Seja bem-vindo(a)!

Aproveite esta oportunidade para compartilharmos informações, textos, ideias e reflexões a respeito do processo de ensino e aprendizagem.
O conteúdo deste blog é direcionado a professores, coordenadores pedagógicos e diretores de instituições públicas e particulares de ensino, além de psicopedagogos, pais e interessados na prevenção contra problemas de aprendizagem.

Pense Nisso!


Nada está no intelecto que não tenha passado antes pelos sentidos
(Provérbio antigo)



sexta-feira, 28 de agosto de 2009

PARCERIA ENTRE ESCOLA E FAMÍLIA II


A partir do vídeo postado anteriormente é possível verificar que há possibilidade de estabelecer parceria com a família.
Há inúmeros casos que demonstram a distância entre ambas (escola e família) e casos que revelam a disposição das famílias no que tange a colaboração. Veja o exemplo:
Uma mãe encontra-se desiludida com a professora e a escola. Sabe por que?
O filho apresentou dificuldade de aprendizagem desde o 2º ano (1ª série). Estando no 3º ano (2ª série) foi solicitado a ela que levasse o menino a um psicólogo para diagnosticar o problema. A mãe, sempre atendendo às solicitações, o levou. O resultado foi satisfatório. Seu filho não tinha problemas psicológicos. Então foi encaminhado a um psicopedagogo com a queixa de hiperatividade (diagnóstico da escola). Aqui começou a superação das dificuldades. Depois de ter sido avaliado diagnosticou-se que o menino não era hiperativo e sim, apenas não tinha sido estimulado para a aprendizagem da leitura e escrita. O Psicopedagogo recomendou a utilização de óculos e sugeriu que a mãe providenciasse aulas particulares. A mãe, mais uma vez, imediatamente conduziu-o a um oftalmologista, comprou o óculos e contratou professora particular para que fosse alfabetizado. No período de seis meses aproximadamente o filho aprendeu a ler e a escrever e, quando despertou para a leitura, já estava no 4º ano (3ª série). Surgiu novo problema: ele, feliz, realizava as tarefas cantando baixinho, assoviando... A professora não conseguiu compreender a situação do menino e muito menos o interesse da mãe. Continuou reclamando, afirmando que ele não acompanha as aulas como deveria, constrangendo diante de todos querendo dizer que a mãe dele é desinteressada, não faz nada para corrigi-lo etc.
Conclusão: o filho está com medo da professora porque ela briga muito com ele, a mãe vai transferi-lo de escola porque sente que ele está sendo perseguido pela professora que por sua vez aparenta estar sendo influenciada pela professora do ano anterior que também o rejeitava. A direção e a coordenação parecem não se envolver muito, pois houve um momento em que a professora teve postura agressiva com a mãe e nada ocorreu (a coordenação estava presente).
Ora, o mínimo que poderia acontecer seria a professora pensar pedagogicamente: “se esse menino aprendeu a ler agora ainda está se familiarizando com o universo da escrita. Todo conteúdo trabalhado não foi por ele apropriado como ela esperava. Talvez o processo seja lento até que se adapte. A mãe está cumprindo seu papel da melhor maneira possível. Etc. Etc. Etc.”. Esse é um exemplo de pensamento para demonstrar a necessidade de flexibilizar a idéia que se tem a respeito do comportamento do educando e da família e propor reflexão sobre esse tipo de situação que é tão comum.

Noêmia A. Lourenço

PARCERIA ENTRE ESCOLA E FAMÍLIA

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

A AUTOESTIMA DO PROFESSOR

O PROFESSOR PRECISA SER ELOGIADO. NÃO CUSTA DIZER: PARABÉNS PELO TRABALHO, PROFESSOR!

