposto a qualquer hora do dia nos mais diferentes programas? Não importa se é um desenho animado, um filme de sessão da tarde ou uma novela no horário nobre. Todos podem apresentar um tempero demasiado ácido ou modelos de relacionamento extremamente violentos, distorcendo o que se espera de uma educação com respeito e consideração ao próximo.
É impossível ignorar o caráter excessivamente consumista da televisão. Quantos desejos e instintos despertados ou estimulados pelos comerciais ou por cenas inofensivas dos nossos programas preferidos? As propagandas exploram nossas fraquezas e o jovem é muito sensível ao apelo dos comerciais de produtos que dão status – tênis de grife, roupas da moda, importados etc.
Concluindo, é preciso estabelecer limites para o tempo reservado às crianças diante da TV e de avaliar a escolha dos programas vistos por elas, para que não fique prejudicado o mundo da fantasia e da imaginação, dom precioso a ser desenvolvido na infância.


Luiz Cuschnir – Médico psiquiatra, psicodramatista, coordenador do IDEN – Centro de estudos da Identidade do Homem e da Mulher. Autor, entre outros, do livro Homem – Um pedaço adolescente / Adolescente – Pedaço de Homem, Editora Saraiva.


Fonte:
BRAGANÇA, Angiolina; CARPANEDA, Isabella. Bem-te-li: língua portuguesa. São Paulo: FTD, 1999. (Coleção Bem-te-li; v. 4)

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

PARCERIA ENTRE ESCOLA E FAMÍLIA II


A partir do vídeo postado anteriormente é possível verificar que há possibilidade de estabelecer parceria com a família.
Há inúmeros casos que demonstram a distância entre ambas (escola e família) e casos que revelam a disposição das famílias no que tange a colaboração. Veja o exemplo:
Uma mãe encontra-se desiludida com a professora e a escola. Sabe por que?
O filho apresentou dificuldade de aprendizagem desde o 2º ano (1ª série). Estando no 3º ano (2ª série) foi solicitado a ela que levasse o menino a um psicólogo para diagnosticar o problema. A mãe, sempre atendendo às solicitações, o levou. O resultado foi satisfatório. Seu filho não tinha problemas psicológicos. Então foi encaminhado a um psicopedagogo com a queixa de hiperatividade (diagnóstico da escola). Aqui começou a superação das dificuldades. Depois de ter sido avaliado diagnosticou-se que o menino não era hiperativo e sim, apenas não tinha sido estimulado para a aprendizagem da leitura e escrita. O Psicopedagogo recomendou a utilização de óculos e sugeriu que a mãe providenciasse aulas particulares. A mãe, mais uma vez, imediatamente conduziu-o a um oftalmologista, comprou o óculos e contratou professora particular para que fosse alfabetizado. No período de seis meses aproximadamente o filho aprendeu a ler e a escrever e, quando despertou para a leitura, já estava no 4º ano (3ª série). Surgiu novo problema: ele, feliz, realizava as tarefas cantando baixinho, assoviando... A professora não conseguiu compreender a situação do menino e muito menos o interesse da mãe. Continuou reclamando, afirmando que ele não acompanha as aulas como deveria, constrangendo diante de todos querendo dizer que a mãe dele é desinteressada, não faz nada para corrigi-lo etc.
Conclusão: o filho está com medo da professora porque ela briga muito com ele, a mãe vai transferi-lo de escola porque sente que ele está sendo perseguido pela professora que por sua vez aparenta estar sendo influenciada pela professora do ano anterior que também o rejeitava. A direção e a coordenação parecem não se envolver muito, pois houve um momento em que a professora teve postura agressiva com a mãe e nada ocorreu (a coordenação estava presente).
Ora, o mínimo que poderia acontecer seria a professora pensar pedagogicamente: “se esse menino aprendeu a ler agora ainda está se familiarizando com o universo da escrita. Todo conteúdo trabalhado não foi por ele apropriado como ela esperava. Talvez o processo seja lento até que se adapte. A mãe está cumprindo seu papel da melhor maneira possível. Etc. Etc. Etc.”. Esse é um exemplo de pensamento para demonstrar a necessidade de flexibilizar a idéia que se tem a respeito do comportamento do educando e da família e propor reflexão sobre esse tipo de situação que é tão comum.

Noêmia A. Lourenço

PARCERIA ENTRE ESCOLA E FAMÍLIA

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

A AUTOESTIMA DO PROFESSOR

O PROFESSOR PRECISA SER ELOGIADO. NÃO CUSTA DIZER: PARABÉNS PELO TRABALHO, PROFESSOR!

