"NÃO EXISTE PROBLEMA DE LEITURA. EXISTEM ESCOLAS E PROFESSORES COM PROBLEMAS." (Herbert Kohl)
Seja bem-vindo(a)!
O conteúdo deste blog é direcionado a professores, coordenadores pedagógicos e diretores de instituições públicas e particulares de ensino, além de psicopedagogos, pais e interessados na prevenção contra problemas de aprendizagem.
Pense Nisso!
Nada está no intelecto que não tenha passado antes pelos sentidos
(Provérbio antigo)
sexta-feira, 24 de julho de 2009
quarta-feira, 22 de julho de 2009
INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS
“Ou a gente forma, ou a gente deforma”. (Gavaldon)
Ao falar em Aprendizagem é fundamental considerar que cada indivíduo tem modo próprio de aprender e aprende melhor quando encontra afinidade com o que está sendo ensinado.
Existem Inteligências as quais permitem fácil compreensão gerando o gosto pelo aprendizado.
Numa classe, por exemplo, há alunos que: cantam, desenham, pintam, dançam, calculam, falam, pensam, admiram flores, enfim, tudo com muita facilidade.
Muitas vezes ouvimos as seguintes expressões seja na classe ou a nossa volta: “Eu adoro cantar!”; “Me deixa escrever!” (numa atividade em grupo); “Eu prefiro falar à frente do grupo apresentando o trabalho!”.
Quando se trata da escolha profissional a tendência é buscar atuação nas áreas afins de maneira que se possa bem desempenhar as funções.
Todos esses exemplos demonstram que o ser humano tem capacidades e habilidades utilizadas para desenvolver alguma coisa.
Isso se deve às Inteligências Múltiplas, aspectos poucos discutidos no contexto escolar.
Primeiramente é preciso saber o significado da palavra Inteligência. De acordo com o Dicionário de Português (2003) inteligência é: 1. faculdade de entender, pensar, racionar e interpretar com facilidade; intelecto. 2. Compreensão, conhecimento profundo.
Portanto, diz-se que uma pessoa é inteligente quando ela, eficientemente, apresenta todas essas características mediante suas ações.
Há quem não entende, não pensa, não raciocina, não interpreta, não compreende?
Vale ressaltar que a diferença é que uns têm mais facilidade em determinadas áreas do conhecimento, outros encontram dificuldades e pensando na escola cabe ao professor identificar esses aspectos nos seus alunos para atuar didático-pedagogicamente respeitando as condições de cada estudante.
Faça um teste consigo mesmo: O que você desenvolve com mais facilidade, em que necessita de maior preparo e o que você não consegue ou não gosta de fazer de modo algum?
Segundo Antunes (2001, p.30), “é importante destacar que as pessoas apresentam traços integrados de diversas Inteligências e dessa forma não é possível enquadrar os alunos em apenas uma ou duas. O interessante é procurar observar as Inteligências em que são fortes, as em que são comuns e outras nas quais são fracos.”
Quais são essas Inteligências?
Howard Gardner, psicólogo americano, a partir de estudos científicos, detectou 8 tipos de Inteligência: lingüística, lógica, espacial, musical, corporal, naturalista, intrapessoal e interpessoal.
De acordo com Gardner inteligência é resultado de fatores genéticos ou experienciais podendo ser esculpida “ainda que haja limitações para isso”, conforme afirmou em entrevista concedida à Revista Veja (2007).
Gardner conclui que “a maioria das pessoas é, ao mesmo tempo, inteligente para algumas áreas do conhecimento e limitada para outras”, em média. Afirma também que existem raros casos de gente desprovida de qualquer inteligência.
Em relação ao processo de ensino e aprendizagem, o psicólogo propõe que a escola ensine no mínimo “dois jeitos diferentes de ver um problema”, ao invés de ensinar o aluno a “ler, escrever e utilizar recursos como um fim em si” somente aprofundando “conhecimento sobre temas mais relevantes”.
Luiza L. Gavaldon (UNIFAI, 2003), professora de Psicologia da Educação no curso de Pedagogia, em uma de suas aulas apresentou características básicas das Inteligências Múltiplas e acrescentou uma (descrita por psicóloga brasileira):
1- Inteligência Lingüística:
Pessoas com alta capacidade de comunicação mesmo que tenham vocabulário reduzido, que saibam dizer bem suas mensagens.
