Seja bem-vindo(a)!

Aproveite esta oportunidade para compartilharmos informações, textos, ideias e reflexões a respeito do processo de ensino e aprendizagem.
O conteúdo deste blog é direcionado a professores, coordenadores pedagógicos e diretores de instituições públicas e particulares de ensino, além de psicopedagogos, pais e interessados na prevenção contra problemas de aprendizagem.

Pense Nisso!


Nada está no intelecto que não tenha passado antes pelos sentidos
(Provérbio antigo)



sábado, 6 de novembro de 2010

HISTÓRIAS DE PROFESSORA

Sempre fui uma profissional dedicada. Durante os quase 30 em que lecionei Ciências, Biologia, Biologia Educacional, Anatomia e Fisiologia Humanas, e outras matérias, de acordo com o curso assumido, sempre procurei motivar os alunos, mostrar-lhes aspectos diferentes dos estudos, e minhas aulas sempre foram muito movimentadas, cheias de novidades e fiz coisas de que nem eu mesma me lembrava.

Foi preciso que ex-alunos me escrevessem lembrando-me das minhas corridas de baratas, criações de bicho de seda, estudos de formigueiros e minhocários, observação continuada de caramujos, cobras que comiam outras, dessecação de sapos, estágios em maternidades, atividades praticas de puericultura, etc. etc. etc.

A criação de bicho da seda que propus aos alunos foi algo que movimentou a comunidade. Foram mais de mil larvas alimentadas, foram todas as amoreiras do bairro desfolhadas, centenas de casulos espalhados pela sala, milhares de metros de fios enrolados e algumas peças tecidas em tricô ou crochê como os fios de bichos da seda criados pelos alunos.

Criamos e cuidamos de Limneias (caramujo) comuns em hortas de alface e conseguimos observar por várias semanas o seu comportamento, alimentação, reações...

Criamos cobras para observar sua alimentação, colocamos sapos na sua “casa” de vidro e a surpresa foi que uma delas desdenhou seu alimento natural, o sapo, para comer a outra cobra. Em uma manhã, em vez de duas cobras encontramos uma só, com o rabo da outra ainda na boca.

Observamos protozoários ao microscópio, desenhamos e estudamos vermes, dissecamos minhocas causando surpresa ao encontrarem tanta coisa onde só esperavam terra. Observamos baratas em suas corridas atraídas por alimentos.

Um estágio em uma maternidade deu às alunas do curso Normal subsídios para seus dias futuros e também fez aflorar o sentimento de solidariedade com mães carentes e seus filhos recém natos.

E muitas, muitas coisas interessantes.

Mas, atingi o auge da minha carreira profissional ao elaborar um método próprio de ensinar Ciências. Era um trabalho dinâmico, um misto de estudo dirigido, pesquisas bibliográficas, experiências, discussões, organização metodológica, auto e hetero avaliações.

Eu o denominei “Programação Dinâmica de Estudos para Ciências” e tinha como lema uma frase de Roger Cousinet  “Quanto menos se é ensinado mais se aprende; porque, ser ensinado é receber informações e aprender é procurá-las”.
Tinha toda uma fundamentação didática elaborada pela colega Arlete Pizão e foi impressa pelo Colégio Campos Salles. Tenho até direitos autorais do MEC sobre elas.

Só foi usada por mim porque tinha como pré-requisitos salas especiais de trabalho, biblioteca e materiais específicos. Quando me propuseram fazer uma edição dos livros com as respostas, me recusei porque isso iria de encontro à filosofia do trabalho que objetivava a personalização das respostas como conseqüências de pesquisas individuais. 

Os alunos que participaram desse trabalho aprenderam mesmo. Hoje tenho um exemplar preenchido e valioso de um aluno, Pedro Molina, que os levou consigo até Madri e há pouco me mandou como presente.

E algo interessante quanto a esse trabalho: a capa que escolhi para cada “caderno” foi tirada da Biblioteca Científica Life volume “A Célula” e representa a molécula de DNA. Isso foi em 1972, quando DNA era conhecido apenas nos meios científicos e não tinha a visibilidade que tem hoje.

Tenho um volume completo de todos os “cadernos” que me foi oferecida pelo diretor da Campos Salles, Prof. Augusto Guzzo, por ocasião da minha aposentadoria.
Depois, 20 anos de outras atividades trabalhando agora com Memórias, aproveito o muito que aprendi como professora.
.
Obs.: Vovó Neuza participou do Programa Manhã Gazeta dia 27 de outubro de 2010. O endereço do seu blog é http://www.vovoneuza.blogspot.com. Vale a pena conferir! Ela é 'tudo de bom'!!!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

SISTEMA EDUCACIONAL E PROFESSORES

Estudei em três escolas que deixaram marcas.
Teve uma experiência na escola do maternal. Via que os professores não tratavam bem as crianças. Eu era uma delas. Parecia que eles não tinham prazer em fazer o que estavam fazendo. Acho que isso não é certo. Se você faz faculdade tem que ter certeza do que quer fazer ou então é dinheiro jogado fora.
Tudo bem que a rotina dos professores pode ser estressante, mas isso não justifica.
Em outra escola, na primeira série, os professores eram bem rígidos. Tudo era muito controlado, os horários... Fiquei 4 anos nessa escola e nunca tive problemas. Mas a professora de matemática dava medo. Acho que os professores devem passar segurança para os alunos. Minhas dúvidas de matemática me fazem muito mal até hoje.
Na terceira escola tudo ficou bem melhor. Sempre fui boa aluna. Não tive dificuldades de adaptação. Só que a professora de matemática de lá também dava medo. Passei dois anos com essa professora e mais uma vez indo mal em matemática, mas me esforcei muito.
Hoje tenho aulas particulares. Os professores são bem melhores. A professora de matemática passa segurança. Isso é bom. Pratico esporte na escola e acho também que é importante para o bom desenvolvimento e afasta as crianças e os adolescentes das coisas ruins.