O aluno é o indivíduo mais importante da escola. É o ser em formação que está lá para aprender e se desenvolver como cidadão, pessoa e para o mercado de trabalho, assim determina a lei.
A parceria da família com a escola é essencial. Isso precisa estar claro para a família de modo que se conscientize sobre sua fundamental importância na vida do (a) filho (a) desde a concepção. Família e Escola unidas fazem a diferença.
Por outro lado, há alguém tão importante quanto a escola e a família no processo de ensino e aprendizagem: o professor. Não dá para fugir dessa realidade.
Há professores que são dignos de honrarias. São excelentes educadores, comprometidos com o trabalho, com a escola. Estão sempre dispostos a contribuir da melhor forma possível com as famílias e, principalmente, com seus alunos.
Muitas vezes ou quase sempre não são compreendidos em suas ações, se veem sozinhos no meio da multidão e mesmo sabedores da falta de reconhecimento seja por parte da escola, família, aluno, sistema continuam desempenhando satisfatoriamente sua função fazendo jus a profissão escolhida.
Em inúmeros casos e automaticamente o professor é: professor, pai, mãe, irmão, tio, avô, médico, assistente social, juiz, advogado, detetive, psicólogo, enfermeiro etc. Às vezes todos esses profissionais de uma vez só diante de uma situação momentânea no cotidiano escolar. É fato inegável.
Cada dia para ele é desafiador, ser professor é um desafio.
O professor sente que por mais que faça nunca está bom, não consegue agradar.
Muitas pessoas o rotula de ‘porcaria’.
Professores que lidam com crianças são os mais desvalorizados.
Ah se todos os educadores tivessem o dom que eles têm!
Há um detalhe pouco ou nada discutido o qual cai num injusto esquecimento: o pedagogo é tão especialista quanto qualquer outro, aliás, é especialista da Educação, portanto com condições plenas para desenvolver o trabalho pedagógico básico e global.
Os professores precisam ter a autoestima elevada de maneira que possam produzir cada vez mais e melhor, e não somente os alunos. Necessitam de atenção tanto quanto qualquer pessoa envolvida no processo educacional.
Existe a Síndrome de Burnout que é um problema sério que acontece com professores e a escola deve estar atenta aos sintomas e auxiliá-los na medida do possível oferecendo um ambiente mais acolhedor, por exemplo. (verifique informações sobre a Síndrome de Burnout em vídeos anteriormente postados neste blog)

Reflita: aluno valorizado + professor valorizado = aprendizagem garantida + prazer ao ensinar e aprender.

Noêmia A. Lourenço

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

MÚSICA NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM II

MAIS CANÇÕES INFANTIS...

1- TIRADENTES (adap. O cravo brigou com a rosa)

Tiradentes subiu à forca
No dia 21 de abril
Com ele foi toda glória
Do nosso imenso Brasil

2 – TIRADENTES (adap. Frére Jacques)

Tiradentes, Tiradentes
Grande herói, grande herói
Da Independência, da Independência
Do Brasil, do Brasil

3 – MÃEZINHA (adap. A praça)

Mãezinha tão querida
Neste dia vou lhe dar
Um beijo demorado e um abraço pra mostrar
Mãezinha tão querida
Como é grande o meu amor
Porque tu és mamãe mimosa flor

Mamãe querida
Tu és a vida
A mão que afaga
O olhar e o perdão
O riso alegre
O beijo doce
Tu és a vida, ó mamãe do coração
Tu és a vida, ó mamãe do coração

4 – MAMÂE (adap. Alegria das Notas)

Dó, o meu amor por ti
Ré, aumenta a cada dia
Mi, serei sempre assim
Fá, farei você feliz
Sol, sua voz é um rouxinol
Lá, estarei perto de ti
Si, indica devoção
A mamãe do coração

5 – PRA MAMÃE (adap. Se esta rua fosse minha)

Pra mamãe, pra mamãe com alegria
Ofereço, ofereço o coração
Dentro dele, dentro dele cada dia
Cresce mais, cresce mais minha afeição

Pra mamãe, pra mamãe anjo querido
Neste dia, neste dia aqui eu vim
Pra ofertar, pra ofertar com alegria
Todo amor, todo amor que eu tenho em ti

6 – PAPAI QUERIDO (adap. Frére Jacques)

Todos juntos, todos juntos
A cantar, a cantar
Ao papai querido, ao papai querido
Alegrar, alegrar

7 – PAPAI (adap. Parabéns pra você)

Papai tão querido
Hoje vamos saudar
E um beijo tão terno
Todos nós vamos dar

8 – PAPAI I (adap. Atirei o pau no gato)

Nesta festa tão querida, da
Do chefão, fão, fão
Da família, lia
Vou mostrar-lhe, lhe
Meu carinho, nho
Minha inteira, minha inteira
Gratidão... E amor!