Profissionais: professores, jornalistas, advogados, atores, vendedores, políticos, escritores, publicitários.
2- Inteligência Lógico-Matemática:
É a Inteligência dos que lidam com a lógica e números na área de exatas.
Profissionais: engenheiros, arquitetos, físicos, matemáticos, advogados, contadores.
3- Inteligência Musical:
Pessoas ligadas a sons, ritmos e timbres.
Profissionais: DJs, compositores, cantores, técnicos de som, maestros, músicos.
4- Inteligência Espacial:
Pessoas que lidam com espaço e direção.
Profissionais: motoristas, pilotos, decoradores, arquitetos, almirantes, atletas, bailarinos.
5- Inteligência Cinestésica-corporal:
São pessoas que lidam com o próprio corpo, onde os movimentos do corpo são mais importantes.
Profissionais: dançarinos.
6- Inteligência Naturalista:
Pessoas que trabalham com a natureza.
Profissionais: jardineiros, agricultores, apicultores, biólogos, oceanógrafos, mergulhadores.
7- Inteligência Pictórica:
Pessoas que lidam com desenhos e pinturas.
Profissionais: desenhistas, pintores, cartunistas, projetistas, artistas plásticos.
8- Inteligência Intrapessoal (dentro):
É a capacidade de administrar os próprios conflitos. “Como lidar com as pessoas se não lido comigo?”
Todas as pessoas precisam.
9- Inteligência Interpessoal (entre):
É a capacidade de lidar com os outros.
Todos que lidam com grupos.
Fazem na profissão uma interação entre as pessoas.
Específica daqueles que lidam com pessoas, grupos, tem uma ascendência com outras pessoas.
Todas as pessoas precisam.
Profissionais: professores, orientadores, coordenadores, diretores, médicos, psicólogos.
Observando as características das Inteligências torna-se mais fácil a identificação das capacidades e habilidades nos indivíduos.
Antunes (2001) deixa claro que as Inteligências se integram e pode haver mais de uma inteligência desenvolvida no ser humano.
É imprescindível o conhecimento dos três níveis das Inteligências Múltiplas: elevadas, medíocres e limitadas em si e nos alunos para melhor explorar suas infinitas e múltiplas linguagens, de acordo com Antunes o qual sugere em sua obra testes para descobrir as Inteligências Múltiplas tanto dos professores como dos alunos.
O professor deve oferecer aos educandos oportunidades variadas de manifestação, desenvolvimento e expansão das Inteligências independente das suas.
Noêmia A. Lourenço
REFERÊNCIAS
ANTUNES, Celso. Como identificar em você e em seus alunos as inteligências múltiplas. 4ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001.
Revista Veja, Mônica Weinberg, ed. 2018, 25/7/07.
segunda-feira, 20 de julho de 2009
'OUVIR DE VERDADE' É FUNDAMENTAL...
ESCUTATÓRIA
Rubem Alves
Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória.Todo mundo quer aprender a falar, ninguém quer aprender a ouvir.Pensei em oferecer um curso de escutatória, mas acho que ninguém vai se matricular.Escutar é complicado e sutil.Diz Alberto Caeiro que "não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. É preciso também não ter filosofia nenhuma".Filosofia é um monte de idéias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas. Para se ver, é preciso que a cabeça esteja vazia.Parafraseio o Alberto Caeiro:"Não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito; é preciso também que haja silêncio dentro da alma".Daí a dificuldade: a gente não agüenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor, sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer. Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração e precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor.Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil de nossa arrogância e vaidade: no fundo, somos os mais bonitos...