O aluno é o indivíduo mais importante da escola. É o ser em formação que está lá para aprender e se desenvolver como cidadão, pessoa e para o mercado de trabalho, assim determina a lei.
A parceria da família com a escola é essencial. Isso precisa estar claro para a família de modo que se conscientize sobre sua fundamental importância na vida do (a) filho (a) desde a concepção. Família e Escola unidas fazem a diferença.
Por outro lado, há alguém tão importante quanto a escola e a família no processo de ensino e aprendizagem: o professor. Não dá para fugir dessa realidade.
Há professores que são dignos de honrarias. São excelentes educadores, comprometidos com o trabalho, com a escola. Estão sempre dispostos a contribuir da melhor forma possível com as famílias e, principalmente, com seus alunos.
Muitas vezes ou quase sempre não são compreendidos em suas ações, se veem sozinhos no meio da multidão e mesmo sabedores da falta de reconhecimento seja por parte da escola, família, aluno, sistema continuam desempenhando satisfatoriamente sua função fazendo jus a profissão escolhida.
Em inúmeros casos e automaticamente o professor é: professor, pai, mãe, irmão, tio, avô, médico, assistente social, juiz, advogado, detetive, psicólogo, enfermeiro etc. Às vezes todos esses profissionais de uma vez só diante de uma situação momentânea no cotidiano escolar. É fato inegável.
Cada dia para ele é desafiador, ser professor é um desafio.
O professor sente que por mais que faça nunca está bom, não consegue agradar.
Muitas pessoas o rotula de ‘porcaria’.
Professores que lidam com crianças são os mais desvalorizados.
Ah se todos os educadores tivessem o dom que eles têm!
Há um detalhe pouco ou nada discutido o qual cai num injusto esquecimento: o pedagogo é tão especialista quanto qualquer outro, aliás, é especialista da Educação, portanto com condições plenas para desenvolver o trabalho pedagógico básico e global.
Os professores precisam ter a autoestima elevada de maneira que possam produzir cada vez mais e melhor, e não somente os alunos. Necessitam de atenção tanto quanto qualquer pessoa envolvida no processo educacional.
Existe a Síndrome de Burnout que é um problema sério que acontece com professores e a escola deve estar atenta aos sintomas e auxiliá-los na medida do possível oferecendo um ambiente mais acolhedor, por exemplo. (verifique informações sobre a Síndrome de Burnout em vídeos anteriormente postados neste blog)

Reflita: aluno valorizado + professor valorizado = aprendizagem garantida + prazer ao ensinar e aprender.

Noêmia A. Lourenço

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

MÚSICA NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM II

MAIS CANÇÕES INFANTIS...

1- TIRADENTES (adap. O cravo brigou com a rosa)

Tiradentes subiu à forca
No dia 21 de abril
Com ele foi toda glória
Do nosso imenso Brasil

2 – TIRADENTES (adap. Frére Jacques)

Tiradentes, Tiradentes
Grande herói, grande herói
Da Independência, da Independência
Do Brasil, do Brasil

3 – MÃEZINHA (adap. A praça)

Mãezinha tão querida
Neste dia vou lhe dar
Um beijo demorado e um abraço pra mostrar
Mãezinha tão querida
Como é grande o meu amor
Porque tu és mamãe mimosa flor

Mamãe querida
Tu és a vida
A mão que afaga
O olhar e o perdão
O riso alegre
O beijo doce
Tu és a vida, ó mamãe do coração
Tu és a vida, ó mamãe do coração

4 – MAMÂE (adap. Alegria das Notas)

Dó, o meu amor por ti
Ré, aumenta a cada dia
Mi, serei sempre assim
Fá, farei você feliz
Sol, sua voz é um rouxinol
Lá, estarei perto de ti
Si, indica devoção
A mamãe do coração

5 – PRA MAMÃE (adap. Se esta rua fosse minha)

Pra mamãe, pra mamãe com alegria
Ofereço, ofereço o coração
Dentro dele, dentro dele cada dia
Cresce mais, cresce mais minha afeição

Pra mamãe, pra mamãe anjo querido
Neste dia, neste dia aqui eu vim
Pra ofertar, pra ofertar com alegria
Todo amor, todo amor que eu tenho em ti

6 – PAPAI QUERIDO (adap. Frére Jacques)

Todos juntos, todos juntos
A cantar, a cantar
Ao papai querido, ao papai querido
Alegrar, alegrar

7 – PAPAI (adap. Parabéns pra você)

Papai tão querido
Hoje vamos saudar
E um beijo tão terno
Todos nós vamos dar

8 – PAPAI I (adap. Atirei o pau no gato)

Nesta festa tão querida, da
Do chefão, fão, fão
Da família, lia
Vou mostrar-lhe, lhe
Meu carinho, nho
Minha inteira, minha inteira
Gratidão... E amor!

9 – PAPAI II (adap. Atirei o pau no gato)

Venha cá meu papaizinho, nho
Vou te dar, dar, dar
Um beijinho, nho
Bem juntinho, nho
Um presentinho, nho
Você é, você é, o maioral
Legal!

10 – MEUS DENTINHOS (adap. Frére Jacques)

Meus dentinhos
Meus dentinhos
Vou escovar
Vou escovar
Pra ficarem fortinhos
Pra ficarem fortinhos
E brilhar
E brilhar

11 – TRENZINHO

Piui, piui, piui
Põe a mão no meu ombro
Não deixe o trem descarrilhar
Eu sou a máquina. Vocês os vagões
Os passageiros são os nossos corações

12 – O ÍNDIO

O índio tocou o seu tambor
Plan, plan
Que força ele fez para tocar
Plan, plan
Quando o índio tocou o seu tambor
Plan, plan
Muita gente se assustou
Plan, plan

O indiozinho tocou o seu tambor
Plin, plin
De leve, de leve ele tocou
Plin, plin
O indiozinho tocou o seu tambor
Plin, plin
A ninguém ele assustou
Plin, plin

12 – O DADO DE DUDU (adap. Escravo de Jó)

Dudu tem um dado
O dado é de Dudu
Dudu, dado
O dado é de Dudu

Dudu tem um dado
O dado é de Dudu
Dudu tem um dado
O dado é de Dudu

13 – O REI DA RUA (adap. Caranguejo / Escravo de Jô)

O rato é o rei
Na rua, roda, ri
Namora a rata Rita
Rodopia até cair

Roda, roda, roda
Ri, ri, ri
Roda, roda, roda
Rodopia até cair.