9 – PAPAI II (adap. Atirei o pau no gato)

Venha cá meu papaizinho, nho
Vou te dar, dar, dar
Um beijinho, nho
Bem juntinho, nho
Um presentinho, nho
Você é, você é, o maioral
Legal!

10 – MEUS DENTINHOS (adap. Frére Jacques)

Meus dentinhos
Meus dentinhos
Vou escovar
Vou escovar
Pra ficarem fortinhos
Pra ficarem fortinhos
E brilhar
E brilhar

11 – TRENZINHO

Piui, piui, piui
Põe a mão no meu ombro
Não deixe o trem descarrilhar
Eu sou a máquina. Vocês os vagões
Os passageiros são os nossos corações

12 – O ÍNDIO

O índio tocou o seu tambor
Plan, plan
Que força ele fez para tocar
Plan, plan
Quando o índio tocou o seu tambor
Plan, plan
Muita gente se assustou
Plan, plan

O indiozinho tocou o seu tambor
Plin, plin
De leve, de leve ele tocou
Plin, plin
O indiozinho tocou o seu tambor
Plin, plin
A ninguém ele assustou
Plin, plin

12 – O DADO DE DUDU (adap. Escravo de Jó)

Dudu tem um dado
O dado é de Dudu
Dudu, dado
O dado é de Dudu

Dudu tem um dado
O dado é de Dudu
Dudu tem um dado
O dado é de Dudu

13 – O REI DA RUA (adap. Caranguejo / Escravo de Jô)

O rato é o rei
Na rua, roda, ri
Namora a rata Rita
Rodopia até cair

Roda, roda, roda
Ri, ri, ri
Roda, roda, roda
Rodopia até cair.

14 – CAMELO (adap. Ciranda, Cirandinha)

A foca toma coca
O camelo como coco
O tatu fica na toca
O macaco lá no toco

15 – A PATA E A PIPOCA (adap. Cachorrinho / Ciranda, cirandinha)

A peteca pula, pula
Lá pertinho do papai
E a pata e a pipoca
Pulam juntas sem parar

Peteca – Ca
Pipoca – La, La, La
Vem cá pular
Com a pata e o papai

16 – A SAPA SAPECA (adap. Ciranda, Cirandinha)

A sapa é sapeca
Pula e roda sem parar
Suja a saia e o sapato
Mas não para de rodar

O sapo lá do rio
Com a sapa foi pular
Sapecou um beijo nela
Com a sapa vai casar

17 – A BARATA BOBOCA (adap. Escravo de Jó)

Barata bobca
Babou no meu fubá
Baba, bebe
Come todo meu fubá

Barata boboca
Vem me dar uma beijoca
Barata boboca
Vem me dar uma beijoca

18 – O PEIXE XERETA (adap. O cravo brigou com a rosa)

O peixe pulou na caixa
Puxada pela bexiga
O peixe subiu, subiu
E TIM... Bum... TIM... Bum... TIM... Bum

O peixe nadou, nadou
Até a beira dor rio
O sapo com uma careta
Falou: Ó peixe xereta

19 – A FAROFA DA PANELA (adap. Garibaldi / Ciranda, Cirandinha)

A barata é careca
A arara é colorida
O urubu só faz careta
O peru é um xereta

A coruja voa, voa
A girafa é amarela
A barata foi comer
A farofa da panela

20 – A GARRAFA BARRIGUDA (adap. Atirei o pau no gato)

A garrafa barriguda – da
Tem um carro – rro
De corrida- da
Lá no barro – rro
Derrapou – pou – pou
Ela berrou, ela berrou
Mas não parou
Tim – bum!


21 – A VASSOURA (adap. Terezinha de Jesus)

A vassoura é danada
Varre, varre sem parar
Assa bolo e varre a casa
Ouve o pássaro assobiar

Roda e pula, assobia
Passa a roupa e lava a pia
Ela é muito asseada
A vassoura é danada

22 – A FORMIGA LEVADA (adap. A pulga e o percevejo)

A levada da formiga
Resolveu se divertir
Picou o pé do urso
Ele estava a dormir

Torce, retorce
E pula num pé só
Caiu perto da árvore
A formiga teve dó

23 – A ESCOVA VAI À FESTA (adap. Senhora Dona Sancha / Ciranda, Cirandinha)