Tenho um velho amigo, Jovelino, que se mudou para os Estados Unidos estimulado pela revolução de 64.Contou-me de sua experiência com os índios: reunidos os participantes, ninguém fala. Há um longo, longo silêncio.(Os pianistas, antes de iniciar o concerto, diante do piano, ficam assentados em silêncio, [...]. Abrindo vazios de silêncio. Expulsando todas as idéias estranhas.).Todos em silêncio, à espera do pensamento essencial. Aí, de repente, alguém fala. Curto. Todos ouvem. Terminada a fala, novo silêncio.Falar logo em seguida seria um grande desrespeito, pois o outro falou os seus pensamentos, pensamentos que ele julgava essenciais.São-me estranhos. É preciso tempo para entender o que o outro falou.Se eu falar logo a seguir, são duas as possibilidades.Primeira: "Fiquei em silêncio só por delicadeza. Na verdade, não ouvi o que você falou. Enquanto você falava, eu pensava nas coisas que iria falar quando você terminasse sua (tola) fala. Falo como se você não tivesse falado".Segunda: "Ouvi o que você falou. Mas isso que você falou como novidade eu já pensei há muito tempo. É coisa velha para mim. Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou".Em ambos os casos, estou chamando o outro de tolo. O que é pior que uma bofetada.O longo silêncio quer dizer: "Estou ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou". E assim vai a reunião.
Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos.E aí, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia.Eu comecei a ouvir.Fernando Pessoa conhecia a experiência, e se referia a algo que se ouve nos interstícios das palavras, no lugar onde não há palavras.A música acontece no silêncio. A alma é uma catedral submersa. No fundo do mar - quem faz mergulho sabe - a boca fica fechada. Somos todos olhos e ouvidos. Aí, livres dos ruídos do falatório e dos saberes da filosofia, ouvimos a melodia que não havia, que de tão linda nos faz chorar.Para mim, Deus é isto: a beleza que se ouve no silêncio. Daí a importância de saber ouvir os outros: a beleza mora lá também.Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto.
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sábado, 18 de julho de 2009
domingo, 12 de julho de 2009
sexta-feira, 10 de julho de 2009
A CRIANÇA ENTENDE O QUE OUVE "AO PÉ DA LETRA"
A expressão “ao pé da letra” pode ser vista como o entendimento da mensagem exatamente sobre o que ela diz.
Certa vez ouvi uma história a qual tratava sobre um menino de cinco anos que estava na praia com seus pais. Chegando o horário do almoço sua mãe resolveu ir para casa com o objetivo de preparar a refeição. Deixando pai e filho brincando na areia ela recomendou ao marido: “Olha, Fulano, cuidado com esse menino, hein! Não tire os olhos dele, por favor!”
Bem, o filho parecia estar muito distraído, porém, assim que a mãe foi embora ele perguntou ao pai: “Papai, você vai tirar meu olho?”
Ora, o texto tem ar de piada, não é? Mas é sério. Representa o quanto a criança é capaz de observar e os adultos subestimam essa capacidade e como ela leva “ao pé da letra” o que ouve.
Portanto, é primordial que tenhamos muito cuidado ao falarmos com as crianças ou perto delas.
Às vezes o que conta não é o que ouvem, e sim, como interpretam o que ouvem ou o modo como lhe são ditas as palavras. Em ambos os casos pode-se gerar grandes e significativos conflitos de ordem emocional, psíquica, causando baixa autoestima, desestímulo para a vida, insegurança, falta de autoconfiança, medo, pavor até de si mesmas e outros tantos problemas os quais poderão se estender ao longo da vida até a fase adulta, ou ainda venham se manifestar apenas na fase adulta.
Um exemplo recente é o que ocorreu com o saudoso Michael Jackson.
Segundo informações passadas pela mídia, pessoas do mundo inteiro puderam acompanhar, entre tantos fatos expostos sobre sua vida houve um que chamou muito a minha atenção. O pai dele, durante sua infância, o chamava de “macaco” e dizia que seu nariz era “horrível”. Talvez isso tenha lhe traumatizado ao longo de sua existência a ponto extremo de querer modificar a cor de sua pele e reformular o formato do seu nariz, enfim, realizar plástica justamente nos detalhes do corpo que provavelmente mais o incomodavam por conta do que ouviu por tantas vezes do pai. Não somente quis mudar como o fez.