Bárbara R. Gonçalves – 13 anos
Cursando o 8º ano do EF

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

COMPARTILHANDO EXPERIÊNCIAS...


Esse espaço está aberto a todos que queiram compartilhar suas experiências seja enquanto professor(a), aluno(a) e demais profissionais da área educacional.
 
A sua participação é importante e pode fazer a diferença.
 
Para que seu relato/depoimento seja postado no blog é necessário que você:
 
a) envie o texto para o endereço pedagopsicopedago@hotmail.com
b) coloque identificação (nome / idade / ano em que estuda (se for aluno(a) / e-mail para contato / localização (cidade, estado e/ou país) / cargo ou função (se for profissional)
c) autorize a edição do documento (o conteúdo será mantido)
d) autorize a exposição da identificação referente ao nome

e) coloque título no relato (opcional)

Em caso de dúvida entre em contato através do endereço eletrônico pedagopsicopedago@hotmail.com

Vamos lá, participe!
 
A sua história certamente contribuirá para reflexão sobre o papel e o desempenho de cada um objetivando melhorar a qualidade do ensino.

Grata

Grande abraço
Noêmia A. Lourenço

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

ENTENDENDO MELHOR O TDAH

TDAH

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico TDAH. (pt.wikipedia.org/wiki/TDAH)
Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e freqüentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Ele é chamado às vezes de DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção). Em inglês, também é chamado de ADD, ADHD ou de AD/HD.
*TDAH é a condição crônica de saúde de maior prevalência em crianças em idade escolar;
*TDAH é o distúrbio neurocomportamental mais comum na infância;estima-se que 4 a 6% da população em idade escolar pode ter TDAH;
*aproximadamente 2% dos adultos podem sofrer de TDAH;
Ele é reconhecido oficialmente por vários países e pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Os principais sintomas são:

1.DESATENÇÃO:
 
-dificuldade em prestar atenção a detalhes ou errar por descuido em atividades escolares e profissionais;
-dificuldade em manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas;
-parecer não escutar quando lhe dirigem a palavra;
-não seguir instruções e não terminar tarefas escolares, domésticas ou deveres profissionais;
-dificuldade em organizar tarefas e atividades;
-evitar, ou relutar, em envolver-se em tarefas que exijam esforço mental constante;
-perder coisas necessárias para atividades ou tarefas;
-ser facilmente distraído por estímulos alheios à tarefa;
-apresentar esquecimento em atividades diárias;

2.HIPERATIVIDADE:
 
-agitar as mãos, pés ou se mexer na cadeira;
-abandonar a cadeira em sala de aula ou em outras situações nas quais se espera que permaneça sentado;
-correr ou escalar em demasia em situações nas quais é inapropriado;
-dificuldade em brincar ou envolver-se silenciosamente em atividades de lazer;
-estar freqüentemente “a mil” ou muitas vezes agir como se estivesse “a todo vapor”;
-falar em demasia;

3.IMPULSIVIDADE:
 
-frequentemente dar respostas precipitadas antes das perguntas terem sido concluídas;
-apresentar constante dificuldade em esperar sua vez;
-frequentemente interromper ou se meter em assuntos de outros;

TIPOS DE TDAH
-com predomínio de sintomas de desatenção (prejuízo acadêmico);
-com predomínio de sintomas de hiperatividade/impulsividade (rejeição e impopularidade);
-combinado (prejuízo acadêmico e sintomas de conduta, de oposição e desafio);

DIAGNÓSTICO DE TDAH
 
-pelo menos 6 dos sintomas de desatenção e/ou hiperatividade devem estar presentes;
-é importante considerar a duração dos sintomas e a intensidade dos mesmos;
-considerar o grau de prejuízos dos sintomas;
-a avaliação diagnóstica deve envolver os pais, a criança e a escola (professores);

CONSEQUÊNCIAS DO TDAH
 
-baixo desempenho escolar;
-dificuldades de relacionamento;
-baixa auto-estima;
-interferência no desenvolvimento educacional e social;
-predisposição a distúrbios psiquiátricos;
Estudos científicos mostram que portadores de TDAH têm alterações na região frontal e as suas conexões com o resto do cérebro. A região frontal orbital é uma das mais desenvolvidas no ser humano em comparação com outras espécies animais e é responsável pela inibição do comportamento (isto é, controlar ou inibir comportamentos inadequados), pela capacidade de prestar atenção, memória, autocontrole, organização e planejamento.
Até recentemente, acreditava-se que os sintomas do TDAH desapareciam na adolescência. Sabe-se, agora, que muitos sintomas acompanham o crescimento, e 30% a 70% dos portadores podem ter dificuldades emocionais, profissionais e em seus relacionamentos sociais e afetivos na idade adulta.
O TDAH é com freqüência apresentado, erroneamente, como um tipo específico de problema de aprendizagem. Não é. Individuos com TDAH não são incapazes de aprender, mas têm dificuldade na escola por causa da falta de organização, de atenção e da impulsividade.
Por não terem limite e noção do momento certo para parar, acabam fazendo palhaçadas, falando impulsivamente etc.. passando- se   por incômodas e inconvenientes.
Portanto, o diagnóstico deve ser feito de forma criteriosa e cuidadosa por profissional especializado, com informações colhidas junto aos pais e professores e também através da observação clínica da criança.
A avaliação eficaz para o diagnóstico TDAH deve passar obrigatoriamente por uma Equipe Interdisciplinar abrangendo as seguintes áreas Psicopedagogia (Pedagogia), Psicologia, Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional, embasadas em avaliações neurológicas / psiquiátricas.