A escova vai à festa
Leva um disco para tocar
Ela vem pela escada
Numa noite de luar

Seu vestido é de seda
Seus sapatos de cetim
O seu rosto é tão bonito
Ela não pode ir sem mim





Músicas I e II (fonte): Magistério (E E Dr. Octávio Mendes – 1986)



quinta-feira, 6 de agosto de 2009

MÚSICA NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM I

O trabalho com música na sala de aula favorece a aprendizagem.
A música permite o desenvolvimento nos seguintes aspectos: esquema corporal, percepção auditiva, ritmo, percepção visual, orientação espacial, orientação temporal, lateralidade, coordenação motora, socialização, integração, interação, expressão (esquema) corporal, memória, observação, atenção e concentração, fixação de conteúdos curriculares em todas as disciplinas, emoção, afetividade, inteligência musical, inteligência espacial, inteligência intrapessoal, inteligência linguística e inteligência cinestésica-corporal., haja vista que os educandos cantam e ao mesmo tempo movimentam o corpo interpretando a letra (dramatização individual e/ou coletiva).
Considera-se a música um excelente recurso lúdico que ensina promovendo o aprendizado de maneira prazerosa e estimuladora também para a aprendizagem da leitura e escrita.
As parlendas e paródias são variações de atividades que podem ser criadas por professores e alunos e por ambos em conjunto utilizando instrumentos ou não.
Abaixo há letras de canções infantis. Algumas têm indicação de adaptação rítmica, outras precisam ser adaptadas conforme a criatividade.
Vale lembrar que é importante ter clareza quanto aos objetivos que se quer alcançar quando for utilizar a música como recurso pedagógico.

Noêmia A. Lourenço


1- A PULGA

Mexe, remexe
Procuro mas não vejo
A pulga fazendo cócegas
Aqui no meu cabelo...(cotovelo, joelho, tornozelo etc.)
Aqui no meu cabelo...(cotovelo, joelho, tornozelo etc.)

2- NA LOJA DO MESTRE ANDRÉ

Na loja do mestre André
Eu comprei um tamborzinho (2X)
Turututu um tamborzinho (2x)
Aiolé, Aiolé
Foi na loja do mestre André
(substituir: o nome André por nomes dos alunos / prato, coquinho, sininho, triângulo (os objetos comprados))

3- O REI DAVI

Quando o espírito de Deus
Se move em mim
Eu canto como o rei Davi
Eu canto, eu canto, eu canto como o rei Davi
(eu rezo, eu coço, eu danço etc.)



4- O PALHAÇO

Lá de cima do terraço
Eu olhei para a calçada
Vinha vindo um palhaço
Que me fez dar gargalhadas
A chumba, cara cachumba
A chumba, olé
Que bonita você é.

Convidei o palhaço
Pra brincar de fazer roda
Ele respondeu sorrindo:
Eu prefiro jogar bola.
A chumba, cara cachumba
A chumba, olé
A chumba, cara cachumba
Que bonita você é.

5- A CHUVA QUEBROU O GALHO

Plantei um pé de alface
A chuva quebrou o galho
Rebola, chuchu, rebola
Rebola, se não eu caio

(Plantei uma cenoura, um pé de banana, um pé de abacate)

6- PIABA

Põe a mão na cabeça
Põe a mão na cintura
Dá um remelexo no corpo
Dá um abraço doçura.
Sai, sai, sai ó piaba
Sai lá da lagoa (bis)

Põe as mãos nas pernas
Põe as mãos nos pés
Dá um remelexo no corpo
Dá um abraço doçura.
Sai, sai, sai ó piaba
Sai lá da lagoa (bis)

Põe a mão nos ombros
Põe a mão nos joelhos
Dá um remelexo no corpo
Dá um abraço doçura.


7- DEDOS DA MÃO

Aqui vive alegre pessoal
Família bem original
Um pai, uma mãe, um irmão, uma irmã e um nenê muito alegre e gentil
Que forte é papai polegar
Que boa a mãezinha no lar
O irmão é maior
A irmã é menor
E o nenê vamos embalar.

8- O TRENZINHO

Lá na estação
Bem de manhãzinha
Veja o trenzinho
Todo carregado
E o maquinista toca a manivela

Piuí – ui – ui
Lá se vão, lá se vão

9- O BURRINHO

Suave canta o burro,
quando quer comer.
Se não lhe damos nada
ele urrará.