14 – CAMELO (adap. Ciranda, Cirandinha)

A foca toma coca
O camelo como coco
O tatu fica na toca
O macaco lá no toco

15 – A PATA E A PIPOCA (adap. Cachorrinho / Ciranda, cirandinha)

A peteca pula, pula
Lá pertinho do papai
E a pata e a pipoca
Pulam juntas sem parar

Peteca – Ca
Pipoca – La, La, La
Vem cá pular
Com a pata e o papai

16 – A SAPA SAPECA (adap. Ciranda, Cirandinha)

A sapa é sapeca
Pula e roda sem parar
Suja a saia e o sapato
Mas não para de rodar

O sapo lá do rio
Com a sapa foi pular
Sapecou um beijo nela
Com a sapa vai casar

17 – A BARATA BOBOCA (adap. Escravo de Jó)

Barata bobca
Babou no meu fubá
Baba, bebe
Come todo meu fubá

Barata boboca
Vem me dar uma beijoca
Barata boboca
Vem me dar uma beijoca

18 – O PEIXE XERETA (adap. O cravo brigou com a rosa)

O peixe pulou na caixa
Puxada pela bexiga
O peixe subiu, subiu
E TIM... Bum... TIM... Bum... TIM... Bum

O peixe nadou, nadou
Até a beira dor rio
O sapo com uma careta
Falou: Ó peixe xereta

19 – A FAROFA DA PANELA (adap. Garibaldi / Ciranda, Cirandinha)

A barata é careca
A arara é colorida
O urubu só faz careta
O peru é um xereta

A coruja voa, voa
A girafa é amarela
A barata foi comer
A farofa da panela

20 – A GARRAFA BARRIGUDA (adap. Atirei o pau no gato)

A garrafa barriguda – da
Tem um carro – rro
De corrida- da
Lá no barro – rro
Derrapou – pou – pou
Ela berrou, ela berrou
Mas não parou
Tim – bum!


21 – A VASSOURA (adap. Terezinha de Jesus)

A vassoura é danada
Varre, varre sem parar
Assa bolo e varre a casa
Ouve o pássaro assobiar

Roda e pula, assobia
Passa a roupa e lava a pia
Ela é muito asseada
A vassoura é danada

22 – A FORMIGA LEVADA (adap. A pulga e o percevejo)

A levada da formiga
Resolveu se divertir
Picou o pé do urso
Ele estava a dormir

Torce, retorce
E pula num pé só
Caiu perto da árvore
A formiga teve dó

23 – A ESCOVA VAI À FESTA (adap. Senhora Dona Sancha / Ciranda, Cirandinha)

A escova vai à festa
Leva um disco para tocar
Ela vem pela escada
Numa noite de luar

Seu vestido é de seda
Seus sapatos de cetim
O seu rosto é tão bonito
Ela não pode ir sem mim





Músicas I e II (fonte): Magistério (E E Dr. Octávio Mendes – 1986)



quinta-feira, 6 de agosto de 2009

MÚSICA NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM I

O trabalho com música na sala de aula favorece a aprendizagem.
A música permite o desenvolvimento nos seguintes aspectos: esquema corporal, percepção auditiva, ritmo, percepção visual, orientação espacial, orientação temporal, lateralidade, coordenação motora, socialização, integração, interação, expressão (esquema) corporal, memória, observação, atenção e concentração, fixação de conteúdos curriculares em todas as disciplinas, emoção, afetividade, inteligência musical, inteligência espacial, inteligência intrapessoal, inteligência linguística e inteligência cinestésica-corporal., haja vista que os educandos cantam e ao mesmo tempo movimentam o corpo interpretando a letra (dramatização individual e/ou coletiva).
Considera-se a música um excelente recurso lúdico que ensina promovendo o aprendizado de maneira prazerosa e estimuladora também para a aprendizagem da leitura e escrita.
As parlendas e paródias são variações de atividades que podem ser criadas por professores e alunos e por ambos em conjunto utilizando instrumentos ou não.
Abaixo há letras de canções infantis. Algumas têm indicação de adaptação rítmica, outras precisam ser adaptadas conforme a criatividade.
Vale lembrar que é importante ter clareza quanto aos objetivos que se quer alcançar quando for utilizar a música como recurso pedagógico.

Noêmia A. Lourenço


1- A PULGA

Mexe, remexe
Procuro mas não vejo
A pulga fazendo cócegas
Aqui no meu cabelo...(cotovelo, joelho, tornozelo etc.)
Aqui no meu cabelo...(cotovelo, joelho, tornozelo etc.)

2- NA LOJA DO MESTRE ANDRÉ

Na loja do mestre André
Eu comprei um tamborzinho (2X)
Turututu um tamborzinho (2x)
Aiolé, Aiolé
Foi na loja do mestre André
(substituir: o nome André por nomes dos alunos / prato, coquinho, sininho, triângulo (os objetos comprados))

3- O REI DAVI

Quando o espírito de Deus
Se move em mim
Eu canto como o rei Davi
Eu canto, eu canto, eu canto como o rei Davi
(eu rezo, eu coço, eu danço etc.)



4- O PALHAÇO

Lá de cima do terraço
Eu olhei para a calçada
Vinha vindo um palhaço
Que me fez dar gargalhadas
A chumba, cara cachumba
A chumba, olé
Que bonita você é.

Convidei o palhaço
Pra brincar de fazer roda
Ele respondeu sorrindo:
Eu prefiro jogar bola.
A chumba, cara cachumba
A chumba, olé
A chumba, cara cachumba
Que bonita você é.

5- A CHUVA QUEBROU O GALHO

Plantei um pé de alface
A chuva quebrou o galho
Rebola, chuchu, rebola
Rebola, se não eu caio

(Plantei uma cenoura, um pé de banana, um pé de abacate)

6- PIABA

Põe a mão na cabeça
Põe a mão na cintura
Dá um remelexo no corpo
Dá um abraço doçura.
Sai, sai, sai ó piaba
Sai lá da lagoa (bis)

Põe as mãos nas pernas
Põe as mãos nos pés
Dá um remelexo no corpo
Dá um abraço doçura.
Sai, sai, sai ó piaba
Sai lá da lagoa (bis)

Põe a mão nos ombros
Põe a mão nos joelhos
Dá um remelexo no corpo
Dá um abraço doçura.