Fonte: http://educacao.qprocura.com.br/2009/08/tdah-transtorno-do-deficit-de-atencao-com-hiperatividade/

ENTENDENDO MELHOR A DISLEXIA

DISLEXIA
 
A definição mais usada é a do Comitê de Abril de 1994, da International Dyslexia Association – IDA, que diz:

“Dislexia é um dos muitos distúrbios de aprendizagem.É um distúrbio da linguagem, de origem constitucional, caracterizado pela dificuldade de decodificar palavras simples.Mostra uma insuficiência no processo fonológico.Estas habilidades de decodificar palavras simples não são esperadas em relação à idade.Apesar de submetida a instrução convencional, adequada inteligência, oportunidade sócio-cultural e não possuir distúrbios cognitivos e sensoriais fundamentais, a criança falha no processo de aquisição da linguagem.A Dislexia é apresentada em várias formas de dificuldade com diferentes formas de linguagem, freqüentemente incluídos problemas de leitura, em aquisição e capacidade de escrever e soletrar”.


DESIGNAÇÕES MAIS COMUNS DADAS À DISLEXIA

*Cegueira Verbal Congênita (1896-Prince Morgan)

*Strephosymbolia (1920-Orton)

*Dislexia Genética (1950-Halgreen)

*Disfunção Cerebral Mínima (1965-Quirós e Della Cella)

*Dislexia Específica de Evolução (1975-Quirós)

*Distúrbios Psiconeurológicos (1983-Johnson e Myklebust)
Segundo Johnson e Myklebust, a Dislexia raramente é encontrada de forma isolada.As dificuldades severas para ler e escrever corretamente encontram-se associadas a outros distúrbios, tais como:

a)Distúrbios de Memória: dificuldades para recordar o que aconteceu num momento anterior, como o que aconteceu há vários dias (MEMÓRIA AUDITIVA E VISUAL).

b)Distúrbios de Memória para Seqüências: é indispensável que as letras ou os sons obedeçam a uma determinada seqüência espacial e temporal, para que se construam as palavras e as frases com sentido e significado.A criança disléxica tem dificuldade para recordar estas seqüências e, de lembrar séries (dias da semana, os meses do ano, etc.).

c)Orientação Esquerda-Direita: dificuldades na identificação do lado esquerdo e direito tanto em nível da própria criança como de outras pessoas e de objetos.

d)Orientação Temporal: incapacidade da criança se situar no tempo.As dificuldades para dizer horas, identificar os dias da semana, os meses ou usar conceitos temporais fazem com que a criança se sinta perdida quer nas atividades como no fluir do tempo.

e)Imagem Corporal: precária organização do desenho de uma figura humana.

f)Escrita e Soletração: a criança que não consegue fazer a transposição dos símbolos impressos (letras) para os respectivos estímulos sonoros (sons), tampouco será capaz de realizar a atividade inversa (escrita).Em relação à soletração, apresenta grandes dificuldades para realizar a análise-síntese de palavras ou frases o que, por si só, já dificulta o processo de ler e escrever.

g)Distúrbios Topográficos: dificuldade de “ler” e se situar em mapas, globos e gráficos.Dificuldade em calcular distâncias e usar material geográfico.

h)Distúrbios no Padrão Motor: dificuldades em correr, saltar, manter o equilíbrio apoiado num pé só.
 
CLASSIFICAÇÕES DA DISLEXIA
 
Johnson e Myklebust diferenciam dois tipos de Dislexia:

1.Dislexia Auditiva: dificuldade em distinguir semelhanças e diferenças entre sons acusticamente próximos; em perceber sons no meio de palavras; em análise e síntese, memória e seqüências auditivas.Essas crianças apresentam acuidade auditiva normal mas, não conseguem discriminar e relacionar os sons que constituem as palavras.Cada palavra visualizada dificilmente é decodificada pois os sons que representam as letras não são recordados.

2.Dislexia Visual: dificuldade em diferenciar, interpretar e recordar palavras visualmente.Dificuldades em memória e análise-síntese visual, em discriminação visual de detalhes, em perceber rapidamente palavras escritas, em respeitar as seqüências viso-espaciais, etc.

Boder classifica a Dislexia em 3 grupos diferentes:


1.Dislexia Disfonética = Dislexia Auditiva

2.Dislexia Diseidética = Dislexia Visual

3.Dislexia Mista = combinação das duas anteriores

Nieto baseia-se a sua classificação nos diferentes níveis do processo de ler e de escrever e, tem como vantagem localizar a etapa da leitura e da escrita que deve ser reforçada.