Tró! Tró! Tró! Tró!

10- DONA SAPA

Dona Sapa não lava o pé
Não lava porque não quer
Ele mora lá na lagoa
Não lava o pé porque não quer

Dana sapa na lava a pá
Na lava parca na cá...
Ala Mara na lagaa
Na lava a pá parca na cá.

Dene Sepe...
Dini Sipi....
Dono Sopo...
Dunu Supu...



11- AS VOGAIS

Cinco irmãzinhas
São as vogais
Sempre juntinhas
Mas não são iguais

A, a primeira é gorduchinha
E, a segunda já é mais magrinha
I, chora fininho
O, é guloso
U, chora grosso com ar de desgosto.

12- MANÉ PIPOCA

M, a-má
N, é-né
Mané
P, i-pi
Mané – pi
P, O – pó
Mané, pipó
C, a – cá
Mané, pipoca.

13 – 31 DE MARÇO (adap. Alegria das Notas)

Dó – um dia, um lindo dia
Ré – foi a revolução
Mi – assim cantaram a mim
Fá – falaram com ardor
Sol – brilhava um lindo sol
Lá – se foi a confusão
Si – não fosse os defensores
O Brasil não seria livre.

14 – O OUTONO CHEGOU (adap. A canoa virou)

O outono chegou
Chegou para ficar
Foi por causa do verão
Que se foi mas vai voltar

No outono as flores caem
Mas os frutos vão brotar
E com eles a alegria
Na merenda escolar.



15 – EU SEI FAZER CONTINHAS (adap. Jingle Bells)

Eu sei fazer continhas
E conto de um a um
Os algarismos todos
Já faço muito bem

Se dois mais dois são quatro
Se um mais um são dois
O resto é muito fácil
Mas fica pra depois

Sei um mais um somar
Subtrair também
Sei um, dois, três contar
Até vinte ou cem

De dois em dois eu conto
De dez em dez também
E mais de cinco em cinco
Melhor do que ninguém.

16 – A PERERECA (adap. Bat Masterson)

A perereca foi à praia
Com um maiô que ela comprou
Chegando lá todo mundo falou
Mas que horror, perereca de maiô


sábado, 1 de agosto de 2009

VOLTA ÀS AULAS

O reinício das aulas no ano corrente tornou-se prejudicado devido a pandemia de Gripe Suína – Influenza A H1N1.
Em vários países, inclusive no Brasil, muitas pessoas já foram infectadas sendo que a maioria conseguiu a cura e, infelizmente, algumas chegaram ao óbito.
As informações estão disponíveis em todos os veículos de comunicação.
Tratando-se da volta às aulas provavelmente os alunos estarão bastante agitados, o que é compreensível.
Várias hipóteses para tanto agito podem ser levantadas:
- expectativa
- ansiedade
- medo
- angústia
- alegria
- saudade
- curiosidade
- liberdade
- dúvida
- preocupação
- vontade de contar e ouvir novidades
- tristeza (talvez tenha passado por momentos difíceis)
- sentimentos divididos entre ‘querer ir à escola’ e ‘querer continuar em férias’, etc.
Os professores não estarão agitados por terem mais controle sobre as emoções, claro, porém retornarão com os mesmos sentimentos e mais, aflitos pela possibilidade de se depararem com resultados diferentes do esperado em relação ao que foi aplicado e avaliado.
Diante desse quadro o ideal é SE PREPARAR tanto a partir da coletividade como individualmente, embora se saiba que o professor deve ESTAR SEMPRE PRONTO para enfrentar os desafios diários da sala de aula.
Há meios de se evitar problemas e consequentemente o estresse: Replanejamento e Planejamento. O primeiro verificando o que deu e o que não deu certo e reformulando conteúdos e metodologias reorganizando a prática docente. O segundo planejar novas propostas.