7- DEDOS DA MÃO

Aqui vive alegre pessoal
Família bem original
Um pai, uma mãe, um irmão, uma irmã e um nenê muito alegre e gentil
Que forte é papai polegar
Que boa a mãezinha no lar
O irmão é maior
A irmã é menor
E o nenê vamos embalar.

8- O TRENZINHO

Lá na estação
Bem de manhãzinha
Veja o trenzinho
Todo carregado
E o maquinista toca a manivela

Piuí – ui – ui
Lá se vão, lá se vão

9- O BURRINHO

Suave canta o burro,
quando quer comer.
Se não lhe damos nada
ele urrará.

Tró! Tró! Tró! Tró!

10- DONA SAPA

Dona Sapa não lava o pé
Não lava porque não quer
Ele mora lá na lagoa
Não lava o pé porque não quer

Dana sapa na lava a pá
Na lava parca na cá...
Ala Mara na lagaa
Na lava a pá parca na cá.

Dene Sepe...
Dini Sipi....
Dono Sopo...
Dunu Supu...



11- AS VOGAIS

Cinco irmãzinhas
São as vogais
Sempre juntinhas
Mas não são iguais

A, a primeira é gorduchinha
E, a segunda já é mais magrinha
I, chora fininho
O, é guloso
U, chora grosso com ar de desgosto.

12- MANÉ PIPOCA

M, a-má
N, é-né
Mané
P, i-pi
Mané – pi
P, O – pó
Mané, pipó
C, a – cá
Mané, pipoca.

13 – 31 DE MARÇO (adap. Alegria das Notas)

Dó – um dia, um lindo dia
Ré – foi a revolução
Mi – assim cantaram a mim
Fá – falaram com ardor
Sol – brilhava um lindo sol
Lá – se foi a confusão
Si – não fosse os defensores
O Brasil não seria livre.

14 – O OUTONO CHEGOU (adap. A canoa virou)

O outono chegou
Chegou para ficar
Foi por causa do verão
Que se foi mas vai voltar

No outono as flores caem
Mas os frutos vão brotar
E com eles a alegria
Na merenda escolar.



15 – EU SEI FAZER CONTINHAS (adap. Jingle Bells)

Eu sei fazer continhas
E conto de um a um
Os algarismos todos
Já faço muito bem

Se dois mais dois são quatro
Se um mais um são dois
O resto é muito fácil
Mas fica pra depois

Sei um mais um somar
Subtrair também
Sei um, dois, três contar
Até vinte ou cem

De dois em dois eu conto
De dez em dez também
E mais de cinco em cinco
Melhor do que ninguém.

16 – A PERERECA (adap. Bat Masterson)

A perereca foi à praia
Com um maiô que ela comprou
Chegando lá todo mundo falou
Mas que horror, perereca de maiô


sábado, 1 de agosto de 2009

VOLTA ÀS AULAS

O reinício das aulas no ano corrente tornou-se prejudicado devido a pandemia de Gripe Suína – Influenza A H1N1.
Em vários países, inclusive no Brasil, muitas pessoas já foram infectadas sendo que a maioria conseguiu a cura e, infelizmente, algumas chegaram ao óbito.
As informações estão disponíveis em todos os veículos de comunicação.
Tratando-se da volta às aulas provavelmente os alunos estarão bastante agitados, o que é compreensível.
Várias hipóteses para tanto agito podem ser levantadas:
- expectativa
- ansiedade
- medo
- angústia
- alegria
- saudade
- curiosidade
- liberdade
- dúvida
- preocupação
- vontade de contar e ouvir novidades
- tristeza (talvez tenha passado por momentos difíceis)
- sentimentos divididos entre ‘querer ir à escola’ e ‘querer continuar em férias’, etc.
Os professores não estarão agitados por terem mais controle sobre as emoções, claro, porém retornarão com os mesmos sentimentos e mais, aflitos pela possibilidade de se depararem com resultados diferentes do esperado em relação ao que foi aplicado e avaliado.
Diante desse quadro o ideal é SE PREPARAR tanto a partir da coletividade como individualmente, embora se saiba que o professor deve ESTAR SEMPRE PRONTO para enfrentar os desafios diários da sala de aula.
Há meios de se evitar problemas e consequentemente o estresse: Replanejamento e Planejamento. O primeiro verificando o que deu e o que não deu certo e reformulando conteúdos e metodologias reorganizando a prática docente. O segundo planejar novas propostas.

Sugestões:

1- No primeiro dia da volta às aulas não tenha receio de dialogar com os educandos, tome o tempo que for. Deixe que eles contem, perguntem, exponham seus pensamentos. Tire todas as dúvidas possíveis. Aprendam juntos. Eles terão muito a dizer. Motive-os para a próxima etapa. Realize dinâmicas de grupo de modo que possa ocorrer integração, harmonização no ambiente. Ofereça tranqüilidade. Evite cobranças de aprendizagem da leitura e escrita nesse primeiro momento.
2- Aproveite o assunto atual para elaborar e executar projetos e desenvolver o conteúdo em todas as disciplinas. Isso é possível. Use o poder criativo. Os alunos aprenderão muito.
3- Renove a prática pedagógica. Faça dela algo estimulante para a aprendizagem.
4- Pais, professores, diretores, funcionários, alunos (esses conforme as condições) devem procurar compreender tudo ao redor de todos e de si facilitando o convívio nos grupos: social, escolar, familiar, e o aprender dos que estão em formação.
5 “DEPENDE DE NÓS”!