1.Nível do Processo Mecânico

2.Nível do Processo de Integração

3.Desintegração Total Fonêmica-Gráfica (alexia e agrafia)


CONCLUSÃO


A Dislexia não é uma doença portanto não podemos falar em cura.Ela é congênita e hereditária e seus sintomas podem ser identificados logo na pré-escola.Os sintomas ainda podem ser aliviados, contornados, com acompanhamento adequado, direcionado às condições de cada caso.Não podemos considerar como “comprometimento” sua origem constitucional (neurológica) mas sim, uma diferença que é mais notada em relação à dominância cerebral.Há dados que mostram diferenças entre os hemisférios e alteração do lado direito do cérebro.Isso implica, entre outras coisas, uma dominância de lateralidade invertida ou indefinida.Mas também justifica o desenvolvimento maior da intuição, da criatividade, da aptidão para as artes, do raciocínio mais holístico, de serem mais subjetivos e todas as outras qualidades características do hemisfério direito.Em hipótese alguma o disléxico tem comprometimento intelectual.Tal comprometimento identificaria outro quadro como limítrofe ou deficiência.Também não pode haver alterações/prejuízos neurológicos nas áreas responsáveis pela aquisição da linguagem, estas alterações também identificariam outro quadro como afasia ou síndromes diversas.Quanto ao emocional, é preciso avaliar muito bem.Pode haver um comprometimento emocional como conseqüência das dificuldades da Dislexia mas nunca como causa.
              
Fonte:  http://educacao.qprocura.com.br/2009/08/dislexia/ 

sexta-feira, 21 de maio de 2010

LINGUAGEM TATIBITATE

"[...] Linguagem tatibitate - É um distúrbio (e também de fonação) em que se conserva voluntariamente a linguagem infantil. Geralmente tem causa emocional e pode resultar em problemas psicológicos para a criança [...]"



A partir do exposto acima é possível compreender de uma maneira simples o significado da linguagem tatibitate.
Pense na fala da uma criança no processo inicial da linguagem falada.
Quem nunca achou uma gracinha quando a criança diz “qué aca” ou “paca pota” ou ainda “dedê té pincá”?
Lindinho mesmo, não é?
Traduzindo a fala fica assim: “quero água”...”faca corta”.....”nenê quer brincar”.
O que ocorre na linguagem tatibitate é exatamente isso, a fala infantilizada que, infelizmente, é reforçada com a repetição daquele que já se apropriou do modo correto de falar, seja no grupo familiar ou social.
Normalmente repete-se o que a criança diz no mesmo modo, o que faz com que ela vá perdendo oportunidades de aprender a pronúncia correta das palavras.
A criança relaciona, por exemplo, algumas palavras a verbos conjugados no passado. Quando ela diz “trazi” ou “fazi” está associando a “comi”, “bebi” etc.
Não está errada a maneira como ela fala, está sim, precisando ouvir a maneira correta de se pronunciar as palavras.
Deve-se evitar corrigi-la aos gritos, porque a criança não tem culpa de ainda não ter aprendido a falar, e menos ainda se aos 9 anos ela ainda fala como um bebê. Às vezes a mamãe não quer que o bebê cresça, e ela é a pessoa que está mais próxima dele exercendo grande influência na sua vida.
Ao invés de falar da mesma forma que as crianças deve-se repeti-las corretamente.
Quando a criança diz “qué aca” é necessário responder com boa articulação e de preferência, que ela possa visualizar o movimento bucal. Pode-se perguntar a ela: “Você quer água?” ou “É verdade, a faca corta.” ou ainda “Você quer brincar?”
É fundamental que todos os envolvidos no processo de desenvolvimento da criança (família, parentes, escola etc.), estejam atentos a isso.
Realmente quando a criança começa a falar é bonitinho, mas o “bonitinho” pode gerar sérios problemas.
Na fase da alfabetização, por exemplo, poderá ocorrer a manifestação do distúrbio também na escrita, na leitura e deve ser corrigido com delicadeza.
Pelo fato de haver a possibilidade de o distúrbio ter como uma das causas interferência do aspecto emocional deve-se encaminhar o caso a um psicólogo.
Deve-se também encaminhar a um fonoaudiólogo para correção fonética.
Vale ressaltar que esse distúrbio pode causar problemas de aprendizagem, portanto um psicopedagogo poderá auxiliar.
É uma situação que deve, como tantas outras, ser bem compreendida e merece atenção e cuidado.
Atenção! No início pode ser visto como característica normal da linguagem, porém se perseverar ao longo do tempo é necessário que haja avaliação de especialistas.
Lembre-se: Pais e Educadores são modelos para as crianças.



ALGUMAS SUGESTÕES PARA PAIS E EDUCADORES AUXILIAREM A CRIANÇA NO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM
(Redação Crescer)



- Promova o diálogo

- Aproveite situações do cotidiano para ouvir o que seu filho está falando e conversar com ele apresentando o nome das coisas. Assim, as palavras ganham significado e são gravadas com mais facilidade.


- Na hora das refeições, fale do prato, da colher, das cores e consistência dos alimentos.


- Aproveite o banho para nomear as partes do corpo e narrar as ações que a criança estiver fazendo: pegar o sabonete, a esponja, jogar água, esfregar a perna.


- Faça comentários sobre a forma e a textura dos brinquedos.


- Conte algo do dia com detalhes interessantes para a criança: o momento em que a vovó telefonou, uma coisa que você viu na rua.


- Leia e conte histórias.


- Ouçam e cantem juntos músicas e historinhas infantis.



Noêmia A. Lourenço


Referência:


FONSECA, Vitor - Escola. Quem és tu? Porto Alegre: Artes Médicas, 1993.