Tudo o que ocorre na nossa vida e na vida alheia não é por acaso. Há um propósito divino que serve para ensinar algo. Nem sempre conseguimos captar os ‘porquês’, pois estamos mergulhados no materialismo desconsiderando cada vez mais a essência do SER. Todavia, quando temos a oportunidade de perceber o que está por trás dos acontecimentos precisamos nos render à reflexão e, no mínimo, tentar aproveitar os ensinamentos.
Retomando o tema do presente texto muitas vezes falamos sem pensar, e se compreendermos que somos “crianças grandes” poderemos comprovar que realmente a situação é delicada. Quantas vezes nos sentimos ofendidos e magoados com o que ouvimos de alguém sobre nós (quando a fala é negativa)? Como nos sentimos quando alguém diz que somos incapazes de realizar algo? Quantas vezes levamos “ao pé da letra” o que nos dizem e acabamos reagindo impensadamente de acordo? E como nos sentimos quando somos elogiados e valorizados?
É de suma importância ter cuidado com a linguagem utilizada com a criança.
Lembro-me de uma situação que ocorreu comigo mesma e sempre que posso a coloco como exemplo.
Quando meu lindo sobrinho-afilhado era bebê toda vez que eu via os pezinhos dele descoberto, sem meia, eu falava: “Eu vou comer o seu pezinho!” (achava lindos os pezinhos dele, aliás, os de todos os bebês são lindinhos, não é verdade?). Conclusão: ao começar a andar e estando já com passos firmes se locomovendo sozinho notei que nas épocas quentes não havia quem conseguisse fazer com que ele usasse sandalinhas ou chinelinhos. Ele não ficava descalço de maneira nenhuma. Não gostava de mostrar os pés. A sorte foi que em tempo me recordei do fato e então tive a ideia de tentar reverter o quadro. Comecei a elogiar os pés dele principalmente quando estavam expostos. Elogiava as sandálias e os chinelos e falava que seus pezinhos ficavam lindos naqueles calçados. Graças a Deus o problema foi superado.
Eu não via maldade ao dizer que comeria o pezinho dele, mas ele, com certeza, levou “ao pé da letra”.
Hoje, sendo psicopedagoga compreendo com mais propriedade essa questão.
Pensem nos inúmeros rótulos que as crianças recebem de seus pais, familiares, professores, pessoas desconhecidas etc.
Quando uma criança é chamada de “burra”, por exemplo, ela pode se ver como um animal de quatro patas, orelhas grandes e se achar diferente dos outros. O problema piora se esse rótulo é dito diante de outras crianças, pois geralmente dão risadas, “tiram sarro”, fazem piadinhas, podendo ocasionar o bullyng.
Portanto, a partir de nós mesmos é possível entender melhor o comportamento das crianças, as causas geradoras de atitudes aparentemente inexplicáveis, muitas delas fora dos padrões sociais e as conseqüências quase sempre desastrosas dessas atitudes.
quarta-feira, 1 de julho de 2009
SUGESTÃO DE TEXTO PARA REUNIÃO DE PAIS (REFLEXÃO) III
“Pedido de uma criança a seus pais”
“Não tenham medo de ser firmes comigo. Prefiro assim, isso faz com que eu me sinta mais segura. Não me estraguem, sei que não devo ter tudo o que peço, só estou experimentando vocês. Não deixem que eu adquira maus hábitos, dependo de vocês para saber o que é bom ou mau. Não me corrijam com raiva, aprenderei muito mais se falarem com calma e em particular. Não me protejam das conseqüências dos meus erros, às vezes, eu preciso aprender pelo caminho mais áspero. Não façam promessas que não possam cumprir mais tarde; lembrem-se de que isto me deixará profundamente desapontada. Não me mostrem um Deus carrancudo e vingativo, isto me afastará dele. Não me desconversem quando eu faço perguntas, senão eu procurarei nas ruas as respostas que não tenho em casa. Não se mostrem para mim como pessoas perfeitas e infalíveis, senão ficarei extremamente chocada quando descobrir algum erro de vocês. Não digam que não conseguem me controlar, eu julgarei que sou mais forete do que vocês. Não me tratem como uma pessoa sem personalidade, lembrem-se de que tenho o meu próprio modo de ser. Não viva me apontando os defeitos das pessoas que me cercam, pois isto criará em mim, desde cedo, um espírito intolerante. Não queiram me ensinar tudo de uma vez, nem desistam nunca de me ensinar o bem, mesmo que eu pareça não estar aprendendo. No futuro, vocês verão em mim o fruto daquilo que plantaram, ou então, daquilo que não plantaram.”