Sugestões:

1- No primeiro dia da volta às aulas não tenha receio de dialogar com os educandos, tome o tempo que for. Deixe que eles contem, perguntem, exponham seus pensamentos. Tire todas as dúvidas possíveis. Aprendam juntos. Eles terão muito a dizer. Motive-os para a próxima etapa. Realize dinâmicas de grupo de modo que possa ocorrer integração, harmonização no ambiente. Ofereça tranqüilidade. Evite cobranças de aprendizagem da leitura e escrita nesse primeiro momento.
2- Aproveite o assunto atual para elaborar e executar projetos e desenvolver o conteúdo em todas as disciplinas. Isso é possível. Use o poder criativo. Os alunos aprenderão muito.
3- Renove a prática pedagógica. Faça dela algo estimulante para a aprendizagem.
4- Pais, professores, diretores, funcionários, alunos (esses conforme as condições) devem procurar compreender tudo ao redor de todos e de si facilitando o convívio nos grupos: social, escolar, familiar, e o aprender dos que estão em formação.
5 “DEPENDE DE NÓS”!


BOM TRABALHO A TODOS!
Noêmia A. Lourenço

CARTA AOS PAIS (e aos Professores)

Recebi o texto abaixo em algum dos cursos dos quais participei, ou numa das escolas nas quais lecionei, ou ainda em alguma reunião em que estive presente.
Infelizmente não há registro de nome do autor. Portanto, considero ‘autor anônimo’.
De qualquer forma, certamente foi uma mensagem compartilhada para reflexão com os pais dos educandos, por isso estou compartilhando com todos os leitores desse blog.
O conteúdo serve também para os professores refletirem acerca da atuação em sala de aula e para educadores de modo geral.

Boa leitura e reflexão!



CARTA AOS PAIS

1- Não me dês tudo o que te peço. Às vezes meus pedidos querem apenas ser um teste, para ver quanto posso pedir.
2- Não grites comigo. Eu te respeito menos, quando o fazes. E me ensinas a gritar também, e eu não quereria fazer isto.
3- Não me dês ordens a todo o momento. Se em vez de mandar, algumas vezes externasse teus desejos sob a forma de pedidos, eu o faria mais rapidamente e com mais gosto.
4- Cumpre as promessas que fazes, boas ou más. Se me prometes um prêmio, deves concedê-lo assim como um castigo.
5- Não me compares com ninguém, especialmente com meus irmãos. Se me colocas acima deles, alguém vai sofrer. Se me colocas abaixo, eu é que sofro.
6- Não mudes de opinião a cada momento sobre o que devo fazer. Pensa antes, mantendo a decisão.
7- Deixa que eu faça, acertando ou errando. Se fazes tudo por mim, serei um eterno dependente.
8- Nunca pregues uma mentira, nem me peças que eu o faça. Isto criará em mim um mal-estar e me fará perder a confiança em tudo o que afirmas.
9- Quando te enganas em alguma coisa, admite-o francamente. Isto não te diminuirá a meus olhos, pelo contrário, te fará crescer e eu aprenderei a assumir minhas falhas.
10- Quando te dás conta de um problema meu, não digas que é bobagem, que o tempo corrige ou que não tens tempo. Eu preciso ser compreendido e ajudado.
11- Trata-me com mesma amizade e a mesma cordialidade com que tratas teus amigos. Pelo fato de pertencermos à mesma família não significa que não possamos ser amigos também.
12- Nunca me ordenes fazer uma coisa quando tu mesmo não a fazes. Eu aprendi a fazer sempre e apenas aquilo que tu fazes e não aquilo que tu dizes.
13- Ensina-me a amar a Deus. Não acredite que a catequista ou o padre possam fazer isso em teu lugar.
14- Tudo o que me ensinarem a respeito de Deus, nunca entrará em meu coração e em minha cabeça, se tu não conheces, nem amas a Deus.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS

INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS

“Ou a gente forma, ou a gente deforma”. (Gavaldon)