ASSUNÇÃO, Elisabete da. COELHO, Maria Teresa. Problemas de aprendizagem. São Paulo, SP: Editora Ática, 2002.


http://www.psicopedagogiabrasil.com.br


http://revistacrescer.globo.com/







sexta-feira, 14 de maio de 2010

JOGOS PEDAGÓGICOS

Os jogos são tipos de atividades que podem ser praticadas em todas as matérias, de diversas maneiras, facilitando a aprendizagem, desenvolvendo a originalidade, a criatividade dos alunos, enriquecendo e vivenciando fatos.
O professor que se utiliza de jogos torna-se mais seguro, desenvolvendo também a sua criatividade, inovando suas aulas e criando outros jogos.
Os jogos pedagógicos são excelentes recursos de que o professor poderá lançar mão no processo ensino-aprendizagem, porque contribuem e enriquecem o desenvolvimento intelectual e social na criança.
O professor poderá se utilizar de jogos e brincadeiras como recursos pedagógicos na construção da leitura e da escrita, Matemática e para ensinar todos os conteúdos, bastando saber usar o jogo na hora adequada.



Para ser um bom jogo, o professor deverá propor:



- Um jogo interessante e desafiador para as crianças resolverem.


- Verificar se o jogo é propício às crianças de acordo com o seu desenvolvimento e prontidão.



- Dar oportunidade que todos possam participar ativamente do princípio ao fim do jogo.



- Permitir que as crianças possam se auto-avaliar no final do jogo.



Para que o jogo seja produtivo, deve-se fazer com os alunos o levantamento das atividades básicas de comportamento:



- Não tomar iniciativas sem consultar o grupo.



- Dar a todos os mesmos direitos de participar e vencer.



- Saber o momento de falar e ouvir.



- Não interromper o companheiro, quando este estiver expondo seu ponto de vista.



- Saber perder.



- Não colocar a culpa dos fracassos nos outros.



- Não desvalorizar os vencidos.



- Deixar tudo em ordem no final, da mesma forma que estava inicialmente.




A IMPORTÂNCIA DO JOGO

Na área cognitiva:



- Desenvolve na criança a capacidade de observação do meio à sua volta, através de comparações de semelhanças e diferenças.



- Permite a elaboração de certas estruturas: classificação, ordenação, estruturação de tempo e espaço; primeiros elementos de lógica, através da resolução de problemas simples, buscando estratégias para vencer o jogo.



- Comunicação e expressão usando da necessidade de explicar as regras, contestar ou comentar as fases do jogo.




Na área motora:



- O jogo permite à criança ocasiões para criar e construir seus próprios brinquedos aperfeiçoando as suas habilidades.



- O jogo permite que a criança possa avaliar a sua competência motora, sendo motivada a se ultrapassar pelo autodesafio.



Na área sócio-afetiva:



- O jogo permite à criança a se livrar do seu egocentrismo.



- o jogo permite à criança a viver situações de colaboração, competição e também de oposição.



- O jogo permite à criança a conhecer regras respeitando o parceiro, aumentando seus contatos sociais.



JOGOS NO PROCESSO EDUCATIVO



A atividade lúdica proporcionada pelos jogos deve ser o desencadeador de todo o processo de aprendizagem.
O jogo desenvolve a imaginação e exige a tomada de iniciativas, desafiando a sua inteligência para encontrar soluções para os problemas.
Através de jogos, as crianças desenvolvem o seu raciocínio e constroem o seu conhecimento de forma descontraída.
Ao tomar decisões usando as regras para obter resultados desejados, estas mesmas regras fazem com que as crianças construam os seus limites agindo como sujeito de sua aprendizagem.
De acordo com o nível do aluno, o professor poderá desenvolver conteúdos específicos, propondo os mais variados tipos de jogos que não precisam ser sofisticados ou caros.
Utilizando materiais de sucatas como: caixas de vários tamanhos, garrafas e recipientes de detergentes, xampus, latinhas de cerveja, poderão ser confeccionados pelo professor ou pelos alunos variados tipos de jogos.
Dependendo da criatividade, poderão ser confeccionados jogos que envolvam as mais variadas disciplinas: Português, Matemática, Ciências, Geografia e História [...]







Fonte: PINTO, Gerusa Rodrigues; LIMA, Regina Célia Villaça. O dia-a-dia do professor. 3 ed. Belo Horizonte (MG): FAPI. vol. II









domingo, 18 de abril de 2010

A BOA COMUNICAÇÃO E O CONHECIMENTO INTEGRANDO ESCOLA E FAMÍLIA

Olá, Querido Seguidor e Você que está visitando este Blog pela primeira vez!