BOM TRABALHO A TODOS!
Noêmia A. Lourenço

CARTA AOS PAIS (e aos Professores)

Recebi o texto abaixo em algum dos cursos dos quais participei, ou numa das escolas nas quais lecionei, ou ainda em alguma reunião em que estive presente.
Infelizmente não há registro de nome do autor. Portanto, considero ‘autor anônimo’.
De qualquer forma, certamente foi uma mensagem compartilhada para reflexão com os pais dos educandos, por isso estou compartilhando com todos os leitores desse blog.
O conteúdo serve também para os professores refletirem acerca da atuação em sala de aula e para educadores de modo geral.

Boa leitura e reflexão!



CARTA AOS PAIS

1- Não me dês tudo o que te peço. Às vezes meus pedidos querem apenas ser um teste, para ver quanto posso pedir.
2- Não grites comigo. Eu te respeito menos, quando o fazes. E me ensinas a gritar também, e eu não quereria fazer isto.
3- Não me dês ordens a todo o momento. Se em vez de mandar, algumas vezes externasse teus desejos sob a forma de pedidos, eu o faria mais rapidamente e com mais gosto.
4- Cumpre as promessas que fazes, boas ou más. Se me prometes um prêmio, deves concedê-lo assim como um castigo.
5- Não me compares com ninguém, especialmente com meus irmãos. Se me colocas acima deles, alguém vai sofrer. Se me colocas abaixo, eu é que sofro.
6- Não mudes de opinião a cada momento sobre o que devo fazer. Pensa antes, mantendo a decisão.
7- Deixa que eu faça, acertando ou errando. Se fazes tudo por mim, serei um eterno dependente.
8- Nunca pregues uma mentira, nem me peças que eu o faça. Isto criará em mim um mal-estar e me fará perder a confiança em tudo o que afirmas.
9- Quando te enganas em alguma coisa, admite-o francamente. Isto não te diminuirá a meus olhos, pelo contrário, te fará crescer e eu aprenderei a assumir minhas falhas.
10- Quando te dás conta de um problema meu, não digas que é bobagem, que o tempo corrige ou que não tens tempo. Eu preciso ser compreendido e ajudado.
11- Trata-me com mesma amizade e a mesma cordialidade com que tratas teus amigos. Pelo fato de pertencermos à mesma família não significa que não possamos ser amigos também.
12- Nunca me ordenes fazer uma coisa quando tu mesmo não a fazes. Eu aprendi a fazer sempre e apenas aquilo que tu fazes e não aquilo que tu dizes.
13- Ensina-me a amar a Deus. Não acredite que a catequista ou o padre possam fazer isso em teu lugar.
14- Tudo o que me ensinarem a respeito de Deus, nunca entrará em meu coração e em minha cabeça, se tu não conheces, nem amas a Deus.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS

INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS

“Ou a gente forma, ou a gente deforma”. (Gavaldon)



Ao falar em Aprendizagem é fundamental considerar que cada indivíduo tem modo próprio de aprender e aprende melhor quando encontra afinidade com o que está sendo ensinado.
Existem Inteligências as quais permitem fácil compreensão gerando o gosto pelo aprendizado.
Numa classe, por exemplo, há alunos que: cantam, desenham, pintam, dançam, calculam, falam, pensam, admiram flores, enfim, tudo com muita facilidade.
Muitas vezes ouvimos as seguintes expressões seja na classe ou a nossa volta: “Eu adoro cantar!”; “Me deixa escrever!” (numa atividade em grupo); “Eu prefiro falar à frente do grupo apresentando o trabalho!”.
Quando se trata da escolha profissional a tendência é buscar atuação nas áreas afins de maneira que se possa bem desempenhar as funções.
Todos esses exemplos demonstram que o ser humano tem capacidades e habilidades utilizadas para desenvolver alguma coisa.
Isso se deve às Inteligências Múltiplas, aspectos poucos discutidos no contexto escolar.
Primeiramente é preciso saber o significado da palavra Inteligência. De acordo com o Dicionário de Português (2003) inteligência é: 1. faculdade de entender, pensar, racionar e interpretar com facilidade; intelecto. 2. Compreensão, conhecimento profundo.
Portanto, diz-se que uma pessoa é inteligente quando ela, eficientemente, apresenta todas essas características mediante suas ações.
Há quem não entende, não pensa, não raciocina, não interpreta, não compreende?
Vale ressaltar que a diferença é que uns têm mais facilidade em determinadas áreas do conhecimento, outros encontram dificuldades e pensando na escola cabe ao professor identificar esses aspectos nos seus alunos para atuar didático-pedagogicamente respeitando as condições de cada estudante.
Faça um teste consigo mesmo: O que você desenvolve com mais facilidade, em que necessita de maior preparo e o que você não consegue ou não gosta de fazer de modo algum?
Segundo Antunes (2001, p.30), “é importante destacar que as pessoas apresentam traços integrados de diversas Inteligências e dessa forma não é possível enquadrar os alunos em apenas uma ou duas. O interessante é procurar observar as Inteligências em que são fortes, as em que são comuns e outras nas quais são fracos.”
Quais são essas Inteligências?
Howard Gardner, psicólogo americano, a partir de estudos científicos, detectou 8 tipos de Inteligência: lingüística, lógica, espacial, musical, corporal, naturalista, intrapessoal e interpessoal.
De acordo com Gardner inteligência é resultado de fatores genéticos ou experienciais podendo ser esculpida “ainda que haja limitações para isso”, conforme afirmou em entrevista concedida à Revista Veja (2007).
Gardner conclui que “a maioria das pessoas é, ao mesmo tempo, inteligente para algumas áreas do conhecimento e limitada para outras”, em média. Afirma também que existem raros casos de gente desprovida de qualquer inteligência.
Em relação ao processo de ensino e aprendizagem, o psicólogo propõe que a escola ensine no mínimo “dois jeitos diferentes de ver um problema”, ao invés de ensinar o aluno a “ler, escrever e utilizar recursos como um fim em si” somente aprofundando “conhecimento sobre temas mais relevantes”.
Luiza L. Gavaldon (UNIFAI, 2003), professora de Psicologia da Educação no curso de Pedagogia, em uma de suas aulas apresentou características básicas das Inteligências Múltiplas e acrescentou uma (descrita por psicóloga brasileira):