Ao falar em Aprendizagem é fundamental considerar que cada indivíduo tem modo próprio de aprender e aprende melhor quando encontra afinidade com o que está sendo ensinado.
Existem Inteligências as quais permitem fácil compreensão gerando o gosto pelo aprendizado.
Numa classe, por exemplo, há alunos que: cantam, desenham, pintam, dançam, calculam, falam, pensam, admiram flores, enfim, tudo com muita facilidade.
Muitas vezes ouvimos as seguintes expressões seja na classe ou a nossa volta: “Eu adoro cantar!”; “Me deixa escrever!” (numa atividade em grupo); “Eu prefiro falar à frente do grupo apresentando o trabalho!”.
Quando se trata da escolha profissional a tendência é buscar atuação nas áreas afins de maneira que se possa bem desempenhar as funções.
Todos esses exemplos demonstram que o ser humano tem capacidades e habilidades utilizadas para desenvolver alguma coisa.
Isso se deve às Inteligências Múltiplas, aspectos poucos discutidos no contexto escolar.
Primeiramente é preciso saber o significado da palavra Inteligência. De acordo com o Dicionário de Português (2003) inteligência é: 1. faculdade de entender, pensar, racionar e interpretar com facilidade; intelecto. 2. Compreensão, conhecimento profundo.
Portanto, diz-se que uma pessoa é inteligente quando ela, eficientemente, apresenta todas essas características mediante suas ações.
Há quem não entende, não pensa, não raciocina, não interpreta, não compreende?
Vale ressaltar que a diferença é que uns têm mais facilidade em determinadas áreas do conhecimento, outros encontram dificuldades e pensando na escola cabe ao professor identificar esses aspectos nos seus alunos para atuar didático-pedagogicamente respeitando as condições de cada estudante.
Faça um teste consigo mesmo: O que você desenvolve com mais facilidade, em que necessita de maior preparo e o que você não consegue ou não gosta de fazer de modo algum?
Segundo Antunes (2001, p.30), “é importante destacar que as pessoas apresentam traços integrados de diversas Inteligências e dessa forma não é possível enquadrar os alunos em apenas uma ou duas. O interessante é procurar observar as Inteligências em que são fortes, as em que são comuns e outras nas quais são fracos.”
Quais são essas Inteligências?
Howard Gardner, psicólogo americano, a partir de estudos científicos, detectou 8 tipos de Inteligência: lingüística, lógica, espacial, musical, corporal, naturalista, intrapessoal e interpessoal.
De acordo com Gardner inteligência é resultado de fatores genéticos ou experienciais podendo ser esculpida “ainda que haja limitações para isso”, conforme afirmou em entrevista concedida à Revista Veja (2007).
Gardner conclui que “a maioria das pessoas é, ao mesmo tempo, inteligente para algumas áreas do conhecimento e limitada para outras”, em média. Afirma também que existem raros casos de gente desprovida de qualquer inteligência.
Em relação ao processo de ensino e aprendizagem, o psicólogo propõe que a escola ensine no mínimo “dois jeitos diferentes de ver um problema”, ao invés de ensinar o aluno a “ler, escrever e utilizar recursos como um fim em si” somente aprofundando “conhecimento sobre temas mais relevantes”.
Luiza L. Gavaldon (UNIFAI, 2003), professora de Psicologia da Educação no curso de Pedagogia, em uma de suas aulas apresentou características básicas das Inteligências Múltiplas e acrescentou uma (descrita por psicóloga brasileira):

1- Inteligência Lingüística:

Pessoas com alta capacidade de comunicação mesmo que tenham vocabulário reduzido, que saibam dizer bem suas mensagens.
Profissionais: professores, jornalistas, advogados, atores, vendedores, políticos, escritores, publicitários.

2- Inteligência Lógico-Matemática:

É a Inteligência dos que lidam com a lógica e números na área de exatas.
Profissionais: engenheiros, arquitetos, físicos, matemáticos, advogados, contadores.

3- Inteligência Musical:

Pessoas ligadas a sons, ritmos e timbres.
Profissionais: DJs, compositores, cantores, técnicos de som, maestros, músicos.

4- Inteligência Espacial:

Pessoas que lidam com espaço e direção.
Profissionais: motoristas, pilotos, decoradores, arquitetos, almirantes, atletas, bailarinos.

5- Inteligência Cinestésica-corporal:

São pessoas que lidam com o próprio corpo, onde os movimentos do corpo são mais importantes.
Profissionais: dançarinos.

6- Inteligência Naturalista:

Pessoas que trabalham com a natureza.
Profissionais: jardineiros, agricultores, apicultores, biólogos, oceanógrafos, mergulhadores.


7- Inteligência Pictórica:

Pessoas que lidam com desenhos e pinturas.
Profissionais: desenhistas, pintores, cartunistas, projetistas, artistas plásticos.