Amo escrever, postar minhas ideias e compartilhá-las. Por outro lado também adoro divulgar ideias de outros educadores, pensadores, pesquisadores, especialistas etc., desde que sejam pertinentes ao blog. Neste último caso, ao encontrar bons materiais imediatamente quero dividi-los com você e acabo não colocando meus textos. “Faz parte!” (risos carinhosos)
De qualquer forma tudo é válido para uma boa reflexão individual e coletiva!
Postarei textos extraídos também de coleções de livros destinadas à Educação Infantil e Ensino Fundamental I que fazem jus ao processo de alfabetização.
A ideia de postá-los aqui partiu de estudos de casos que tenho realizado nos atendimentos psicopedagógicos.
Percebo que há necessidade de maiores esclarecimentos nessa área tanto no âmbito familiar quanto no núcleo pedagógico da escola. Haja vista que ambos podem em parceria fazer a diferença partindo do conhecimento.
Às vezes a família não entende o que lhe é solicitado porque “não sabe” e a escola por sua vez deveria compartilhar “o que sabe” de modo a evitar situações desagradáveis.
Quero que fique claro que estou sendo imparcial, como sempre, pois cada envolvido no processo educativo tem sua parcela de responsabilidade. Isso é fato!
A família nem sempre manifesta oralmente as suas dificuldades, seja por questão de privacidade ou por falta de oportunidade.
A escola cobra da família atitudes que, quase sempre, dependem do conhecimento que a própria escola poderia proporcionar e não o faz. Por exemplo: será que todas as famílias que têm filhos em idade escolar e que freqüentam escola sabem sobre as hipóteses da escrita? O que se passa na cabeça da família ao saber que a criança está na ‘hipótese silábica sem valor sonoro’ se ela não conhece o significado e o processo de desenvolvimento das hipóteses silábicas?
Esse é um problema sério que exige atenção e cuidado por parte da escola.
A família acaba por maldizer a escola quando ela não consegue corresponder com as propostas pedagógicas oferecidas pela mesma porque “não sabe”.
Há a possibilidade de maior integração entre escola e família por intermédio da comunicação clara também na área da alfabetização no que tange a leitura e a escrita.
As Reuniões de Pais e Mestres é uma excelente oportunidade para tratar também de assuntos referentes à aprendizagem. A família, em determinados momentos, pode se tornar aluna.
O professor pode, por si mesmo, acrescentar em sua pauta de reunião de pais e mestres a abordagem desse tema tão precioso que é a alfabetização, quando a escola não inclui como pauta geral. Além disso, é comum ao final da pauta escolar sempre haver espaço para tratar de assuntos pedagógicos individuais e/ou coletivos ficando muitas vezes a critério do professor, não é mesmo?
Importante ressaltar que não existe "ERRO" nem da parte da escola nem da família, simplesmente ambas “ERRAM” (fazem), tentando ACERTAR!!!
Vamos pensar nisso com carinho?

Grande abraço

Noêmia A. Lourenço






sexta-feira, 2 de abril de 2010

AVALIAÇÃO EXIGE CUIDADO!

SOU UM GÊNIO E NEM SABIA


No final do ano, devido à promoção automática para a série seguinte, a professora coordenadora estava tendo a maior dificuldade para explicar a um aluno seu porque ele tinha sido promovido, embora ele tivesse sido indisciplinado e nada tivesse feito o ano todo, exceto bagunça e vadiagem.


O aluno, por sua vez, também estava surpreso por ter sido promovido e queria saber da professora porque ele tinha sido aprovado em cada matéria:


--- Professora, como fiquei com “C” em Matemática, se eu não fiza nada?


--- Se você fizesse, você acertaria?


--- Não.


--- Então, você não fez, não acertou, mas também não errou. É “C”.


--- Mas e em Português? A Professora me colocou para fora da sala porque eu ficava o tempo todo falando para as meninas: “Eu tenho, você não tem. Eu tenho, você não tem”. Como é que eu fiquei com “C”?


--- Ora, você conjugou o verbo “ter” em duas pessoas. E uma no negativo.


--- Mas como fiquei com “C” em Inglês? Ninguém prestava atenção na aula dele.


--- Pois é, o professor, por ninguém ligar para ele, passou o tempo todo dando aula para ele mesmo e assim aprendeu muito e deu “C” pra vocês em agradecimento.


--- E Geografia? A professora mandou eu ir ver se ela estava na esquina.


--- Você foi?


--- Fui, mas ela não estava lá.


--- Ela não estava lá porque você foi pra esquina certa. Você tem noção de direção. Isso é importante em Geografia.


--- E em Educação Artística? Eu fui suspenso por causa da professora.


--- O que você fez para ser suspenso?


--- Ah! Eu entreguei um desenho e ela pediu pra eu caprichar mais, dar uma pintada nele. Eu fiz o que ela mandou: desabotoei a calça, tirei e dei uma “pintada” no desenho!


--- Sabe o que é, em Arte o toque pessoal conta muito e você deu um bem pessoal no desenho.


--- E em Ciências?


--- Bem, a professora disse que te usou em uma pesquisa que ela fez.


--- Que pesquisa?


--- Ela pesquisou se há vida inteligente entre duas orelhas de um aluno como você. Como ela achou pelo menos vida, ela deu “C”.


--- Mas e em História? Como eu fiquei com “C”?


--- Bem, embora você tenha dito que a “Lei do Ventre Livre” permitia que os escravos tomassem purgante quando eles estivessem com prisão de ventre, pelo menos você acertou que a Lei se referia a escravos.


--- Ah, entendi.


A professora já estava se sentindo aliviada por ter conseguido explicar tudo quando o aluno voltou:


--- Professora, só mais uma coisinha!


--- O que é agora?


--- Professora, se eu fiz tudo isso, por que fiquei só com “C” e não com “A”?










Autor desconhecido


MAIS ORIENTAÇÃO À FAMÍLIA...

MEU RECADO AO PAPAI E À MAMÃE



01 – Perguntem-me o que fiz na escola, encorajem-me sem insistir, para que eu conte algo, mostrem um interesse sincero por tudo o que eu relatar.


02 – Não desanimem se eu ainda não fizer muita coisa, não caçoem dos meus enganos, valorizem antes, o esforço que eu desprendi.


03 – Falem da minha Escola, com carinho.


04 – Sejam bondosos com a minha professora, digam-lhe o que ela precisa saber para compreender-me melhor.


05 – Ensinem-me uma frequência assídua, ajudem-me a chegar pontualmente e mandem uma justificativa quando realmente eu tiver que faltar.


06 – Não deixem de ir me apanhar na hora certa, pois se eu me sentir abandonado, posso ficar com medo de voltar à Escola.