1- Inteligência Lingüística:

Pessoas com alta capacidade de comunicação mesmo que tenham vocabulário reduzido, que saibam dizer bem suas mensagens.
Profissionais: professores, jornalistas, advogados, atores, vendedores, políticos, escritores, publicitários.

2- Inteligência Lógico-Matemática:

É a Inteligência dos que lidam com a lógica e números na área de exatas.
Profissionais: engenheiros, arquitetos, físicos, matemáticos, advogados, contadores.

3- Inteligência Musical:

Pessoas ligadas a sons, ritmos e timbres.
Profissionais: DJs, compositores, cantores, técnicos de som, maestros, músicos.

4- Inteligência Espacial:

Pessoas que lidam com espaço e direção.
Profissionais: motoristas, pilotos, decoradores, arquitetos, almirantes, atletas, bailarinos.

5- Inteligência Cinestésica-corporal:

São pessoas que lidam com o próprio corpo, onde os movimentos do corpo são mais importantes.
Profissionais: dançarinos.

6- Inteligência Naturalista:

Pessoas que trabalham com a natureza.
Profissionais: jardineiros, agricultores, apicultores, biólogos, oceanógrafos, mergulhadores.


7- Inteligência Pictórica:

Pessoas que lidam com desenhos e pinturas.
Profissionais: desenhistas, pintores, cartunistas, projetistas, artistas plásticos.

8- Inteligência Intrapessoal (dentro):

É a capacidade de administrar os próprios conflitos. “Como lidar com as pessoas se não lido comigo?”
Todas as pessoas precisam.

9- Inteligência Interpessoal (entre):

É a capacidade de lidar com os outros.
Todos que lidam com grupos.
Fazem na profissão uma interação entre as pessoas.
Específica daqueles que lidam com pessoas, grupos, tem uma ascendência com outras pessoas.
Todas as pessoas precisam.
Profissionais:
professores, orientadores, coordenadores, diretores, médicos, psicólogos.

Observando as características das Inteligências torna-se mais fácil a identificação das capacidades e habilidades nos indivíduos.
Antunes (2001) deixa claro que as Inteligências se integram e pode haver mais de uma inteligência desenvolvida no ser humano.
É imprescindível o conhecimento dos três níveis das Inteligências Múltiplas: elevadas, medíocres e limitadas em si e nos alunos para melhor explorar suas infinitas e múltiplas linguagens, de acordo com Antunes o qual sugere em sua obra testes para descobrir as Inteligências Múltiplas tanto dos professores como dos alunos.
O professor deve oferecer aos educandos oportunidades variadas de manifestação, desenvolvimento e expansão das Inteligências independente das suas.

Noêmia A. Lourenço


REFERÊNCIAS

ANTUNES, Celso. Como identificar em você e em seus alunos as inteligências múltiplas. 4ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001.

Revista Veja, Mônica Weinberg, ed. 2018, 25/7/07.





segunda-feira, 20 de julho de 2009

'OUVIR DE VERDADE' É FUNDAMENTAL...

ESCUTATÓRIA
Rubem Alves


Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória.Todo mundo quer aprender a falar, ninguém quer aprender a ouvir.Pensei em oferecer um curso de escutatória, mas acho que ninguém vai se matricular.Escutar é complicado e sutil.Diz Alberto Caeiro que "não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. É preciso também não ter filosofia nenhuma".Filosofia é um monte de idéias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas. Para se ver, é preciso que a cabeça esteja vazia.Parafraseio o Alberto Caeiro:"Não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito; é preciso também que haja silêncio dentro da alma".Daí a dificuldade: a gente não agüenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor, sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer. Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração e precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor.Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil de nossa arrogância e vaidade: no fundo, somos os mais bonitos...
Tenho um velho amigo, Jovelino, que se mudou para os Estados Unidos estimulado pela revolução de 64.Contou-me de sua experiência com os índios: reunidos os participantes, ninguém fala. Há um longo, longo silêncio.(Os pianistas, antes de iniciar o concerto, diante do piano, ficam assentados em silêncio, [...]. Abrindo vazios de silêncio. Expulsando todas as idéias estranhas.).Todos em silêncio, à espera do pensamento essencial. Aí, de repente, alguém fala. Curto. Todos ouvem. Terminada a fala, novo silêncio.Falar logo em seguida seria um grande desrespeito, pois o outro falou os seus pensamentos, pensamentos que ele julgava essenciais.São-me estranhos. É preciso tempo para entender o que o outro falou.Se eu falar logo a seguir, são duas as possibilidades.Primeira: "Fiquei em silêncio só por delicadeza. Na verdade, não ouvi o que você falou. Enquanto você falava, eu pensava nas coisas que iria falar quando você terminasse sua (tola) fala. Falo como se você não tivesse falado".Segunda: "Ouvi o que você falou. Mas isso que você falou como novidade eu já pensei há muito tempo. É coisa velha para mim. Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou".Em ambos os casos, estou chamando o outro de tolo. O que é pior que uma bofetada.O longo silêncio quer dizer: "Estou ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou". E assim vai a reunião.
Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos.E aí, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia.Eu comecei a ouvir.Fernando Pessoa conhecia a experiência, e se referia a algo que se ouve nos interstícios das palavras, no lugar onde não há palavras.A música acontece no silêncio. A alma é uma catedral submersa. No fundo do mar - quem faz mergulho sabe - a boca fica fechada. Somos todos olhos e ouvidos. Aí, livres dos ruídos do falatório e dos saberes da filosofia, ouvimos a melodia que não havia, que de tão linda nos faz chorar.Para mim, Deus é isto: a beleza que se ouve no silêncio. Daí a importância de saber ouvir os outros: a beleza mora lá também.Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto.