8- Inteligência Intrapessoal (dentro):

É a capacidade de administrar os próprios conflitos. “Como lidar com as pessoas se não lido comigo?”
Todas as pessoas precisam.

9- Inteligência Interpessoal (entre):

É a capacidade de lidar com os outros.
Todos que lidam com grupos.
Fazem na profissão uma interação entre as pessoas.
Específica daqueles que lidam com pessoas, grupos, tem uma ascendência com outras pessoas.
Todas as pessoas precisam.
Profissionais:
professores, orientadores, coordenadores, diretores, médicos, psicólogos.

Observando as características das Inteligências torna-se mais fácil a identificação das capacidades e habilidades nos indivíduos.
Antunes (2001) deixa claro que as Inteligências se integram e pode haver mais de uma inteligência desenvolvida no ser humano.
É imprescindível o conhecimento dos três níveis das Inteligências Múltiplas: elevadas, medíocres e limitadas em si e nos alunos para melhor explorar suas infinitas e múltiplas linguagens, de acordo com Antunes o qual sugere em sua obra testes para descobrir as Inteligências Múltiplas tanto dos professores como dos alunos.
O professor deve oferecer aos educandos oportunidades variadas de manifestação, desenvolvimento e expansão das Inteligências independente das suas.

Noêmia A. Lourenço


REFERÊNCIAS

ANTUNES, Celso. Como identificar em você e em seus alunos as inteligências múltiplas. 4ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001.

Revista Veja, Mônica Weinberg, ed. 2018, 25/7/07.





segunda-feira, 20 de julho de 2009

'OUVIR DE VERDADE' É FUNDAMENTAL...

ESCUTATÓRIA
Rubem Alves


Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória.Todo mundo quer aprender a falar, ninguém quer aprender a ouvir.Pensei em oferecer um curso de escutatória, mas acho que ninguém vai se matricular.Escutar é complicado e sutil.Diz Alberto Caeiro que "não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. É preciso também não ter filosofia nenhuma".Filosofia é um monte de idéias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas. Para se ver, é preciso que a cabeça esteja vazia.Parafraseio o Alberto Caeiro:"Não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito; é preciso também que haja silêncio dentro da alma".Daí a dificuldade: a gente não agüenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor, sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer. Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração e precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor.Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil de nossa arrogância e vaidade: no fundo, somos os mais bonitos...
Tenho um velho amigo, Jovelino, que se mudou para os Estados Unidos estimulado pela revolução de 64.Contou-me de sua experiência com os índios: reunidos os participantes, ninguém fala. Há um longo, longo silêncio.(Os pianistas, antes de iniciar o concerto, diante do piano, ficam assentados em silêncio, [...]. Abrindo vazios de silêncio. Expulsando todas as idéias estranhas.).Todos em silêncio, à espera do pensamento essencial. Aí, de repente, alguém fala. Curto. Todos ouvem. Terminada a fala, novo silêncio.Falar logo em seguida seria um grande desrespeito, pois o outro falou os seus pensamentos, pensamentos que ele julgava essenciais.São-me estranhos. É preciso tempo para entender o que o outro falou.Se eu falar logo a seguir, são duas as possibilidades.Primeira: "Fiquei em silêncio só por delicadeza. Na verdade, não ouvi o que você falou. Enquanto você falava, eu pensava nas coisas que iria falar quando você terminasse sua (tola) fala. Falo como se você não tivesse falado".Segunda: "Ouvi o que você falou. Mas isso que você falou como novidade eu já pensei há muito tempo. É coisa velha para mim. Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou".Em ambos os casos, estou chamando o outro de tolo. O que é pior que uma bofetada.O longo silêncio quer dizer: "Estou ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou". E assim vai a reunião.
Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos.E aí, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia.Eu comecei a ouvir.Fernando Pessoa conhecia a experiência, e se referia a algo que se ouve nos interstícios das palavras, no lugar onde não há palavras.A música acontece no silêncio. A alma é uma catedral submersa. No fundo do mar - quem faz mergulho sabe - a boca fica fechada. Somos todos olhos e ouvidos. Aí, livres dos ruídos do falatório e dos saberes da filosofia, ouvimos a melodia que não havia, que de tão linda nos faz chorar.Para mim, Deus é isto: a beleza que se ouve no silêncio. Daí a importância de saber ouvir os outros: a beleza mora lá também.Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto.


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