07 – Sempre que possível, esteja um de vocês em casa, quando eu voltar da Escola.


08 – Dêem-me um lugar para eu guardar meu material, permitam que eu assuma as minhas primeiras responsabilidades.


09 – Procurem com frequência a minha Escola para saber o que eu estou aprendendo, como funciona o ambiente que me cerca.


10 – Dêem-me Orientação Religiosa.


11 – Ensine-me a enfrentar as asperezas do caminho com muita coragem e fé.


12 – Não façam comparações entre o meu progresso e o do vizinho, ou do meu irmão mais velho.


13 – Lembrem-se de sou um pequeno indivíduo com as minhas próprias características.






Autor desconhecido


AGRESSIVIDADE NA SALA DE AULA/ESCOLA.....

AGRESSIVIDADE NA ESCOLA



Quando o aluno agride o professor, ele pode estar respondendo a variadas situações. O aluno pratica atos agressivos em determinadas circunstâncias e é muito perigoso generalizar as causas da agressão, pois cada caso deve ser analisado por si, isto é, ‘cada caso é um caso’. Vejamos. A indisciplina pode ser usada como:

a) Recurso contra o autoritarismo: o aluno pode estar reagindo a uma agressão, explícita ou velada, do professor. A agressão do professor pode se manifestar de diferentes formas: uma palavra ameaçadora, um olhar cruel ou de menosprezo, uma humilhação frente à classe, um ignorar ou ridicularizar um trabalho, uma manifestação de preconceito ou de desprezo, enfim, todo tipo de atitude que o aluno sinta como falta de respeito, como tentativa de interferência em sua liberdade para ter sua própria opinião, expor suas razões e desenvolver sua autonomia. Tudo o que leve o aluno a temer o ridículo e a sentir-se com uma auto-imagem desqualificada, pode provocar a agressividade. Se o professor é injusto, o aluno sente-se agredido.

b) Expressão da falta de autoridade: a falta de autoridade demonstra insegurança por parte do professor e o aluno fica sem parâmetros para conduzir-se.

c) Transferência para o professor de problemas referentes a outros adultos significativos: quando a criança chega à escola, ela traz toda uma experiência relacional que adquiriu na família. Ela traz idealizações sobre o adulto formadas em suas relações primordiais com seus pais. Essas relações primordiais transformam-se em protótipos das demais relações sociais e são reeditadas na sala de aula. As imagens parentais, ou seja, imagens formadas dos adultos com base nas relações primordiais com os pais, se negativas, jogam culpas sobre o professor, culpas essas que pertencem a figuras internalizadas de adultos significativos. Nesse caso há um deslocamento da agressão da figura materna ou paterna para o professor, adulto que representa aquelas figuras, talvez de forma menos ameaçadora, uma vez que os laços são menos intensos e angustiantes.

d) Perturbações do clima familiar: a atitude relacional da criança na escola pode estar sendo afetada por situações que perturbem o clima familiar, tais como, luto, divórcio, nascimento de um irmão, choque sexual e outras.

Vale ainda ressaltar a diferença de atitudes e expectativas entre a criança e o adolescente. A criança até por volta dos dez anos tem maior tendência a uma submissão afetuosa. Ao entrar na puberdade, a hostilidade é utilizada de forma mais agressiva, pois a necessidade de afirmação suscita sentimentos de oposição em relação ao adulto. Faz parte dessa fase de crescimento a renúncia à atitude de submissão da primeira infância. A rebeldia pode ser explicada como dificuldade em romper laços profundos criados na infância. A revolta do adolescente, que significa necessidade de crescer e auto-afirmar-se, é mais saudável que a submissão passiva. Para não demonstrar sua insegurança, o adolescente comporta-se de modo oposto. Isto é, quanto mais inseguro, mais arrogante e agressivo ele se mostra. Ao estabelecer-se na adolescência, por volta dos quatorze ou quinze anos (idade que corresponde ao período das operações formais na teoria piagetiana), os juízos do aluno em relação ao professor se tornam mais nítidos. O adolescente tenta justificar mais seus sentimentos e racionalizar seus juízos.

De qualquer forma, se o professor extravasa toda sua hostilidade, não consegue diferenciar-se dos alunos. Se o professor sente a agressão como pessoal, se ele corresponde a ela e reage como se a criança fosse um adulto, ele confirma a imagem internalizada do mau adulto que a criança formou em suas relações primordiais.

Caso o professor consiga distanciar-se da situação e dar suporte à agressão do aluno, poderá ensinar-lhe outras formas de atuar. Na verdade, o professor poderia perguntar-se: a quem agride essa criança quando me agride? Por que me incomoda essa agressão? As respostas a essas perguntas poderiam esclarecer muitas situações.



Texto elaborado por Ana Maria Falsarella

O MODO DE VER DE CADA UM...

A IMPORTÂNCIA DA PONTUAÇÃO

Pontuação correta!



Um homem rico estava muito mal. Pediu papel e pena. Escreveu assim:


“Deixo meus bens à minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do padeiro nada dou aos pobres”.


Morreu antes de fazer a pontuação.


A quem deixava a fortuna?


Eram quatro concorrentes.


1) O sobrinho fez a seguinte pontuação:


Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.


2) A irmã chegou em seguida. Pontuou assim o escrito:


Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.


3) O padeiro pediu cópia do original. Puxou a brasa pra sardinha dele:


Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.


4) Aí, chegaram os descamisados da cidade. Um deles, sabido, fez esta interpretação:


Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro? Nada! Dou aos pobres.


Assim é a vida.