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sexta-feira, 10 de julho de 2009

A CRIANÇA ENTENDE O QUE OUVE "AO PÉ DA LETRA"

“AO PÉ DA LETRA”



A expressão “ao pé da letra” pode ser vista como o entendimento da mensagem exatamente sobre o que ela diz.
Certa vez ouvi uma história a qual tratava sobre um menino de cinco anos que estava na praia com seus pais. Chegando o horário do almoço sua mãe resolveu ir para casa com o objetivo de preparar a refeição. Deixando pai e filho brincando na areia ela recomendou ao marido: “Olha, Fulano, cuidado com esse menino, hein! Não tire os olhos dele, por favor!”
Bem, o filho parecia estar muito distraído, porém, assim que a mãe foi embora ele perguntou ao pai: “Papai, você vai tirar meu olho?”
Ora, o texto tem ar de piada, não é? Mas é sério. Representa o quanto a criança é capaz de observar e os adultos subestimam essa capacidade e como ela leva “ao pé da letra” o que ouve.
Portanto, é primordial que tenhamos muito cuidado ao falarmos com as crianças ou perto delas.
Às vezes o que conta não é o que ouvem, e sim, como interpretam o que ouvem ou o modo como lhe são ditas as palavras. Em ambos os casos pode-se gerar grandes e significativos conflitos de ordem emocional, psíquica, causando baixa autoestima, desestímulo para a vida, insegurança, falta de autoconfiança, medo, pavor até de si mesmas e outros tantos problemas os quais poderão se estender ao longo da vida até a fase adulta, ou ainda venham se manifestar apenas na fase adulta.
Um exemplo recente é o que ocorreu com o saudoso Michael Jackson.
Segundo informações passadas pela mídia, pessoas do mundo inteiro puderam acompanhar, entre tantos fatos expostos sobre sua vida houve um que chamou muito a minha atenção. O pai dele, durante sua infância, o chamava de “macaco” e dizia que seu nariz era “horrível”. Talvez isso tenha lhe traumatizado ao longo de sua existência a ponto extremo de querer modificar a cor de sua pele e reformular o formato do seu nariz, enfim, realizar plástica justamente nos detalhes do corpo que provavelmente mais o incomodavam por conta do que ouviu por tantas vezes do pai. Não somente quis mudar como o fez.
Tudo o que ocorre na nossa vida e na vida alheia não é por acaso. Há um propósito divino que serve para ensinar algo. Nem sempre conseguimos captar os ‘porquês’, pois estamos mergulhados no materialismo desconsiderando cada vez mais a essência do SER. Todavia, quando temos a oportunidade de perceber o que está por trás dos acontecimentos precisamos nos render à reflexão e, no mínimo, tentar aproveitar os ensinamentos.
Retomando o tema do presente texto muitas vezes falamos sem pensar, e se compreendermos que somos “crianças grandes” poderemos comprovar que realmente a situação é delicada. Quantas vezes nos sentimos ofendidos e magoados com o que ouvimos de alguém sobre nós (quando a fala é negativa)? Como nos sentimos quando alguém diz que somos incapazes de realizar algo? Quantas vezes levamos “ao pé da letra” o que nos dizem e acabamos reagindo impensadamente de acordo? E como nos sentimos quando somos elogiados e valorizados?
É de suma importância ter cuidado com a linguagem utilizada com a criança.
Lembro-me de uma situação que ocorreu comigo mesma e sempre que posso a coloco como exemplo.
Quando meu lindo sobrinho-afilhado era bebê toda vez que eu via os pezinhos dele descoberto, sem meia, eu falava: “Eu vou comer o seu pezinho!” (achava lindos os pezinhos dele, aliás, os de todos os bebês são lindinhos, não é verdade?). Conclusão: ao começar a andar e estando já com passos firmes se locomovendo sozinho notei que nas épocas quentes não havia quem conseguisse fazer com que ele usasse sandalinhas ou chinelinhos. Ele não ficava descalço de maneira nenhuma. Não gostava de mostrar os pés. A sorte foi que em tempo me recordei do fato e então tive a ideia de tentar reverter o quadro. Comecei a elogiar os pés dele principalmente quando estavam expostos. Elogiava as sandálias e os chinelos e falava que seus pezinhos ficavam lindos naqueles calçados. Graças a Deus o problema foi superado.
Eu não via maldade ao dizer que comeria o pezinho dele, mas ele, com certeza, levou “ao pé da letra”.
Hoje, sendo psicopedagoga compreendo com mais propriedade essa questão.
Pensem nos inúmeros rótulos que as crianças recebem de seus pais, familiares, professores, pessoas desconhecidas etc.
Quando uma criança é chamada de “burra”, por exemplo, ela pode se ver como um animal de quatro patas, orelhas grandes e se achar diferente dos outros. O problema piora se esse rótulo é dito diante de outras crianças, pois geralmente dão risadas, “tiram sarro”, fazem piadinhas, podendo ocasionar o bullyng.
Portanto, a partir de nós mesmos é possível entender melhor o comportamento das crianças, as causas geradoras de atitudes aparentemente inexplicáveis, muitas delas fora dos padrões sociais e as conseqüências quase sempre desastrosas dessas atitudes.
Noêmia A. Lourenço
Comente você também! Relate experiências! Esse espaço é para isso. Você já pensou na maneira como as crianças interpretam o que vê e ouvem? Observou alguma situação que retrata o conteúdo deste texto?