(autor desconhecido)
SUGESTÃO DE TEXTO PARA REUNIÃO DE PAIS (REFLEXÃO) II
Papai do céu,
Não quero te pedir nada de especial nem fora do alcance, como fazem tantas crianças em sua oração da noite.
A Ti, que és bom e protege todas as crianças da terra, venho pedir um grande favor, sem que meus pais fiquem sabendo: transforma-me em um televisor, para que eles cuidem de mim como cuidam da sua TV, e que me olhem com o mesmo interesse com que mamãe assiste à sua novela preferida, ou papai ao jogo de futebol.
Eu quero falar como certos animadores que, quando se apresentam, fazem minha família se calar para os ouvir com atenção e sem nenhuma interrupção.
Ah! Papai do Céu, como eu gostaria de ver minha mãe suspirar diante de mim, como faz quando assiste a desfiles de moda, ou de fazer rir meu pai, tal como o conseguem o Jô e outros humoristas, ou simplesmente que acreditassem em mim quando lhes conto minhas histórias, sem precisar dizer: “É verdade! Eu vi na TV!”
Quero me transformar num televisor para ser o rei da casa, o centro das atenções, ocupando o melhor lugar, para que todos os olhares se voltem para mim.
Quero sentir sobre mim a preocupação que têm meus pais quando surge um defeito no televisor, chamando logo um técnico para o concertar ...
Quero ser um televisor para me tornar o melhor amigo de meus pais, o que mais influi em suas vidas, para que se lembrem de que sou filho e aquele que, afinal, lhes mostrará mais a paz que a violência.
Papai do Céu, por favor, deixe-me ser um televisor ao menos um dia de minha vida!
(Adaptado de “Informativo NOTIMOVIL”, Buenos Aires, setembro / 97)
SUGESTÃO DE TEXTO PARA REUNIÃO DE PAIS (REFLEXÃO) I
Um menino, com voz tímida e os olhos de admiração, pergunta ao pai, quando este retorna do trabalho:
--- Papai, quanto o senhor ganha por hora?
O pai, num gesto severo, responde:
--- Escuta aqui meu filho, isto nem a sua mãe sabe! Não amole, estou cansado.
Mas o filho insiste:
--- Mas papai, por favor, diga, quanto o senhor ganha por hora?
A reação do pai foi menos severa e respondeu:
--- Três reais por hora.
--- Então, papai, o senhor poderia me emprestar um real?
O pai, cheio de ira e tratando o filho com brutalidade, respondeu:
--- Então era essa a razão de querer saber quanto eu ganho? Vá dormir e não amole mais, menino aproveitador.
Já era noite, quando o pai começou a pensar no que havia acontecido e sentiu-se culpado. Talvez quem sabe, o filho precisasse comprar algo.
Querendo descarregar sua consciência doída, foi até o quanto do menino e, em voz baixa, perguntou:
--- Filho, está dormindo?
--- Não, papai! (respondeu sonolento o garoto).
--- Olha, aqui está o dinheiro que me pediu. Um real.
--- Muito obrigado, papai, (disse o filho, levantando-se e retirando mais dois reais de uma caixinha que estava sob a cama). Agora já completei, papai. Tenho três reais. Poderia me vender uma hora do seu tempo?
(autor desconhecido)
Reflexão:
Será que estamos dedicando tempo suficente aos nossos filhos?
Nunca é tarde para mudar.
Afinal, a vida continua.
segunda-feira, 22 de junho de 2009
A PIPOCA (Rubem Alves)
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© Projeto ReleiturasArnaldo Nogueira Jr
22/06/2009 - 12:28:25
Rubem Alves
Biografia e Bibliografia
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Rubem Alves
Rubem Alves: tudo sobre sua vida e sua obra em "Biografias".
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quinta-feira, 18 de junho de 2009
AVALIAÇÃO PEDAGÓGICA
Outro tema polêmico.