Reflexão: Tudo é uma questão de interpretação.






Autor desconhecido


domingo, 21 de março de 2010

COMO FAZER A SONDAGEM PARA VERIFICAR AS HIPÓTESES DA ESCRITA?

PARECE QUE AGORA ESTÁ OK...

Queridos seguidores e visitantes!
Espero que todos estejam bem.
Estou com saudade!
Creio que agora consegui resolver o problema técnico aqui no blog. Portanto, estou voltando, e na medida do possível continuarei colaborando com todos vocês, certo?
Para recomeçar, a próxima postagem, vídeo encontrado no youtube, trata do modo como fazer a sondagem/diagnóstico com alunos em processo de alfabetização. Muitos professores já sabem como fazer, porém há muitos que encontram dificuldades, especialmente os  iniciantes.
Por falar em dificuldades, quem não as tem não é mesmo? Acabei de superar uma aqui no blog...risos carinhosos.....

Grande abraço


Noêmia A, Lourenço

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

PROFUNDA REFLEXÃO...

Relata a Sra. Thompson que no seu primeiro dia de aula parou em frente aos seus alunos da quinta série primária e, como todos os demais professores, lhes disse que gostava de todos por igual.

No entanto, ela sabia que isto era quase impossível, já que na primeira fila estava sentado um pequeno garoto chamado Teddy.

A professora havia observado que ele não se dava bem com os colegas de classe e muitas vezes suas roupas estavam suja e cheiravam mal.

Houve até momentos em que ela sentia prazer em lhe dar notas vermelhas ao corrigir suas provas e trabalhos.

Ao iniciar o ano letivo era solicitado a cada professor que lesse com atenção a ficha escolar dos alunos, tomar conhecimento das anotações feitas em cada ano.

A Sra. Thompson deixou a ficha de Teddy por último, mas quando a leu foi grande a sua surpresa.

A professora do primeiro ano escolar de Teddy havia anotado o seguinte: “Teddy é um menino brilhante e simpático. Seus trabalhos sempre estão em ordem e muito nítidos. Tem bons modos e é muito agradável estar perto dele”.

A professora do segundo ano escreveu: ”Teddy é um aluno excelente e muito querido por seus colegas, mas tem estado preocupado com sua mãe que está com uma doença grave e desenganada pelos médicos. A vida em seu lar deve estar sendo muito difícil”.

Da professora do terceiro ano constava a anotação seguinte: “A morte de sua mãe foi um golpe muito duro para Teddy. Ele procura fazer o melhor, mas seu pai não tem nenhum interesse e logo sua vida será prejudicada se ninguém tomar providências para ajudá-lo”.

A professora do quarto ano escreveu: “Teddy anda muito distraído e não mostra interesse algum pelos estudos. Tem poucos amigos e muitas vezes dorme na sala de aula”.

A Sra. Thompson se deu conta do problema e ficou terrivelmente envergonhada. Sentiu-se ainda pior quando lembrou dos presentes de Natal que os alunos lhe haviam dado, envoltos em papéis coloridos, exceto o de Teddy, que estava enrolado num papel marrom de supermercado. Lembra-se que abriu o pacote com tristeza, enquanto os outros garotos riam ao ver uma pulseira faltando algumas pedras e um vidro de perfume pela metade. Apesar das piadas ela disse que o presente era precioso e pôs a pulseira no braço e um pouco de perfume à mão.

Naquela ocasião Teddy ficou um pouco mais de tempo na escola do que o de costume. Lembrou-se ainda que Teddy lhe disse que ela estava cheirosa como sua mãe.

Naquele dia, depois que todos se foram, a professora Thompson chorou por longo tempo...

Em seguida, decidiu-se a mudar sua maneira de ensinar e passou a dar mais atenção aos seus alunos, especialmente a Teddy.

Com o passar do tempo ela notou que o garoto só melhorava. E quanto mais ela lhe dava carinho e atenção, mais ele se animava.

Ao finalizar o ano letivo, Teddy saiu como o melhor da classe.

Um ano mais tarde a Sra. Thompson recebeu uma notícia em que Teddy lhe dizia que ela era a melhor professora que teve na vida.

Seis anos depois, recebeu outra carta de Teddy contando que havia concluído o segundo grau e que ela continuava sendo a melhor professora que tivera.

As notícias se repetiram até que um dia ela recebeu uma carta assinada pelo Dr. Theodore Stoddard, seu antigo aluno, mais conhecido como Teddy.

Mas a história não terminou aqui. A Sra. Thompson recebeu outra carta em que Teddy a convidava para seu casamento e noticiava a morte de seu pai.

Ela aceitou o convite e no dia do casamento estava usando a pulseira que ganhou de Teddy anos antes, e também o perfume.

Quando os dois se encontraram, abraçaram-se por longo tempo e Teddy lhe disse ao ouvido: “Obrigado por acreditar em mim e me fazer sentir importante demonstrando-me que posso fazer a diferença”.

Mas ela, com os olhos banhados em pranto sussurrou baixinho: “Você está enganado! Foi você que me ensinou que eu podia fazer a diferença, afinal eu não sabia ensinar até que o conheci”.



PENSAMENTO: Mais do que ensinar a ler e escrever, explicar matemática e outras matérias, é preciso ouvir os apelos silenciosos que ecoam na alma do educando. Mais do que avaliar provas e dar notas, é importante ensinar com amor mostrando que sempre é possível fazer a diferença...


*Texto e Pensamento recebidos por meio de correio eletrônico em 12/09/2001 sem identificação do autor