quarta-feira, 1 de julho de 2009

SUGESTÃO DE TEXTO PARA REUNIÃO DE PAIS (REFLEXÃO) III

PRINCÍPIO DE UMA VIDA MELHOR

“Pedido de uma criança a seus pais”


“Não tenham medo de ser firmes comigo. Prefiro assim, isso faz com que eu me sinta mais segura. Não me estraguem, sei que não devo ter tudo o que peço, só estou experimentando vocês. Não deixem que eu adquira maus hábitos, dependo de vocês para saber o que é bom ou mau. Não me corrijam com raiva, aprenderei muito mais se falarem com calma e em particular. Não me protejam das conseqüências dos meus erros, às vezes, eu preciso aprender pelo caminho mais áspero. Não façam promessas que não possam cumprir mais tarde; lembrem-se de que isto me deixará profundamente desapontada. Não me mostrem um Deus carrancudo e vingativo, isto me afastará dele. Não me desconversem quando eu faço perguntas, senão eu procurarei nas ruas as respostas que não tenho em casa. Não se mostrem para mim como pessoas perfeitas e infalíveis, senão ficarei extremamente chocada quando descobrir algum erro de vocês. Não digam que não conseguem me controlar, eu julgarei que sou mais forete do que vocês. Não me tratem como uma pessoa sem personalidade, lembrem-se de que tenho o meu próprio modo de ser. Não viva me apontando os defeitos das pessoas que me cercam, pois isto criará em mim, desde cedo, um espírito intolerante. Não queiram me ensinar tudo de uma vez, nem desistam nunca de me ensinar o bem, mesmo que eu pareça não estar aprendendo. No futuro, vocês verão em mim o fruto daquilo que plantaram, ou então, daquilo que não plantaram.”

(autor desconhecido)

SUGESTÃO DE TEXTO PARA REUNIÃO DE PAIS (REFLEXÃO) II

ORAÇÃO DA CRIANÇA ELETRÔNICA


Papai do céu,
Não quero te pedir nada de especial nem fora do alcance, como fazem tantas crianças em sua oração da noite.
A Ti, que és bom e protege todas as crianças da terra, venho pedir um grande favor, sem que meus pais fiquem sabendo: transforma-me em um televisor, para que eles cuidem de mim como cuidam da sua TV, e que me olhem com o mesmo interesse com que mamãe assiste à sua novela preferida, ou papai ao jogo de futebol.
Eu quero falar como certos animadores que, quando se apresentam, fazem minha família se calar para os ouvir com atenção e sem nenhuma interrupção.
Ah! Papai do Céu, como eu gostaria de ver minha mãe suspirar diante de mim, como faz quando assiste a desfiles de moda, ou de fazer rir meu pai, tal como o conseguem o Jô e outros humoristas, ou simplesmente que acreditassem em mim quando lhes conto minhas histórias, sem precisar dizer: “É verdade! Eu vi na TV!”
Quero me transformar num televisor para ser o rei da casa, o centro das atenções, ocupando o melhor lugar, para que todos os olhares se voltem para mim.
Quero sentir sobre mim a preocupação que têm meus pais quando surge um defeito no televisor, chamando logo um técnico para o concertar ...
Quero ser um televisor para me tornar o melhor amigo de meus pais, o que mais influi em suas vidas, para que se lembrem de que sou filho e aquele que, afinal, lhes mostrará mais a paz que a violência.
Papai do Céu, por favor, deixe-me ser um televisor ao menos um dia de minha vida!


(Adaptado de “Informativo NOTIMOVIL”, Buenos Aires, setembro / 97)

SUGESTÃO DE TEXTO PARA REUNIÃO DE PAIS (REFLEXÃO) I

Um menino, com voz tímida e os olhos de admiração, pergunta ao pai, quando este retorna do trabalho:
--- Papai, quanto o senhor ganha por hora?
O pai, num gesto severo, responde:
--- Escuta aqui meu filho, isto nem a sua mãe sabe! Não amole, estou cansado.
Mas o filho insiste:
--- Mas papai, por favor, diga, quanto o senhor ganha por hora?
A reação do pai foi menos severa e respondeu:
--- Três reais por hora.
--- Então, papai, o senhor poderia me emprestar um real?
O pai, cheio de ira e tratando o filho com brutalidade, respondeu:
--- Então era essa a razão de querer saber quanto eu ganho? Vá dormir e não amole mais, menino aproveitador.
Já era noite, quando o pai começou a pensar no que havia acontecido e sentiu-se culpado. Talvez quem sabe, o filho precisasse comprar algo.
Querendo descarregar sua consciência doída, foi até o quanto do menino e, em voz baixa, perguntou:
--- Filho, está dormindo?
--- Não, papai! (respondeu sonolento o garoto).
--- Olha, aqui está o dinheiro que me pediu. Um real.
--- Muito obrigado, papai, (disse o filho, levantando-se e retirando mais dois reais de uma caixinha que estava sob a cama). Agora já completei, papai. Tenho três reais. Poderia me vender uma hora do seu tempo?


(autor desconhecido)

Reflexão:

Será que estamos dedicando tempo suficente aos nossos filhos?
Nunca é tarde para mudar.
Afinal, a vida continua.