Segundo Luckesi (1997),
“um educador que se preocupa com que sua prática educacional esteja voltada para a transformação, não pode agir inconsciente e irrefletidamente. Cada passo de sua ação deve estar marcado por uma decisão clara e explícita do que está fazendo e para onde possivelmente está encaminhando os resultados de sua ação”.
Diante dessa afirmação, o que a escola avalia no processo de ensino e aprendizagem? O que o professor avalia? Como? Avaliam o que o aluno sabe, como ele sabe, ou o que ele ainda não sabe?
A ‘nota’ é dada pelo que o aluno é, pelo que ele faz ou pelo que aprendeu?
Como são elaboradas as ‘provas’?
Quando o aluno mostra que aprendeu, há dúvidas por parte de quem ensinou? Houve ensino? Houve aprendizagem?
Essas questões foram levantadas a partir de depoimentos de pais e alunos.
Um educando, na época do fato com 8 anos, encaminhado a um especialista, psicopedagogo, conseguiu superar suas dificuldades quanto a leitura e escrita. Aprendeu a ler, interpretar, seqüenciar histórias, escrever. Em matemática não tinha problemas. Aos 9 anos, já no ano posterior (aqui no 4º ano), a professora parabenizou-o e à mãe confirmando estar ele alfabetizado.
Certo dia, a mesma professora aplicou uma ‘prova’ (avaliação) em que a maior exigência foi a sequência lógica de uma história. O aluno acertou tudo. A professora colocou o símbolo ‘c’ em todas as questões, porém junto ao ‘c’ de cada resposta certa escreveu: ‘copiou’, ‘copiou’, ‘copiou’.
O educando ficou tão indignado que a primeira coisa que falou à sua mãe quando a encontrou foi: “Mãe, olha o que a professora fez! (mostrando a prova) Ela não acreditou que eu já sei fazer isso e disse que copiei tudo de outro colega.
Pronto! Acabou, mais uma vez, o estímulo do menino.
Vamos analisar: se ele copiou todas as respostas, o que estava fazendo a professora enquanto os alunos realizavam a ‘prova’? Ela estava na sala de aula? Estava atenta ou distraída? Se estava atenta ela viu o aluno copiando dos colegas e não se manifestou? Por quê? Para depois constrangê-lo?
Assim ele se sentiu, constrangido.
Outra situação. Expressão de um aluno do Ensino Superior: “Não acredito! O professor ‘mandou’ estudar um conteúdo extenso para a ‘prova’, e na ‘prova’ não caiu nada do que foi estudado. Tirei “zero”.
Nota-se que o problema “avaliação” ocorre em todos os níveis de ensino. Faz reportar para as questões presentes no início deste texto.
Diz-se que a ‘nota’ do aluno é a do professor. Será verdade?
No primeiro caso relatado, pensando por esse prisma, a professora não acredita na própria capacidade de ensinar?
No segundo caso, o professor conhecia de fato o conteúdo solicitado para estudo? O que o fez substituí-lo?
Existe quem tem ‘zero’ conhecimento?
Vale ressaltar que o propósito de todo o conteúdo postado neste blog é contribuir na tentativa de melhorar a qualidade de ensino, principalmente prevenindo contra problemas de aprendizagem.
Sabe-se que a tarefa de professor, pais, coordenador pedagógico, diretor escolar é árdua, especialmente no século XXI, período de grandes transformações no universo em todos os sentidos. Por outro lado, educar, ensinar, é parte essencial no processo formativo e educativo cabendo aos responsáveis por tais funções “fazer” de acordo.
Não dá para ser pai e mãe sem educar, ser professor sem ensinar, ser coordenador sem coordenar, ser diretor sem dirigir.
Coletividade, reflexão e conscientização fazem a diferença.
O Psicopedagogo existe para auxiliar oferecendo recursos muitos vezes não percebidos.
O importante é manter o foco no sujeito aprendente, nas suas necessidades, facilitando seu desenvolvimento e o do processo educacional.
Noêmia A. Lourenço
Referência Bibliográfica
LUCKESI, Cipriano C.. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 6ed. São Paulo: Cortez, 1997.